Viajar por áreas perigosas gera relatos de insegurança no turismo

A insegurança em algumas cidades latino-americanas tem se tornado tema frequente entre viajantes que compartilham experiências preocupantes sobre a vulnerabilidade em bairros.

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27/12/2025, 05:05

Autor: Laura Mendes

Uma imagem impressionante de uma cidade vibrante da América Latina contrastada com cenas de um bairro perigoso, mostrando uma divisão entre a beleza e a insegurança urbana, com cores vivas e sombras que evocam uma sensação de tensão e expectativa.

O turismo é uma das indústrias que mais cresce no mundo, e com isso surgem histórias de aventuras, experiências e, infelizmente, também relatos de insegurança. Recentemente, viajantes começaram a compartilhar suas experiências em cidades consideradas perigosas, especialmente em países da América Latina, revelando um cenário preocupante que merece atenção. Estas histórias não apenas destacam as malhas de insegurança presentes nessas regiões, mas também trazem à tona a complexidade das interações sociais e culturais que ocorrem nesses locais.

Um dos relatos mais impactantes vem de um viajante que esteve em El Gallito, na Cidade da Guatemala. Ele recorda que, embora nunca tenha enfrentado problemas severos, a sensação de insegurança era palpável, especialmente ao ouvir tiros ocasionalmente. O viajante ressalta que o conselho dos guatemaltecos para evitar o local não era infundado, considerando que o lugar é reconhecido como um dos mais perigosos da América Central. Esse cenário é uma realidade inquietante para muitos que desejam explorar as belezas e diversidades da região.

A insegurança também é uma constante em algumas cidades do Brasil. Outro viajante compartilhou sua experiência em Salvador, onde relatou um clima de apreensão que o acompanhou durante toda a estadia. Apesar de estar hospedado em um hotel na região considerada mais segura, ficou alarmado ao ouvir tiros diversos dias. Essa experiência chocou-o especialmente ao enfrentar a diferença percebida em relação a outras cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, que, para ele, pareceu quase pacífica em comparação.

As histórias de insegurança não se limitam a apenas alguns países da América Latina; elas também aparecem em contextos mais amplos. Um viajante que já trabalhou em Washington DC compartilhou que a hostilidade em certas comunidades pode ser uma experiência comum, mesmo em cidades do primeiro mundo. Embora tenha enfrentado situações desconfortáveis, ele se sentiu relativamente seguro por estar em um papel não ameaçador e por sua aparência tornar-se uma vantagem em muitos estados da costa leste.

O tema da insegurança se amplia quando se fala das pequenas cidades da América Latina. Um viajante mencionou sua experiência ao dirigir de Lima a Cusco, onde sentiu medo de parar em alguns lugares remotos. Nestes locais, a ausência de policiamento e a desconfiança em relação a visitantes evidenciam um cenário de justiça comunitária, que pode ser intimidante para os viajantes. Se por um lado a beleza dos Andes atrai muitos turistas, por outro, a sensação de vulnerabilidade é uma sombra constante.

Outra preocupação que surge é o fenômeno do “huachicoleo”, uma prática que envolve o furto de combustíveis em várias regiões do México, que tem sido um problema crescente. Isso não apenas acarreta em insegurança para os viajantes, mas também tem efeitos diretos nas comunidades afetadas. Ao dirigir por estados como Guanajuato, turistas e até mesmo moradores locais precisam estar sempre atentos a possíveis perigos, já que relatos de histórias aterrorizantes são comuns.

Essas narrativas compartilham um aspecto comum: a insegurança se apresenta como um componente inevitável da experiência de viagem. Para muitos, ao mesmo tempo que os destinos oferecem beleza e cultura, eles também impõem riscos que não podem ser ignorados. Eenquanto algumas áreas urbanas na América Latina atraem viajantes pela sua rica história e diversidade cultural, é imperativo que tanto os visitantes quanto os locais estejam cientes das realidades de segurança que os cercam e das medidas que podem ser tomadas para mitigar os riscos.

Este cenário nos leva a refletir sobre as maneiras de tornar as viagens mais seguras. É fundamental que agências de turismo, governos locais e organizações de segurança trabalhem juntos para criar um ambiente em que tanto turistas quanto locais possam coexistir sem medo. Além disso, o fortalecimento da presença policial e a implementação de políticas públicas voltadas para a segurança podem fazer a diferença para tornar esses locais mais acolhedores.

Voltando às experiências recentemente compartilhadas, a sensação de insegurança é um componente que pode manchar a beleza da experiência em qualquer lugar. Contudo, ao abordar essas questões com cuidado e respeitophical, pode haver uma mudança positiva que beneficie tanto os viajantes quanto os residentes. Se a atenção para esses relatos aumentar, talvez um dia a vulnerabilidade em algumas regiões deixe de ser uma parte estrutural da jornada de quem decide explorar novos horizontes.

Fontes: Folha de São Paulo, Veja, The Guardian, O Globo

Resumo

O turismo, uma das indústrias que mais cresce no mundo, enfrenta desafios relacionados à insegurança em várias regiões, especialmente na América Latina. Viajantes têm compartilhado relatos de experiências em cidades consideradas perigosas, como El Gallito, na Cidade da Guatemala, onde a sensação de insegurança é palpável, e Salvador, no Brasil, onde tiros foram ouvidos mesmo em áreas turísticas. Essas narrativas revelam a complexidade das interações sociais e culturais e a vulnerabilidade que muitos turistas sentem. Além disso, o fenômeno do “huachicoleo” no México, que envolve o furto de combustíveis, acrescenta mais riscos. Apesar das belezas naturais e culturais da região, a insegurança é uma constante que deve ser abordada. Para melhorar a segurança, é essencial que agências de turismo e governos locais colaborem para criar um ambiente mais seguro para turistas e residentes, permitindo que a experiência de viagem seja mais positiva e menos marcada pelo medo.

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