Venezuela denuncia agressão dos EUA em meio a tensões geopolíticas

O governo da Venezuela critica as ações dos Estados Unidos, destacando uma suposta ambição continental que pode ameaçar sua soberania e recursos naturais.

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24/12/2025, 13:35

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma representação dramática de bandeiras dos EUA, Rússia e China se entrelaçando sobre um mapa da América do Sul, com imagens de conflitos passados e figuras históricas proeminentes ao fundo. A cena deve transmitir um clima de tensão e disputa geopolítica, evocando a complexidade das relações internacionais contemporâneas e a luta pelo controle do território e dos recursos.

Em uma escalada de tensões geopolíticas, o governo da Venezuela emitiu um alerta sobre a que considera uma "agressão" por parte dos Estados Unidos, argumentando que essas atitudes são parte de um padrão mais amplo de ambições continentais do país norte-americano. As declarações de Caracas ecoam preocupações que vão além das fronteiras venezuelanas, refletindo um panorama de rivalidades que envolvem também Rússia e China como potências globais.

O alerta venezuelano surge em um contexto de crescente pressão econômica e política exercida pelos EUA sobre a nação sul-americana, marcada por sanções severas e tentativas explícitas de mudança de regime. Historiadores e analistas apontam que, tradicionalmente, os Estados Unidos têm se empenhado em promover uma "ordem baseada em regras", que normalmente se reverte contra países considerados hostis, em especial na América Latina. As críticas à hipocrisia do discurso americano sobre direitos internacionais ganham força, pois muitos veem a retórica de Washington como selective quando se trata de suas intervenções em países como a Venezuela.

A divisão nas percepções sobre imperialismo é acentuada por membros de diversos setores políticos, intensificando a polarização entre defensores de aliados como a Rússia e críticos das intervenções americanas. O fenômeno se traduz em uma contradição particular: a condenação das ações dos EUA se dá ao mesmo tempo em que se minimizam ou justificam as atitudes de Moscovo em relação à Ucrânia - um elemento que muitos veem como parte de um comportamento imperialista semelhante.

Essas tensões estão se intensificando, uma vez que analistas projetam que o cenário mundial se divide cada vez mais em esferas de influência dominadas por três potências: EUA, Rússia e China. Cada uma busca ampliar sua presença geopolítica: a Rússia mira na dissolução da União Europeia e na dominação de seus países, enquanto a China se concentra na afirmativa busca por Taiwan e controle sobre o Mar do Sul da China. Por outro lado, os EUA têm mostrado o interesse em melhorar seu domínio sobre a América Latina, como exemplificado nas recentes mobilizações relacionadas tanto à Venezuela quanto ao Canal do Panamá e à Groenlândia.

A retórica de conquista e controle territorial reflete uma mudança na abordagem dos EUA, que historicamente se apoiou em um modelo marítimo baseado em comércio e diplomacia. Críticos apontam que a mentalidade atual parece estar mudando para uma orientação mais "continental", onde o poder é medido pela extensão territorial e não apenas por alianças e relações comerciais. Essa mudança levanta preocupações palpáveis sobre a possibilidade de um novo tipo de imperialismo que poderia se estabelecer na região.

À medida que os Estados Unidos se afirmam em sua busca por recursos e controle sobre a América do Sul, a resposta da Venezuela é uma tentativa de reafirmar sua soberania e resistir a uma pressão externa que muitos veem como inaceitável. Enquanto isso, as conversas sobre "poderes imperiais" provocam reações variadas, levando a um ambiente de dúvidas sobre as intenções genuínas de cada uma das potências.

A complexidade do cenário atual é amplificada pela percepção de que, apesar de suas rivalidades, há um substrato comum nas ambições dos três países. A história já demonstrou que potências incapazes de colaborar frequentemente acabam colidindo, levando a consequências trágicas. Os analistas alertam que esse ambiente 'tripolar', como estão chamando, pode levar a um aumento das tensões e, eventualmente, a um conflito direto se não forem encontradas soluções pacíficas.

Nesse clima de incerteza, a Venezuela continua a se posicionar como um bastião em defesa de sua autonomia, proclamando a necessidade de maior unidade entre as nações da América Latina para resistir a qualquer forma de imperialismo. A próxima fase de envolvimento geopolítico entre essas potências terá repercussões profundas e duradouras não apenas para a Venezuela, mas para toda a América Latina, que há muito tempo luta para conquistar um espaço de soberania e respeito no cenário internacional.

O alerta venezuelano reflete, portanto, não apenas uma situação interna, mas um chamado à resistência em um mundo cada vez mais polarizado, onde as ambições nacionais se chocam em busca de dominio e controle sobre recursos e territórios. A guarda sobre a soberania e a busca por autonomia são mais necessárias do que nunca, em um momento em que as potências globais parecem voltar seus olhos para a América Latina de maneira alarmante.

Fontes: Folha de São Paulo, O Globo, BBC News, The New York Times

Resumo

O governo da Venezuela emitiu um alerta sobre o que considera uma "agressão" dos Estados Unidos, argumentando que essas ações refletem um padrão de ambições continentais do país norte-americano. Esse alerta ocorre em um contexto de crescente pressão econômica e política dos EUA sobre a Venezuela, marcada por sanções e tentativas de mudança de regime. Analistas destacam que a retórica dos EUA sobre uma "ordem baseada em regras" é vista como seletiva, especialmente em relação a países como a Venezuela. As tensões geopolíticas se intensificam, com a Rússia e a China também buscando ampliar sua influência. A Venezuela tenta reafirmar sua soberania em meio a essa pressão externa, enquanto analistas alertam que a rivalidade entre as potências pode levar a um aumento das tensões e a um possível conflito. O alerta venezuelano é um chamado à resistência em um mundo polarizado, onde a autonomia e a soberania são mais necessárias do que nunca.

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