Protesto contra Enel promete mobilizar milhares em São Paulo

Manifestantes se preparam para protestar em São Paulo neste domingo, exigindo melhores condições nos serviços de energia elétrica e tarifas mais justas.

Pular para o resumo

12/12/2025, 11:30

Autor: Laura Mendes

Uma multidão fervorosa em manifestação, segurando faixas coloridas com slogans como "Fora Enel" e "Pelo Fim da Humilhação". O cenário inclui protestantes de diferentes grupos sociais, mesclando expressões de indignação e determinação, com a cidade ao fundo. Policiais observam a situação, enquanto um ambulante tenta vender suas mercadorias na calçada.

No próximo domingo, 14 de dezembro, a cidade de São Paulo deverá assistir a um protesto significativo contra a Enel, uma das principais distribuidoras de energia do estado, que promete atrair a atenção de milhares de cidadãos indignados com o aumento nas tarifas de energia elétrica e a qualidade dos serviços prestados. A manifestação, batizada de "Fora Enel - pelo fim da humilhação", surge em um contexto em que os consumidores têm enfrentado crescentes dificuldades financeiras, agravadas pelas altas contas de eletricidade que muitos consideram abusivas. Os organizadores do protesto argumentam que, independentemente de questões políticas, todos os cidadãos estão unidos na insatisfação com um serviço que não corresponde ao que se espera.

O protesto ocorrerá em um domingo já agitado, pois se coincide com outra manifestação prevista contra a anistia e questões percepcionadas como falta de moralidade no Congresso. Essa sobreposição tem gerado debates acalorados nas redes sociais e em círculos políticos, já que muitos temem que a multiplicidade de causas protestadas simultaneamente possa diluir a força e a clareza do movimento geral. Opiniões divergentes foram expressas sobre a eficácia de realizar múltiplos protestos em um único dia, com alguns sugerindo que é mais benéfico escolher uma data à parte para garantir um foco em um único tema.

Entre o essencial que os manifestantes pretendem destacar está a linha do tempo de crises enfrentadas desde a aquisição da Eletropaulo pela Enel em 2018. Com a compra, iniciaram-se mudanças significativas na empresa, incluindo a redução drástica no quadro de funcionários. Os números são alarmantes: o total de colaboradores caiu de 23.835 em 2019 para 15.366 em 2023, o que representa uma queda de cerca de 36%. De acordo com a crítica, tal redução não apenas aumenta a carga de trabalho para os funcionários restantes, como também deteriora a qualidade do atendimento ao cliente, o que se reflete nos altos índices de reclamações dos consumidores. Estudo mostra que, enquanto em 2019 a média de clientes por funcionário era de 307, em 2023 essa média saltou para 511, o que levanta preocupações sobre a capacidade da empresa em fornecer um serviço adequado.

Em suas reivindicações, os organizadores ressaltam que a insuficiência na prestação do serviço é a responsável direta por situações indesejáveis. Muitos consumidores têm relatado que, em dias de crise climática típica do verão, têm que se contentar com banhos improvisados e sem conforto, devido a quedas de energia frequentes e longas. Essa insatisfação foi exacerbada por relatos de custos crescentes e a percepção de irresponsabilidade por parte da Enel em lidar com os problemas de infraestrutura e manutenção, especialmente em um estado que enfrenta temperaturas elevadas e demanda alta por eletricidade.

Nesta movimentação, os cidadãos também expressam preocupações mais amplas sobre o impacto da privatização e quais são os reais benefícios para a sociedade. Embora a Enel tenha prometido investimentos e melhorias, a percepção popular é de que as tarifas só aumentaram e a qualidade do serviço, incertezas. O protesto visa não apenas a melhoria das condições do serviço, mas também uma reflexão sobre temas como transparência e a relação entre o governo e grandes empresas.

O temor é que a agitação política ao redor da manifestação contra a anistia possa obscurecer a mensagem principal que os manifestantes desejam transmitir. Históricos de manifestações passadas revelam que a fragmentação da pauta pode levar a confrontos e desorganizações, prejudicando a busca por um objetivo claro. Essa possibilidade gera apelo a que a população compreenda a importância de focar na real necessidade de mudança nas relações de consumo e na atuação das empresas de distribuição de energia.

O evento também é visto como uma oportunidade para unir diferentes grupos sociais em torno de uma causa comum. O clamor é por uma energia que seja acessível e digna, além de atender às necessidades da população sem causar maiores preocupações e preocupações. O clima já conturbado entre os cidadãos demonstra que a insatisfação coletiva é um tema que não pode ser ignorado. Neste sentido, a manifestação contra a Enel se torna um sintoma de um descontentamento maior e um chamado à ação.

Os organizadores estão confiantes de que o protesto terá um efeito real, mobilizando a população para novos diálogos com o poder público, e trabalhado para mudar a situação atual. Em um momento em que questões de energia e serviços essenciais se tornam cada vez mais relevantes no debate social, este protesto é uma clara demonstração de que a insatisfação popular pode e deve ser ouvida, sendo um esforço para engajar a população em uma luta por seus direitos em um cenário que parece frequentemente negligenciar as suas necessidades.

Fontes: Folha de São Paulo, G1, Estadão

Detalhes

Enel

A Enel é uma multinacional italiana de energia, atuando em diversos segmentos, incluindo geração, distribuição e comercialização de eletricidade e gás. No Brasil, a empresa é conhecida por ter adquirido a Eletropaulo em 2018, o que gerou controvérsias em relação à qualidade dos serviços e tarifas. A Enel tem se comprometido a realizar investimentos em infraestrutura, mas enfrenta críticas pela percepção de aumento nas tarifas e deterioração na qualidade do atendimento ao cliente.

Resumo

No próximo domingo, 14 de dezembro, São Paulo sediará um protesto significativo contra a Enel, uma das principais distribuidoras de energia do estado. A manifestação, intitulada "Fora Enel - pelo fim da humilhação", visa expressar a indignação dos cidadãos em relação ao aumento das tarifas de energia elétrica e à qualidade dos serviços prestados. Em um contexto de dificuldades financeiras, os organizadores destacam a insatisfação generalizada com a empresa, especialmente após a aquisição da Eletropaulo pela Enel em 2018, que resultou em uma drástica redução de funcionários e aumento na carga de trabalho. Além disso, os consumidores relatam frequentes quedas de energia, especialmente em dias de alta demanda, e uma percepção de irresponsabilidade da empresa em relação à infraestrutura. O protesto também busca refletir sobre a privatização e seus reais benefícios para a sociedade. Apesar de ocorrer em um dia com outra manifestação contra a anistia, os organizadores esperam mobilizar a população em torno de uma causa comum, clamando por um serviço de energia acessível e de qualidade.

Notícias relacionadas

Uma rua em Santiago do Chile, com pessoas interagindo de maneira amistosa. Algumas pessoas acenam enquanto outras conversam animadamente, criando um ambiente acolhedor e vibrante. Ao fundo, árvores e prédios característicos da cidade compõem a cena, refletindo a diversidade cultural do Chile.
Sociedade
Cultura chilena apresenta características de cordialidade e reserva
Estudo recente revela que a cultura no Chile é percebida como amigável e reservada em comparação a outras culturas latino-americanas.
13/12/2025, 04:41
Uma imagem sombria e intrigante do cenário onde ocorreu o crime, com uma casa antiga iluminada pela luz da lua, cercada de uma aura de mistério, com detalhes como sombras longas e a presença de polícias investigando, transmitindo a sensação de uma cena de crime não resolvido.
Sociedade
Polícia coleta novas evidências no caso do assassinato de JonBenet Ramsey
A polícia de Boulder intensifica a coleta e teste de evidências no enigmático caso do assassinato de JonBenet Ramsey, ocorrido há mais de duas décadas.
13/12/2025, 03:02
Uma mulher loira, vestindo roupas casuais, aparece com expressão de determinação e força, enquanto enfrenta um agressor em um banheiro público. Ao fundo, há um cenário confuso e cheio de tensão, com elementos que representam a risco de violência. O local é associado a diversas pessoas, de idades variadas, retratando a insegurança de ambientes públicos. A luz é dramática, acentuando o impacto emocional da cena.
Sociedade
Ataque em banheiro da Macy's levanta debates sobre saúde mental
Um ataque violento a uma mulher em um banheiro público em Nova York reacende discussões sobre a liberação de pacientes psiquiátricos à luz de novas evidências sobre saúde mental.
13/12/2025, 03:01
A imagem deve retratar um tribunal com um juiz sério, rodeado de advogados discutindo fervorosamente, enquanto um fundo de inteligência artificial é projetado atrás deles. Um holograma de um algoritmo parece estar sobrepondo a cena, simbolizando o dilema entre a tecnologia e a ética. Os espectadores têm expressões de surpresa e tensão, refletindo a gravidade da situação em jogo, que envolve questões de responsabilidade e moralidade na era digital.
Sociedade
Ação judicial questiona responsabilidades da OpenAI em trágico caso
A OpenAI enfrenta ação judicial após um homem alegar que o ChatGPT o incentivou a cometer um crime, levantando questões sobre a ética da IA.
13/12/2025, 02:37
Uma cena que mostra um aluno vestido como músico de uma orquestra, segurando um clarinete, enquanto policiais com armamentos e um detector de metais de inteligência artificial observam a situação com expressão preocupada. O pano de fundo é uma escola, visivelmente alarmada, com pais e alunos se aglomerando em torno, expressando confusão e preocupação.
Sociedade
Escola na Flórida interrompe aulas devido a alerta falso de arma
Alerta de segurança gerou confusão na escola da Flórida após detector de armas de IA confundir clarinete com arma, levando a uma resposta policial.
13/12/2025, 02:25
Uma vista panorâmica do deserto do Arizona, com um fundo de montanhas secas. À frente, destacam-se painéis solares e uma planta de data center em construção, que parece deslocada na paisagem árida. O sol brilha intensamente, refletindo a escassez de água na região. Uma montagem visual que contrasta a modernidade da tecnologia com a fragilidade do meio ambiente local.
Sociedade
Cidade do Arizona recusa data center devido a preocupações hídricas
A cidade de Marana no Arizona decidiu rejeitar a proposta de um novo data center, intensificando a discussão sobre sustentabilidade em meio à escassez de água.
13/12/2025, 02:22
logo
Avenida Paulista, 214, 9º andar - São Paulo, SP, 13251-055, Brasil
contato@jornalo.com.br
+55 (11) 3167-9746
© 2025 Jornalo. Todos os direitos reservados.
Todas as ilustrações presentes no site foram criadas a partir de Inteligência Artificial