Boicote canadense atinge setores comerciais nos Estados Unidos

O boicote crescente dos canadenses aos produtos americanos impacta regiões fronteiriças, segundo relatório do Congresso e relatos de consumidores.

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12/12/2025, 13:19

Autor: Laura Mendes

Uma imagem vibrante de uma loja na fronteira dos Estados Unidos e Canadá, cercada por produtos canadenses em destaque, enquanto do outro lado da rua se vêem lojas americanas vazias. Pessoas observando com expressões de desinteresse pelos produtos dos EUA, com bandeiras canadenses expostas em apoio.

Nos últimos meses, um movimento crescente de boicote por parte dos canadenses a produtos e serviços oriundos dos Estados Unidos começa a mostrar impactos tangíveis, especialmente nas economias das áreas de fronteira. Um novo relatório do Congresso dos EUA destaca que essa tendência tem afetado significativamente os estados vizinhos ao Canadá, levando a uma reavaliação do comércio bilateral e da dependência econômica entre os dois países.

Os comentários de cidadãos canadenses expressam um desejo crescente de distanciamento das marcas americanas. Muitos declararam que estão dispostos a pagar mais por produtos que não sejam associados aos Estados Unidos. "Eu nunca costumava me esforçar muito para determinar o país de origem das minhas compras até o ano passado. Hoje em dia, prefiro pagar mais por algo que não tenha conexões com os EUA", afirmou um canadense, que simboliza o sentimento de muitos em relação à oferta de produtos americanos.

Em contraste, outra voz ecoou a intensificação deste boicote, destacando que as reações dos canadenses podem ter raízes em um crescente descontentamento com políticas e administrações americanas. "Não é como se as pessoas tivessem escolha aqui. É tudo imposto sobre nós", comentou um usuário, referindo-se ao que consideram ser uma crescente hostilidade por parte do governo dos EUA e suas repercussões em relações comerciais.

O embaixador dos Estados Unidos no Canadá, Pete Hoekstra, tem enfrentado críticas por suas declarações, que muitos consideram ofensivas e que têm contribuído para a intensificação do boicote. Embora Hoekstra busque promover uma imagem positiva do comércio entre as nações, suas ações têm sido interpretadas como contraproducentes, firmando a ideia de muitos canadenses de que os EUA não são mais um parceiro comercial confiável. "Toda vez que o Hoekstra abre a boca, ele ofende os canadenses e motiva ainda mais gente a boicotar os EUA", comentou um usuário.

O amplo impacto do boicote já pode ser visto em diversos setores, desde itens de consumo até serviços e turismo. De acordo com o relatório, as pequenas cidades da fronteira, que historicamente dependem do tráfico de clientes canadenses, estão observando um vazio nas lojas que normalmente estariam cheias de pessoas comprando produtos americanos. Uma senadora do New Hampshire recentemente expressou preocupações sobre o impacto econômico da situação e a necessidade de melhorar as relações entre os dois países para evitar um colapso ainda maior nos empregos locais.

Vários cidadãos estão compartilhando experiências sobre como estão mudando seus hábitos de consumo em relação aos produtos americanos. Há até aqueles que estão dispostos a viajar para longe para evitar produtos originários dos EUA, como foi o caso de um canadense que comentou sua decisão de visitar a Disneyland em Tóquio ao invés da Disneyland na Flórida, destacando uma significativa economia financeira e uma experiência cultural mais agradável. "Custou 700 dólares a menos no geral! Todo mundo era mais educado e eu não vi nenhum chapéu MaGa no 'it's a small world'", comentou ele com um toque de humor.

A guerra comercial e as tensões políticas entre os países têm gerado um clima de incerteza, impulsionando muitos canadenses a buscarem ativamente apoiar sua economia local em vez de investir em produtos que vêem associados a uma administração com a qual não se alinham. O boicote se desenvolve não apenas como uma rejeição a produtos, mas como uma afirmação de identidade cultural e política diante das mudanças socioeconômicas nos Estados Unidos.

À medida que a situação se desenrola, muitos analistas alertam que a continuidade do boicote pode contribuir para um aumento nas tensões econômicas, impactando ainda mais a já vulnerável economia das cidades fronteiriças. "O boicote do Canadá está pegando nos estados da fronteira dos EUA, e essa é a única atitude que sinto ser feita por medo genuíno", afirmou um comentador, refletindo o estado de ansiedade compartilhado por muitos canadenses sobre a direção que os EUA estão tomando sob sua atual administração.

As relações bilaterais entre Canadá e Estados Unidos, uma parceria histórica, agora enfrentam uma importante reavaliação que pode alterar os padrões de comércio e interação social nas fronteiras. Em tempos de crescente descontentamento, o apoio ao mercado local parece ser uma prioridade crescente para muitos canadenses, que veem o boicote como uma forma de expressar suas preocupações políticas e econômicas como cidadãos voluntários de um país que busca suas próprias direções.

Fontes: Estadão, BBC Brasil, Globo News

Resumo

Nos últimos meses, um movimento de boicote por parte dos canadenses a produtos e serviços dos Estados Unidos tem mostrado impactos significativos, especialmente nas economias das áreas de fronteira. Um relatório do Congresso dos EUA destaca que essa tendência está afetando os estados vizinhos ao Canadá, levando a uma reavaliação do comércio bilateral. Cidadãos canadenses expressam um desejo crescente de distanciamento das marcas americanas, dispostos a pagar mais por produtos sem conexões com os EUA. O embaixador dos EUA no Canadá, Pete Hoekstra, enfrenta críticas por suas declarações, que muitos consideram ofensivas e que intensificam o boicote. O impacto já é visível em diversos setores, com pequenas cidades de fronteira observando uma queda no comércio. Muitos canadenses estão mudando seus hábitos de consumo, preferindo apoiar a economia local e evitando produtos americanos. A continuidade do boicote pode aumentar as tensões econômicas e impactar a já vulnerável economia das cidades fronteiriças, levando a uma reavaliação das relações bilaterais entre os dois países.

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