22/12/2025, 13:30
Autor: Laura Mendes

Um tema que parece simples à primeira vista, mas que revela profundas questões sobre arquitetura e design de interiores, a instalação de tomadas no nível da cama tem gerado discussões sobre a praticidade e segurança em residências. Muitos brasileiros têm se questionado por que, em uma grande parte das casas e apartamentos, as tomadas são colocadas tão próximas do chão, dificultando o uso eficiente de dispositivos modernos, como carregadores de celular e abajures. Essa realidade, por si só, indica uma desconexão entre as normas de construção e as novas necessidades da vida cotidiana.
Recentemente, uma série de comentários em uma postagem abordou precisamente essa temática, revelando a insatisfação de muitos usuários. Um dos comentários aponta que, ao posicionar a cama colada à parede, o uso de carregadores pode se tornar um desafio, já que muitos devem ser desconectados para que a cama não precise ser deslocada. Sugestões de melhoria para a instalação de tomadas foram compartilhadas, como a elevação do nível de instalação para que fique em uma altura acessível e prática.
A maioria dos comentários concorda que a situação muitas vezes é causada pela falta de atenção dos profissionais de construção. Arquiteto e engenheiros são frequentemente criticados por suas obras não levarem em consideração o dia a dia das pessoas. Os relatos incluem experiências frustrantes com projetos que desconsideram a necessidade de espaço e a funcionalidade dentro de casas e apartamentos. Uma das críticas mais evidentes é a falta de um projeto elétrico bem executado em muitas construções, resultando em soluções improvisadas e ineficientes. Essa praga da improvisação é comum em casas de diferentes tamanhos, especialmente onde as normas de construção não são rigidamente seguidas.
Mais uma vez, a questão é ressaltada por pessoas que afirmam que amostras de boas práticas seriam bem-vindas. Grande parte das sugestões envolve não apenas elevar a altura das tomadas, mas também estabelecer um número adequado de pontos de energia em um quarto. Tomadas instaladas em ambas as paredes do quarto, por exemplo, poderiam atender de maneira mais eficaz tanto os lados da cama quanto outros dispositivos eletrônicos, garantindo que os habitantes não fiquem reféns da posição das tomadas das suas camas.
Por outro lado, havia também expressões de frustração em relação à estética tradicional que ainda permeia muitos projetos. Especialistas em decoração afirmam que a estética dos interiores muitas vezes ainda é guiada pela ideia de que tomadas devem ser escondidas, um conceito que não faz mais sentido em uma era onde a praticidade é tão valorizada. Essa dicotomia entre estética e funcionalidade precisa ser mais discutida entre arquitetos, engenheiros e consumidores, de acordo com vários comentários que ressaltam que a arquitetura tradicional ainda não se adaptou completamente à modernidade.
Ademais, a crítica à formação de profissionais na arquitetura e engenharia civil é um ponto destacado, com muitos comentários apontando que o sistema educativo precisa ser reavaliado para que os estudantes de arquitetura e engenharia parem de focar apenas em conceitos teóricos e comecem a prestar mais atenção em necessidades práticas e funcionais de seus projetos. Desde uma escolha de lugar até o espaço para a instalação de recursos elétricos, tudo deve ser considerado. O desafio é que muitos profissionais são educados em ambientes onde a criatividade estética é exaltada, em detrimento de soluções práticas que melhorariam a vida diária.
Mais uma vez, essa situação expõe a importância de efetuar um bom projeto elétrico antes da conclusão da obra; muitos proprietários sequer têm ideia de como se deve proceder para garantir que suas casas sejam construídas com eficiência funcional. Muitos relatos compartilham as dificuldades enfrentadas por seus proprietários na hora de realizar reformas, sempre empurrados a pagar mais para corrigir erros que não deveriam ocorrer desde o início.
É essencial que os proprietários de imóveis se tornem mais conscientes sobre a função dos projetos arquitetônicos e o que realmente significa uma instalação bem feita e planejada. Ao final, a única maneira de garantir que as casas atendam tanto as necessidades estéticas quanto funcionais é por meio da escolhendo de bons profissionais com treinamento adequado. Especialistas em reformas e instalações ressaltam que, para parcelas significativas da população, as tomadas e a sua instalação bem pensada podem não ser apenas um detalhe de design, mas sim sinônimo de conforto e segurança no dia a dia.
Fontes: Estadão, Folha de São Paulo, O Globo
Resumo
A instalação de tomadas no nível da cama tem gerado debates sobre a praticidade e segurança nas residências brasileiras. Muitos usuários expressam insatisfação com a localização das tomadas, que frequentemente ficam muito próximas ao chão, dificultando o uso de dispositivos modernos. Comentários sugerem que a altura das tomadas deveria ser elevada e que um número adequado de pontos de energia deveria ser instalado em quartos para atender melhor às necessidades dos moradores. A falta de atenção dos profissionais de construção, como arquitetos e engenheiros, é frequentemente criticada, com relatos de projetos que não consideram a funcionalidade do dia a dia. Especialistas ressaltam a necessidade de discutir a dicotomia entre estética e funcionalidade, apontando que a formação de profissionais na área deve ser reavaliada para incluir uma maior atenção às necessidades práticas. A conscientização dos proprietários sobre a importância de um bom projeto elétrico é fundamental para garantir que as casas atendam tanto às exigências estéticas quanto às funcionais.
Notícias relacionadas





