Brasil avança em liberdade de imprensa e saúde após era Bolsonaro

O Brasil alcançou um avanço significativo no ranking de liberdade de imprensa, com foco na normalização das relações entre governo e mídia após a saída de Bolsonaro.

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09/12/2025, 12:33

Autor: Laura Mendes

Uma cena vibrante e cativante de uma escola durante um evento de vacinação, com crianças felizes recebendo vacinas, acompanhadas pelos pais e desfrutando de algodão doce e pipoca. Um grande banner colorido com "Vacinação é Saúde" está ao fundo, enquanto um personagem popular de mascote, como o Zé Gotinha, anima a festa. Crianças pulando em uma cama elástica e sorrindo ao redor criam um clima de alegria e celebração.

O Brasil se destacou em um recente relatório anual da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), subindo 19 posições no ranking de liberdade de imprensa, agora ocupando a 57ª posição. Esse avanço é visto como um reflexo da mudança de governo e da normalização das relações entre os órgãos do Estado e a imprensa, após anos de hostilidade direcionada a jornalistas durante a gestão de Jair Bolsonaro. De acordo com a RSF, esse progresso está associado a um ambiente mais favorável para o exercício da liberdade de expressão, permitindo que a mídia opere com um grau maior de autonomia.

A análise destaca que a situação da liberdade de imprensa no Brasil tinha se deteriorado nos últimos anos, principalmente devido às constantes agressões verbais e políticas realizadas pelo ex-presidente Bolsonaro. Seu governo fomentou um clima de desconfiança em relação à mídia, exacerbando a polarização e a contenciosidade política no país. No entanto, com a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a consequente mudança de abordagem em relação à imprensa, observou-se uma clara diferenciação em comparação ao seu antecessor.

Além da questão da liberdade de imprensa, os comentários em torno da saúde pública destacam outro aspecto importante dessa normalização: a vacinação. Os usuários abordaram a importância de manter a confiança nas campanhas de vacinação e nas políticas de saúde pública, que têm sido essenciais na luta contra epidemias, como o sarampo e a gripe. No passado, as campanhas de vacinação eram cercadas de entusiasmo, com eventos festivos e engajamento comunitário ativo.

Muitos recordam com nostalgia como, durante a infância, a vacinação era não apenas uma questão de saúde, mas também um evento social. Com a presença do Zé Gotinha e a distribuição de doces, esses momentos foram celebrados como festividades. Contudo, ao longo dos últimos anos, esse panorama mudou, à medida que uma onda de desinformação e ceticismo em relação às vacinas ganhou força, especialmente durante e após a pandemia de COVID-19. O medo cultivado por desinformações, muitas vezes veiculadas nas redes sociais, contribuiu para uma redução da taxa de vacinação nas crianças, o que gerou preocupações substanciais sobre o retorno de doenças consideradas controladas.

Os comentários refletem um sentimento crescente de desespero ao confrontar a desinformação e a apatia em relação à saúde pública. Os usuários apontam para a necessidade de um esforço conjunto para reverter essa situação, enfatizando a importância de se ter acesso à informação qualificada e confiável. Para isso, é essencial educar a população sobre os benefícios da vacinação e restabelecer a confiança em sistemas de saúde e nas instituições democráticas.

O retorno à confiança nas urnas eletrônicas, observado durante as eleições de 2022, também foi um tema recorrente nas discussões, com muitos expressando alívio ao ver uma participação política saudável e uma maior transparência dos processos eleitorais. Desde desde a primeira eleição com tecnologia de urnas eletrônicas, em 1996, o Brasil tem utilizado esse sistema como um método confiável de votação. Apesar das tentativas de desvirtuar esse reconhecimento, a maioria da população se mostrou favorável à integridade deste processo.

Em um contexto mais amplo, as recentes mudanças políticas no Brasil não apenas ajudam a recuperar a liberdade de imprensa, mas também reforçam a necessidade de um foco renovado na saúde pública, educação e no combate à desinformação. A responsabilidade da mídia em fornecer informações precisas e factuais, ao lado da necessidade de desmistificar as campanhas de vacinação, se torna vital para garantir a saúde e o bem-estar da população. Combater a desinformação e a resistência à vacinação exigirá um esforço contínuo de todos os setores da sociedade, incluindo a mídia, os governos, as instituições de ensino e a comunidade em geral.

A expectativa agora é que o Brasil, ao continuar a promover a liberdade de imprensa e a confiança nas instituições democráticas, consiga recuperar e fortalecer as tradições de saúde pública que garantiram décadas de avanços em prevenção de doenças. Incentivar uma nova geração a se engajar em campanhas de vacinação e promover a educação em saúde será crucial para o futuro do país. Estabelecer uma cultura onde a saúde e a ciência são respeitadas e celebradas como pilares da sociedade será um desafio, mas também uma grande oportunidade para o Brasil redescobrir o valor da informação e do conhecimento coletivo.

Fontes: Folha de São Paulo, G1, Agência Brasil

Detalhes

Repórteres Sem Fronteiras

A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) é uma organização internacional sem fins lucrativos que defende a liberdade de imprensa e a proteção dos jornalistas em todo o mundo. Fundada em 1985, a RSF publica anualmente um relatório que classifica os países de acordo com a liberdade de imprensa, destacando as situações de risco e as violações enfrentadas por jornalistas. A organização atua em diversas frentes, incluindo advocacy, monitoramento de abusos e promoção de legislações que protejam a liberdade de expressão.

Resumo

O Brasil avançou 19 posições no ranking de liberdade de imprensa da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), agora ocupando a 57ª posição, refletindo a mudança de governo e a normalização das relações entre a imprensa e o Estado. Esse progresso é atribuído ao ambiente mais favorável para a liberdade de expressão sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, em contraste com a hostilidade enfrentada durante a gestão de Jair Bolsonaro. Além disso, a discussão sobre saúde pública, especialmente a vacinação, destaca a importância de restaurar a confiança nas campanhas de vacinação, que foram prejudicadas pela desinformação. Os cidadãos expressam a necessidade de um esforço coletivo para combater a apatia em relação à saúde pública e enfatizam a importância de informações confiáveis. O retorno da confiança nas urnas eletrônicas nas eleições de 2022 também foi um tema importante, refletindo um desejo por maior transparência. As recentes mudanças políticas no Brasil podem não apenas recuperar a liberdade de imprensa, mas também revitalizar a saúde pública e a educação, essenciais para o futuro do país.

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