Hochul proíbe a pesca de caranguejos-ferradura até 2029

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, assinou uma lei que proíbe a captura de caranguejos-ferradura até 2029, visando a preservação dessa espécie vital para o ecossistema.

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21/12/2025, 11:59

Autor: Laura Mendes

Uma praia serena com caranguejos-ferradura caminhando entre as ondas, enquanto pássaros migratórios voam no céu, simbolizando a interconexão entre as espécies. Em primeiro plano, um caranguejo-ferradura em destaque com seu sangue azul brilhante visível, representando sua importância ecológica e científica. A cena transmite um senso de preservação e harmonia com a natureza.

Em um movimento considerado crucial para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade marinha, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, assinou uma nova lei que proíbe a captura de caranguejos-ferradura até 2029. Essa iniciativa surge como uma resposta à significativa diminuição da população de caranguejos-ferradura, uma espécie que desempenha um papel essencial na manutenção do ecossistema marinho. Historicamente, Nova York permitiu a morte de até 150 mil caranguejos-ferradura por ano, principalmente para serem usados como iscas de pesca. Essa prática foi amplamente criticada por ambientalistas, que alertaram sobre as consequências ecossistêmicas da depredação dessa espécie, especialmente considerando sua importância para aves migratórias como o Calidris canutus, conhecido como Red Knot.

A captura de caranguejos-ferradura é um tema controverso, principalmente quando se considera o impacto que essa prática tem não apenas sobre os próprios caranguejos, mas também sobre outras espécies que dependem deles para sobrevivência. De acordo com especialistas, as aves dependem dos ovos dos caranguejos-ferradura, que são uma fonte vital de alimento durante suas longas migrações, e a diminuição desses crustáceos resultou em quedas alarmantes em suas populações. O equilíbrio ecológico é delicado, e a sobrepesca de caranguejos-ferradura amplifica a vulnerabilidade de diversas espécies que compartilham o mesmo habitat.

A nova legislação de Hochul é uma tentativa de mitigar esses efeitos, ao mesmo tempo em que busca promover práticas de pesca mais sustentáveis. A governadora enfatizou que a preservação dos caranguejos-ferradura não é apenas benéfica para a fauna marinha, mas também para a economia do estado, que depende do turismo e das atividades ligadas à natureza. Muitas vezes referidos como "dinossauros vivos", os caranguejos-ferradura existem há mais de 450 milhões de anos e possuem características únicas, incluindo seu sangue azul, que é utilizado na indústria farmacêutica para testar a esterilidade de medicamentos.

A exploração do sangue dos caranguejos-ferradura, embora não resulte na morte imediata dos animais, tem gerado controvérsia. Empresas têm optado por extrair o sangue para uso em testes de segurança de vacinas e outros produtos farmacêuticos, levando à discussão sobre a ética desse procedimento e a necessidade de alternativas mais sustentáveis. Existem produtos sintéticos disponíveis que podem substituir os caranguejos-ferradura na indústria em questão, porém, as empresas ainda hesitam em adotar esses métodos devido a custos e a questões de patentes.

Os defensores da nova lei de proteção a caranguejos-ferradura argumentam que a necessidade de preservar a fauna marinha e a biodiversidade deve ser uma prioridade. A manutenção de populações saudáveis de caranguejos-ferradura tem implicações que vão além de sua própria espécie; o impacto na cadeia alimentar e na saúde dos ecossistemas marinhos é significativo. A Captura de caranguejos-ferradura não é apenas uma questão de preservar uma espécie; é também sobre proteger o ambiente como um todo.

O apoio público à nova lei tem sido encorajador. Muitos são aqueles que compartilham experiências positivas com caranguejos-ferradura, lembrando como a interação com esses animais pode proporcionar uma compreensão mais profunda sobre a vida marinha. Alguns relatos sugerem que a educação sobre a importância dos caranguejos-ferradura teve um impacto positivo, especialmente em áreas onde as crianças e as comunidades locais são incentivadas a aprender sobre a biodiversidade da costa atlântica.

Nos próximos anos, a implementação da legislação será monitorada de perto. Organizações de preservação e pesquisadores farão esforços para verificar a eficácia das novas diretrizes e o impacto positivo, não apenas sobre os caranguejos-ferradura, mas também nas espécies que dependem deles. A proibição da captura desses animais até 2029 representará uma oportunidade de realocar recursos e atenção para a conservação de espécies ameaçadas e para o delicado equilíbrio dos ecossistemas marinhos.

À medida que a comunidade científica e ambiental comemora essa vitória, a expectativa é que outras regiões sigam o exemplo de Nova York, criando legislações semelhantes que priorizem a preservação da biodiversidade e a saúde dos oceanos. Com a mudança nas práticas de pesca e uma maior conscientização sobre a necessidade de conservação, é possível que um futuro mais sustentável para os caranguejos-ferradura e outras espécies ameaçadas esteja ao nosso alcance.

Fontes: The New York Times, National Geographic, Environmental Protection Agency

Resumo

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, assinou uma lei que proíbe a captura de caranguejos-ferradura até 2029, em resposta à drástica diminuição de sua população. Esses crustáceos são vitais para o ecossistema marinho, servindo como fonte de alimento para aves migratórias, como o Red Knot. A captura, que permitia a morte de até 150 mil caranguejos-ferradura anualmente, gerou críticas de ambientalistas devido ao impacto negativo sobre a biodiversidade. A nova legislação busca promover práticas de pesca sustentáveis e preservar a fauna marinha, além de beneficiar a economia do estado, que depende do turismo. Embora a extração do sangue dos caranguejos-ferradura seja controversa, a necessidade de alternativas sustentáveis é debatida. O apoio público à nova lei é forte, e a implementação será monitorada por organizações de preservação e pesquisadores. A expectativa é que outras regiões adotem legislações semelhantes, priorizando a conservação da biodiversidade e a saúde dos oceanos.

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