Juventude americana exibe aumento preocupante no antissemitismo

Pesquisas recentes mostram que jovens americanos estão se tornando mais antissemitas, levantando questões sobre a influência das redes sociais na formação de opiniões.

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17/12/2025, 12:33

Autor: Laura Mendes

Uma montagem vibrante e expressiva apresentando jovens em diversas interações em redes sociais, cercados por ícones de diferentes plataformas digitais. A imagem retrata reações de surpresa e confusão em seus rostos, enquanto em um canto há um símbolo do pão, simbolizando a diversidade e o diálogo crítico. O fundo é uma mistura de cores, representando a polarização das opiniões, com imagens sombreadas de figuras históricas associadas ao antissemitismo.

Em um estudo alarmante sobre a percepção e atitudes da juventude americana em relação ao antissemitismo, uma nova pesquisa revelou que um número crescente de jovens está expressando opiniões negativas sobre a comunidade judaica. Pesquisas recentes, como a conduzia pela Yale Youth Poll, revelaram que eleitores mais jovens, especialmente aqueles abaixo de 25 anos, são mais propensos a ter visões antissemitas em comparação com as gerações mais velhas. Esses dados contradizem a crença comum de que o preconceito se extinguiria com a geração mais velha, destacando um fenômeno mais intrincado enraizado nas disparidades geracionais.

Com quase 130.000 eleitores pesquisados a pedido da campanha presidencial de Kamala Harris, o cientista de dados David Shor descobriu que um quarto dos jovens votantes possui uma "opinião desfavorável" sobre judeus, em contraste com a diminuição desses sentimentos entre eleitores mais velhos. Isso sugere que a atual taxa de antissemitismo entre os jovens americanos não apenas é alarmante, mas está se expandindo de uma forma que requer uma análise crítica da sociedade e do papel das redes sociais em moldar as crenças e percepções.

Diversas discussões indicam que a invasão de conteúdos de extrema direita e antissemitas nas redes sociais e plataformas digitais, como Facebook e TikTok, pode estar desempenhando um papel significativo nessa tendência. A atualização de algoritmos dessas plataformas, que promovem uma maior disseminação de conteúdos polarizadores, contribui para a normalização de ideias preconceituosas entre os jovens. Os comentários refletiram a preocupação de que muitos jovens se sentem cada vez mais expostos a ideologias prejudiciais, o que aumenta a possibilidade de adoção dessas visões extremadas.

Os sinais apontam também que muitos jovens ainda desenvolvem preconceitos sanguíneos levando em consideração apenas a judaização da crítica ao estado de Israel. A mistura de críticas políticas com preconceitos étnicos parece criar uma linha tênue que muitos jovens não conseguem discernir adequadamente. Teorias da conspiração e desprezo por figuras históricas associadas ao antissemitismo também aumentam a vulnerabilidade dos jovens a esses preconceitos, que podem se intensificar quando expostos a conspirações e narrativas distorcidas.

Ademais, o fenômeno do antissemitismo não está restrito aos Estados Unidos. Observações feitas em outras sociedades, incluindo o Reino Unido, sugerem que o aumento da tolerância a visões negativas e prejudiciais sobre os judeus pode ser um sintoma mais amplo de uma cultura de intolerância crescente, propiciada pela rapidez da comunicação digital e pela difusão de ideologias através das redes sociais.

Outro ponto abordado pelos especialistas é que essas novas gerações de jovens não têm o mesmo nível de educação histórica sobre o Holocausto e as experiências dos judeus ao longo da história, o que contribui para a normalização de opiniões antissemitas. Em uma pesquisa da YouGov/Economist, mais de 50% dos jovens entre 18 e 29 anos estavam incertos ou acreditavam que o Holocausto era um mito, revelando uma lacuna preocupante na educação histórica.

Esses dados alarmantes indicam que os problemas com antissemitismo e preconceito estão longe de se restringir a apenas uma geração, mas se expandem para uma crise que envolve também a forma como a juventude interage com a informação e a cultura. O aumento nas interações nas redes sociais e a falta de educação crítica em relação ao que está sendo consumido online têm um papel vital no aumento da polarização e na aceitação de atitudes discriminatórias.

Portanto, este contexto exigirá uma reflexão crítica sobre a forma como os discursos se manifestam nas redes sociais. Há uma necessidade urgente de promover mais educação e conscientização sobre as consequências do preconceito, além de ações sociais que visem não apenas interromper a disseminação desses conteúdos, mas também oferecer um espaço seguro para diálogos significativos. A luta contra o antissemitismo e o preconceito é um desafio contínuo, que requer envolvimento ativo de todas as camadas da sociedade para garantir um futuro mais inclusivo e respeitoso.

Fontes: The New York Times, Yale Youth Poll, YouGov/Economist, ACNUR, jornais locais

Resumo

Um estudo recente revelou que a juventude americana está apresentando um aumento nas opiniões negativas em relação à comunidade judaica, contradizendo a crença de que o preconceito diminuiria com as gerações. A pesquisa, conduzida pela Yale Youth Poll, mostrou que cerca de 25% dos jovens votantes abaixo de 25 anos têm uma "opinião desfavorável" sobre judeus, enquanto esse sentimento diminui entre os eleitores mais velhos. Especialistas apontam que a disseminação de conteúdos extremistas nas redes sociais, como Facebook e TikTok, contribui para essa tendência, normalizando ideias preconceituosas. Além disso, muitos jovens carecem de educação histórica sobre o Holocausto, o que agrava a situação. A pesquisa da YouGov/Economist indicou que mais de 50% dos jovens entre 18 e 29 anos estavam incertos ou acreditavam que o Holocausto era um mito. Esses dados revelam uma crise mais ampla de intolerância, exigindo uma reflexão crítica sobre o papel das redes sociais e a necessidade de promover educação e conscientização sobre preconceitos.

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