Copa do Mundo busca novo formato com grupos de três seleções

A proposta de mudar o formato da Copa do Mundo para grupos de três seleções divide torcedores e especialistas, gerando debates sobre sua viabilidade.

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24/12/2025, 15:33

Autor: Felipe Rocha

Uma imagem vibrante de torcedores animados em um estádio, exibindo bandeiras de várias seleções, com expressões de expectativa e emoção. Ao fundo, um campo de futebol iluminado, pronto para receber os jogos da Copa do Mundo, enquanto os torcedores aguarda ansiosos por suas seleções. A atmosfera é de festa e competições acirradas, representando a paixão pelo futebol em sua essência.

O formato da Copa do Mundo de Futebol, um dos eventos mais assistidos e aguardados do mundo, pode passar por mudanças significativas com o objetivo de adaptar a competição ao aumento de seleções participantes, que subirá de 32 para 48 em edições futuras. Uma proposta que tem gerado ampla discussão é a formação de grupos compostos por apenas três seleções, com a passagem de duas para a fase seguinte. Essa iniciativa, promovida pela FIFA e particularmente defendida por seu presidente Gianni Infantino, está recebendo críticas e sugestões sobre sua eficácia e impacto na competição.

A principal crítica vai ao encontro da possibilidade de um formato de grupos que parece, à primeira vista, mais simples e objetivo, mas que pode acabar empobrecendo a emoção dos jogos. Um dos aspectos mencionados é que grupos com três seleções podem levar a situações constrangedoras, como um time sendo eliminado devido a critérios de desempate, possivelmente "sem graça", como a contagem de cartões ou até mesmo sorteios. Um torcedor expressou que esse tipo de metodologia de eliminação "desperdiça" a competitividade que caracteriza o mundial, onde todos os jogos deveriam ter relevância.

Além disso, mencionou-se que com a formação de grupos de três, a chance de empates triplos (como 0x0) poderia fertilizar um campo de possíveis eliminações baseadas em critérios pouco inspiradores, como o gol a menos sofrido. Críticos argumentam que isso gera um produto final que pode não ser tão atrativo para o público, que aguarda emoções intensas e competitividade feroz entre as seleções. Ao invés de um drama esportivo palpável, o que se antecipa é um cenário em que jogos se tornam irrelevantes logo nos primeiros confrontos da fase de grupos.

Outro aspecto debatido é a possibilidade de um jogo ser "decisivo" de modo prévio, onde um time grande enfrentando uma equipe menos favorecida poderia desencadear um efeito de apatia. A ideia de ter uma "bandeira" em um grupo de três, onde, por exemplo, Brasil, Uzbequistão e Congo se enfrentariam, poderia resultar na eliminação do Uzbequistão, mesmo que o time não tenha marcado nenhum gol ao longo do torneio. Este tipo de situação é considerado por muitos como "várzea total”, pela falta de competitividade e emoção.

A ideia de criar grupos de 12 com quatro seleções passando duas e mais oito melhores terceiros colocados também está em voga, embora muitos torcedores acreditem que isso seja mais um pretexto para gerar maior receita através do aumento no número de jogos. Enquanto que, em termos de marketing esportivo e interesses financeiros, o modelo de seis grupos com quatro times (totalizando 72 partidas) é indiscutivelmente mais lucrativo do que a ideia de 16 grupos de três (totalizando 48 partidas), a discussão não se restringe apenas ao financeiro.

Para muitos, a emoção da última rodada da fase de grupos é imbatível. Um formato de quatro seleções, onde todos os jogos da última rodada são disputados ao mesmo tempo, censura um sentido de urgência e drama que os torcedores vieram a adorar ao longo das décadas. Ter os dois jogos finais da fase de grupos com alguma relevância competitiva, com times competindo pelo segundo lugar ou a classificação dos terceiros, transforma a experiência do público, que não apenas assiste, mas também vibra e torce por suas equipes.

Ademais, o uso de disputa de pênaltis em caso de empates é uma solução que foi proposta para tornar o sistema mais dinâmico, permitindo um desfecho claro, mas que ainda enfrenta crítica sobre sua eficácia. Torcedores se questionam se tal regra realmente traria a emoção desejada e evitariam adicionar mais problemas à já complicada história dos critérios de desempate.

À medida que o debate sobre o futuro da Copa do Mundo avança, são muitos os que se posicionam fervorosamente. Para alguns, a preservação do que torna o torneio único é fundamental. O ideal seria focar em um formato que não apenas ampliasse a participação, mas que também preservasse a essência da competição, onde o espírito do futebol é exaltado e o ingresso ao mundial continua a ser o sonho de cada nação.

Enquanto isso, o relógio avança para a próxima Copa do Mundo, e independentemente do formato escolhido pela FIFA, a esperança é que o evento mantenha seu prestígio como a maior celebração do futebol mundial. A integração futura de novas seleções e o debate sobre o formato ideal revelam, mais do que nunca, a grande paixão que o futebol provoca em todas as partes do globo, onde silêncios atentos e explosões de alegria se somam a cada jogo jogado.

Fontes: UOL Esporte, ESPN Brasil, Globo Esporte

Detalhes

FIFA

A Federação Internacional de Futebol (FIFA) é a entidade máxima do futebol mundial, responsável pela organização de competições internacionais, como a Copa do Mundo. Fundada em 1904, a FIFA tem sede em Zurique, Suíça, e é composta por 211 associações nacionais. A FIFA tem um papel crucial na definição das regras do jogo e na promoção do futebol em todo o mundo, buscando desenvolver o esporte em todos os níveis.

Resumo

O formato da Copa do Mundo de Futebol pode passar por mudanças significativas, aumentando o número de seleções de 32 para 48. Uma proposta em discussão é a formação de grupos com três seleções, onde duas avançariam para a próxima fase. Defendida pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, essa ideia gerou críticas sobre a possibilidade de empobrecimento da emoção nos jogos. Críticos alertam que a eliminação por critérios de desempate, como cartões ou sorteios, poderia tornar a competição menos atrativa e relevante. Além disso, a formação de grupos de três poderia levar a empates triplos, resultando em eliminações baseadas em critérios pouco inspiradores. A proposta de grupos de 12 com quatro seleções, onde duas avançariam e mais oito terceiros colocados também está em debate, embora muitos a vejam como uma estratégia para aumentar receitas. A emoção da última rodada da fase de grupos, com jogos simultâneos, é considerada essencial para manter o drama e a competitividade. O debate sobre o futuro da Copa do Mundo reflete a paixão global pelo futebol, enquanto a próxima edição se aproxima.

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