Pastor Joe Campbell é preso por graves acusações de abuso infantil

O pastor Joe Campbell, conhecido por atuar em diversas comunidades, foi preso em Oklahoma sob graves acusações de abuso sexual infantil, representando um marco na luta de suas vítimas por justiça.

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17/12/2025, 17:43

Autor: Laura Mendes

Uma cena dramática em um tribunal, com um juiz sério e um acusado em pé diante dele, cercado por membros da família e apoio emocional, transmitindo um senso de justiça e a gravidade da acusação de abuso infantil. A imagem deve capturar a tensão do momento, com expressões de choque e dor proporcionales ao contexto, refletindo a seriedade da situação.

Joe Campbell, um pastor pentecostal com uma trajetória de décadas ministrando para crianças em quatro estados dos EUA, foi preso sob acusações graves de abuso sexual infantil, conforme anunciado na última quarta-feira pelo Gabinete do Procurador-Geral de Oklahoma. Campbell, de 68 anos, enfrenta uma acusação de estupro em primeiro grau e uma acusação de atos lascivos ou indecentes contra uma criança menor de 16 anos. Ele foi detido pelos U.S. Marshals em Elkland, Missouri, antes de ser transferido para a cadeia do Condado de Greene, em Springfield, onde aguarda a transferência para o estado de Oklahoma. As consequências legais podem ser severas, pois, se condenado, ele poderá enfrentar uma pena de prisão perpétua.

A prisão de Campbell representa um avanço histórico na busca de justiça para várias vítimas que afirmam ter sofrido abuso nas mãos do líder religioso durante as décadas de 1970 e 1980. As alegações vêm à tona sete meses após uma investigação da NBC News que revelou um padrão sistemático de abuso sexual infantil ligado ao pastor e a repetidas falhas de intervenção por líderes religiosos, policiais e promotores locais. Essa pesquisa expôs um ambiente silencioso de encobrimentos e negligência que vitimizou crianças durante um longo período, proporcionando à sociedade um chamado urgente para ações mais eficazes contra esses crimes hediondos.

Entre as vítimas está Kerri Jackson, que atualmente tem 53 anos e declarou que Campbell a molestou durante anos em Tulsa, começando quando ela tinha apenas 9 anos. Ao lado de Jackson, cinco outras mulheres afirmaram que Campbell as abusou sexualmente quando eram crianças, além de outras nove vítimas que relataram que ele as intimidou com pornografia, comentários inapropriados ou toques inadequados. A gravidade das acusações e a vulnerabilidade das crianças envolvidas levaram a comunidade a questionar a segurança em ambientes religiosos e a relação entre a igreja e o estado.

O Procurador-Geral de Oklahoma, Gentner Drummond, expressou a seriedade das acusações, chamando os crimes de "horríveis". Ele disse em um comunicado dedicado que "não pode haver tolerância para predadores sexuais de crianças", particularmente aqueles que exploram suas posições de autoridade e a fé de suas vítimas. Drummond enfatizou que seu escritório se empenharia para garantir que a justiça fosse feita para as mulheres que carregam esse trauma por décadas. No entanto, a confiança nas instituições de justiça e na proteção oferecida à população infantil é atualmente uma questão em debate entre os cidadãos.

A repercussão das alegações de abuso e a prisão de Campbell reacenderam discussões sobre a necessidade de vigilância em torno de líderes religiosos que trabalham com crianças. Comenta-se que muitas pessoas, apesar das evidências sobre casos de abuso e dos riscos associados, ainda confiam na autoridade e na proteção que líderes religiosos aparentam oferecer. Para muitos, essa situação coloca em evidência a desconfiança em figuras de autoridade, especialmente em instituições que têm permitido que comportamentos predatórios persistam por tanto tempo.

Várias vozes na sociedade começaram a exigir reformas e maior transparência nas práticas das igrejas, especialmente quando se trata de proteção infantil. Há um consenso de que é fundamental estabelecer regras mais rígidas e monitoramento para garantir que líderes religiosos não abusem de sua posição de confiança e acesso a crianças. Também há uma necessidade crescente de assegurar que as vozes das vítimas sejam ouvidas e que suas reclamações não sejam apenas ignoradas ou minimizadas em nome da proteção institucional.

A sociedade se vê em uma transição em suas concepções de segurança, frente ao aumento alarmante de casos de abuso sexual em instituições religiosas. O entendimento do público sobre a relação entre religião e segurança infantil pode se aprofundar, e muitos começam a questionar a adequação de confiar completamente em líderes religiosos para a proteção de suas crianças. A história de Joe Campbell alerta para uma realidade sombria que não pode ser ignorada, reiterando a importância da vigilância, responsabilidade e, acima de tudo, proteção incondicional a todos os jovens.

Fontes: NBC News, Gabinete do Procurador-Geral de Oklahoma, jornais locais

Resumo

Joe Campbell, um pastor pentecostal com décadas de experiência ministrando para crianças nos EUA, foi preso sob graves acusações de abuso sexual infantil, incluindo estupro em primeiro grau. Ele foi detido em Elkland, Missouri, e aguarda transferência para o estado de Oklahoma, onde pode enfrentar pena de prisão perpétua se condenado. As alegações de abuso surgem após uma investigação da NBC News que revelou um padrão de comportamento predatório e falhas de intervenção por parte de autoridades e líderes religiosos. Entre as vítimas está Kerri Jackson, que relatou ter sido molestada por Campbell desde os 9 anos. A prisão reacendeu debates sobre a segurança em ambientes religiosos e a relação entre a igreja e o estado, levando a sociedade a exigir reformas e maior transparência nas práticas das igrejas. O Procurador-Geral de Oklahoma, Gentner Drummond, destacou a gravidade das acusações e a necessidade de proteger as crianças, enfatizando que não deve haver tolerância para predadores sexuais. A situação levanta questões sobre a confiança nas instituições religiosas e a necessidade de vigilância em relação a líderes que trabalham com crianças.

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