Japão exige declaração de nacionalidade para registro de propriedades

A partir do ano fiscal de 2026, o Japão implementará a exigência de declaração de nacionalidade para novos proprietários imobiliários, visando a realização de um controle mais efetivo sobre a propriedade nacional.

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17/12/2025, 00:47

Autor: Laura Mendes

Uma imagem de um arranha-céu moderno em Tóquio, com painel de LED iluminado mostrando a frase "Propriedades para todos" em destaque, enquanto grupos de pessoas de diversas nacionalidades discutem em uma praça próxima cercada de lojas e restaurantes. No fundo, vê-se uma construção de apartamentos vazios e velhos, representando a crise habitacional no interior do Japão.

O governo japonês anunciou recentemente que, a partir do ano fiscal de 2026, todos os novos proprietários de imóveis no país serão obrigados a declarar sua nacionalidade na hora de registrar suas propriedades. Essa medida foi revelada pelo ministro da Justiça, Hiroshi Hiraguchi, e visa implementar um novo banco de dados de registro imobiliário, que permitirá ao governo monitorar a compra de propriedades por parte de estrangeiros. O intuito principal é acompanhar o impacto que os investimentos internacionais exercem sobre o mercado imobiliário japonês, especialmente nas grandes cidades, onde a escassez de moradias se torna um tema premente.

No contexto atual, muitos indivíduos apontam que a legislação pode ser uma tentativa de abordar os problemas que caracterizam a realidade habitacional do Japão. Apesar de não existir uma crise imobiliária similar à de outros países desenvolvidos, o Japão enfrenta um desafio significativo de casas vazias e deterioradas, especialmente em regiões rurais. O fenômeno ocorre devido ao declínio populacional e à falta de atração pela vida no interior do país, onde muitos imóveis estão se degradando e se tornam desprezados. De acordo com uma análise, a maioria dos compradores imobiliários estrangeiros se concentra em áreas urbanas densamente povoadas, como Tóquio, Osaka e Quioto, onde a demanda por habitação é significativamente alta.

A nova legislação tem gerado um debate acalorado sobre a eficácia e necessidade da medida, levantando opiniões divergentes nas esferas públicas e privadas. Muitos defensores da política acreditam que a exigência de declaração de nacionalidade pode prevenir a especulação imobiliária por investidores estrangeiros que, de acordo com eles, têm o potencial de inflacionar os preços das moradias e desestabilizar o mercado regional. Essa perspectiva é suportada por exemplos de cidades como Nova Iorque e Vancouver, que têm enfrentado a pressão de um aumento nos preços das propriedades devido a investimentos especulativos.

Por outro lado, muitos críticos se perguntam sobre os impactos que essa medida poderia ter na atratividade do Japão para investidores estrangeiros e se essa iniciativa é uma resposta adequada aos reais problemas habitacionais do país. Para alguns, a declaração da nacionalidade não representa um impedimento definitivo à compra de imóveis, já que, na essência, ainda permitirá que estrangeiros adquiram propriedades no Japão, mas sob uma nova vigilância do governo. Assim, a proposta é vista como um meio de engajamento em um controle mais rígido da propriedade, em vez de um bloqueio ao investimento externo.

Alguns comentários ressaltam que, se o Japão realmente deseja não apenas limitar a compra de imóveis por estrangeiros, mas também incentivar a revitalização de regiões menos populosas, a lógica da política habitacional deve incluir incentivos para que esses investidores estrangeiros reformem e habitem casas em áreas rurais. Ao mesmo tempo, o governo deve considerar outras formas de legislação que abordem questões mais amplas como o equilíbrio entre vida pessoal e profissional para as gerações mais jovens, tornando a criação de famílias e a compra de imóveis uma realidade mais viável.

À medida que mais países começam a abordar a problemática da propriedade imobiliária e o aumento do investimento estrangeiro, muitos se perguntam se esta nova afirmação do Japão pode servir de modelo ou advertência para próximos passos em outras nações. Com o aumento da globalização e a interconexão das economias, a maneira como cada governo lida com a compra de imóveis por estrangeiros será fundamental para o futuro do mercado imobiliário e para o desenvolvimento urbano.

Em suma, a proposta de registro da nacionalidade como um passo para um melhor controle sobre o mercado habitacional pode trazer vantagens e desvantagens. O resultado do debate sobre essa nova legislação poderá impactar diretamente o futuro do mercado imobiliário japonês e a forma como os cidadãos, sejam eles locais ou investidores internacionais, interagem com a propriedade em todo o país.

Fontes: NHK, The Japan Times, Kyodo News

Resumo

O governo japonês anunciou que, a partir do ano fiscal de 2026, todos os novos proprietários de imóveis deverão declarar sua nacionalidade ao registrar propriedades. A medida, revelada pelo ministro da Justiça, Hiroshi Hiraguchi, visa criar um banco de dados para monitorar a compra de imóveis por estrangeiros e entender o impacto desses investimentos no mercado imobiliário japonês, especialmente nas grandes cidades. Apesar de não haver uma crise imobiliária como em outros países desenvolvidos, o Japão enfrenta desafios com casas vazias, especialmente em áreas rurais, devido ao declínio populacional. A nova legislação gerou debates sobre sua eficácia, com defensores argumentando que pode prevenir a especulação imobiliária, enquanto críticos questionam se isso afetará a atratividade do Japão para investidores. A proposta é vista como um controle mais rígido da propriedade, mas não necessariamente um bloqueio ao investimento estrangeiro. Além disso, há sugestões de que o governo deve incentivar a revitalização de áreas menos populosas e abordar questões habitacionais mais amplas.

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