Donald Trump substitui feriados de direitos civis por seu aniversário em parques nacionais

O governo Trump causou polêmica ao substituir o Dia de Martin Luther King Jr. e o Juneteenth por seu próprio aniversário no calendário de entradas gratuitas dos parques nacionais, gerando indignação.

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06/12/2025, 16:25

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma cena de um parque nacional dos EUA exuberante, mas com um grande banner com a imagem de Donald Trump, celebrando o seu aniversário. No fundo, duas silhuetas de pessoas olhando para o banner com expressões de descrença. Árvores verdes e o céu azul contrastam com a tensão do momento, simbolizando o conflito entre o legado histórico e a atualidade.

No dia em que os Estados Unidos se preparam para mais um verão de atividades ao ar livre, uma alegação explosiva surge sobre o calendário de feriados federais que afeta a entrada gratuita em parques nacionais. A administração Trump, sob intensas críticas, decidiu remover a celebração do Dia de Martin Luther King Jr. e do Juneteenth do calendário de dias sem taxas, diretamente substituindo esses momentos de reflexão e honra por uma data amplamente associada ao próprio presidente: seu aniversário, em 14 de junho. Essa decisão provocou uma onda de indignação entre defensores dos direitos civis e cidadãos preocupados com a discriminação e a falta de sensibilidade histórica.

O Dia de Martin Luther King Jr. é um feriado nacional que celebra a vida e o legado de um dos mais importantes ícones dos direitos civis, enquanto o Juneteenth marca a emancipação dos escravos nos Estados Unidos, um marco vital na luta contra a opressão racial. Ambos os feriados representam momentos de reflexão e celebração de conquistas significativas na história americana, especialmente para comunidades afro-americanas. Ao removê-los do calendário de dias sem taxa em parques nacionais, o governo assertivamente coloca seu foco em um dia que muitos consideram como um grandioso ato de auto-engrandecimento por parte de Trump.

Diante de comentários e reações diversas, os cidadãos se perguntam: qual a necessidade de deslocar um momento de importância histórica para fazer espaço para um aniversário, mesmo que seja do presidente? As críticas se intensificaram, com muitos argumentando que a decisão não apenas demonstra egocentrismo, mas também uma falta de respeito pelas lutas e conquistas de grupos historicamente marginalizados. Com a resposta negativa crescente, a percepção pública da administração explodiu, levando a uma mobilização em massa nas redes sociais e entre ativistas.

Adicionalmente, líderes e analistas políticos têm levantado preocupações sobre as repercussões da decisão sobre a gestão de parques nacionais e o significado de preservar memórias históricas. Com a entrada gratuita em parques nacionais, tradicionalmente oferecendo uma oportunidade para todos os cidadãos apreciarem a beleza natural do país, a mudança acentua um problema mais profundo: a necessidade de honrar e respeitar as concessões feitas pelas pessoas que lutaram por direitos iguais.

Os críticos não economizam palavras em sua indignação. Um comentarista destaca que é "incrivelmente mesquinho e patético" que o presidente não deixe os outros comemorarem os feriados que representam amplos avanços sociais. Outros se manifestaram sobre o egocentrismo que permeia a mudança, sugerindo que representa um padrão de comportamento narcisista por parte de Trump. Muitos cidadãos afetados mencionam a ironia de substituir feriados significativos que celebram a luta contra a opressão racial por uma celebração que, em essência, é de sua própria criação e ego.

Com isso, surge a pergunta: como isso afetará a percepção do público sobre a administração e seus valores? A alteração do calendário de dias sem taxas está longe de ser apenas uma questão logística, pois toca profundamente na identidade e na memória coletiva de um país que vive uma luta contínua contra o racismo e a desigualdade. Para muitos, ver a história sendo ofuscada por um ato de tal autoafirmação resulta não apenas em frustração, mas também em uma crescente desconfiança das intenções do governo.

E assim, a decisão de substituir feriados de importância querida pelo aniversário de um presidente se torna um divisor de águas na comunicação entre o governo e o povo. O eco dos sentimentos de indignação ressoa entre os cidadãos, reforçando a necessidade de diálogos significativos sobre a verdadeira natureza da história americana e como as organizações e governos devem jazer em sua responsabilidade de honrar e respeitar os direitos de todos os cidadãos. Em tempos em que a batalha por direitos iguais continua, a escolha feita pelo presidente não só rebatiza feriados, mas pode também definir como o legado de sua administração será lembrado nas páginas da história.

Fontes: The New York Times, CNN, Washington Post

Detalhes

Martin Luther King Jr.

Martin Luther King Jr. foi um proeminente líder dos direitos civis nos Estados Unidos, conhecido por sua luta não violenta contra a discriminação racial. Ele é mais famoso por seu discurso "I Have a Dream", proferido durante a Marcha sobre Washington em 1963. King foi fundamental na promoção da igualdade racial e na luta pela justiça social, sendo assassinado em 1968. O feriado em sua homenagem, celebrado na terceira segunda-feira de janeiro, reconhece seu legado e contribuições para a sociedade americana.

Juneteenth

Juneteenth, celebrado em 19 de junho, é um feriado que marca a emancipação dos escravos nos Estados Unidos. A data comemora o dia em 1865 quando a notícia da abolição da escravidão chegou a Galveston, Texas, dois anos após a promulgação da Proclamação de Emancipação. Juneteenth simboliza a libertação e a luta contínua pela igualdade racial e foi reconhecido como feriado federal em 2021, refletindo a importância de lembrar e honrar a história da opressão e resistência afro-americana.

Resumo

A administração Trump enfrenta críticas intensas após a decisão de remover os feriados do Dia de Martin Luther King Jr. e do Juneteenth do calendário de dias sem taxas em parques nacionais, substituindo-os pelo aniversário do presidente, em 14 de junho. Essa mudança gerou indignação entre defensores dos direitos civis e cidadãos preocupados com a falta de sensibilidade histórica. O Dia de Martin Luther King Jr. celebra a vida de um ícone dos direitos civis, enquanto o Juneteenth marca a emancipação dos escravos, ambos momentos significativos na luta contra a opressão racial. Críticos argumentam que a decisão demonstra egocentrismo e falta de respeito pelas conquistas de grupos marginalizados. A alteração do calendário não é apenas uma questão logística, mas toca na identidade e memória coletiva do país. A resposta negativa crescente nas redes sociais e entre ativistas levanta questões sobre a administração e seus valores, destacando a necessidade de honrar a história e os direitos iguais. A escolha de substituir feriados significativos pelo aniversário do presidente pode impactar a percepção pública e o legado de sua administração.

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