11/12/2025, 15:32
Autor: Ricardo Vasconcelos

Em um movimento que promete agitar o mercado financeiro, o Bank of America atualizou sua classificação para as ações da Visa (V), elevando-a de "Manter" para "Comprar", com base em fundamentos sólidos que sustentam a posição da empresa como líder no setor de pagamentos. Esta decisão ocorre em um momento em que as ações da Visa têm se mostrado instáveis, com uma queda de aproximadamente 5,1% desde o dia 10 de outubro, contrastando com o avanço de 5,1% do índice S&P 500 no mesmo período. O relatório da Bank of America apontou que, apesar do desempenho recente inferior da ação - um enfraquecimento que não obscurece sua solidez fundamental - a Visa permanece como uma empresa de primeira linha com uma avaliação que está próxima de uma mínima de uma década.
A recomendação do Bank of America parece embasada na visão estratégica dos mercados, que identificam a recente desvalorização das ações como uma oportunidade atraente para comprar os papéis de uma das mais respeitáveis empresas do mundo em termos de pagamentos. O analista da instituição, que assina o relatório, não apenas ressalta a confiança no modelo de negócios da Visa, mas também menciona os riscos associados aos comerciantes e os regulatórios, cuja liquidação é avaliada em US$ 38 bilhões. A visão do Bank of America é clara ao afirmar que os fundamentos robustos da Visa não devem ser abalados por esses temores.
Adicionalmente, a análise menciona que a Visa se destaca como uma das seis empresas do índice S&P 500 que conseguiu registrar um crescimento de receita superior a 10% no ano passado, além de crescimento no lucro por ação (EPS) em dois dígitos e uma margem operacional superior a 50%. Este desempenho a coloca em uma posição única de resiliência e crescimento contínuo, reforçando a afirmação de que a Visa é uma empresa que merece atenção e investimentos, mesmo em um cenário financeiro volátil.
O surgimento e o crescente interesse por stablecoins, moedas digitais projetadas para manter um valor estável, são vistos pelo Bank of America como uma oportunidade e não como uma ameaça. Essa visão é particularmente relevante, pois as stablecoins têm o potencial de melhorar a posição da Visa no mercado, criando um novo ecossistema de pagamento que complementa sua infraestrutura já existente. Ao contrário do que muitos acreditavam anteriormente, e em diálogo com comentários de investidores, as criptomoedas não estão destinadas a substituir a Visa, mas sim a coexistir e até enriquecer a experiência e confiabilidade dos consumidores nas transações.
Um comentário notável ressalta o arrependimento de alguns investidores que venderam ações da Visa e Mastercard em meio ao apelo das criptomoedas e das novas tecnologias de pagamento. A crença de que os pagamentos digitais e criptomoedas seriam capazes de dizimar empresas tradicionais como a Visa acabou se revelando equivocada. Ao invés disso, especialistas apontam que a confiança do consumidor, a proteção contra fraudes e a aceitação global que a Visa oferece permanecem valiosas e são, na verdade, características que solidificam os fundamentos da empresa.
Por outro lado, há uma discussão crescente sobre a real capacidade das criptomoedas de substituir as redes de pagamento já estabelecidas, como a Visa. A interação entre essa nova forma de pagamento e os métodos tradicionais é uma área de interesse crescente entre economistas e investidores, que questionam como essas tecnologias podem se complementar em um futuro próximo. Essa dualidade sugere que a Visa não apenas se adapta, mas também se posiciona para tirar proveito das inovações que o mercado de criptomoedas oferece.
Em resumo, a atualização da classificação do Bank of America para a Visa como "Comprar" reflete uma confiança renovada na resiliência e no potencial de crescimento da empresa. Em meio a um cenário financeiro em rápida evolução e ao advento das criptomoedas, a Visa continua a se apresentar como um pilar sólido no sistema financeiro, pronto para enfrentar os desafios de um mercado dinâmico. A combinação de fundamentos financeiros sólidos e a capacidade de inovar manterão a Visa na vanguarda do setor, prevendo-se que os investidores reconheçam a relevância duradoura da empresa à medida que as tecnologias de pagamentos evoluem.
Fontes: Bloomberg, CNBC, The Wall Street Journal
Detalhes
A Visa é uma das maiores empresas de pagamentos do mundo, oferecendo soluções de pagamento eletrônicas e serviços financeiros. Fundada em 1958, a Visa opera em mais de 200 países e territórios, facilitando transações entre consumidores, comerciantes, instituições financeiras e governos. A empresa é reconhecida por sua segurança e confiabilidade nas transações, além de ser uma das líderes em inovação no setor de pagamentos, adaptando-se às novas tecnologias, como pagamentos móveis e criptomoedas.
Resumo
O Bank of America elevou sua classificação para as ações da Visa de "Manter" para "Comprar", destacando a solidez da empresa no setor de pagamentos, apesar de uma queda recente de 5,1% nas ações. O relatório enfatiza que a desvalorização atual representa uma oportunidade de compra, já que a Visa é uma das poucas empresas do S&P 500 a registrar crescimento de receita superior a 10% no último ano. O analista também menciona riscos regulatórios, mas acredita que os fundamentos da Visa permanecem robustos. Além disso, o Bank of America vê o surgimento das stablecoins como uma oportunidade que pode fortalecer a posição da Visa, ao invés de ameaçá-la. A interação entre criptomoedas e métodos de pagamento tradicionais é um tema em discussão, com especialistas acreditando que a Visa pode se beneficiar das inovações no setor. A atualização da classificação reflete a confiança renovada na capacidade da Visa de se adaptar e prosperar em um mercado financeiro em constante mudança.
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