Bielorrússia recebe míssil Oreshnik da Rússia em meio a tensões geopolíticas

A Bielorrússia confirmou a chegada do míssil Oreshnik, uma arma potencialmente nuclear, em um momento crítico de tensões com o Ocidente e a vizinha Ucrânia.

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19/12/2025, 16:09

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma imagem dramática de um míssil Oreshnik sendo lançado em um céu nebuloso, com nuvens densas e raios iluminando o fundo. Em primeiro plano, a silhueta de soldados bielorrussos observando com expressões de incerteza. A cena é tensa, evocando a sensação de perigo e incerteza em relação ao futuro militar da Bielorrússia.

Em um ambiente internacional já saturado de incertezas, a Bielorrússia anunciou nesta quarta-feira, 25 de outubro de 2023, a chegada do míssil Oreshnik, um armamento desenvolvido pela Rússia que suscita preocupações sobre sua capacidade nuclear e seu impacto na geopolítica regional. O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, afirmou que este míssil representa um “avanço estratégico” para seu país, destacando suas supostas capacidades avançadas.

Entretanto, as reações internacionais foram rápidas e evidentes, com analistas refletindo sobre as implicações de tal desenvolvimento militar. O Oreshnik, embora promissor em sua descrição, levanta questões sobre a eficácia real da Bielorrússia em utilizá-lo, especialmente em um contexto onde já se discute a legitimidade de seu programa nuclear. Especialistas em armas apontam que a introdução desse tipo de armamento na Bielorrússia pode colocá-la em uma posição vulnerável, transformando-a em um alvo prioritário nas possíveis retaliações decorrentes de suas decisões bélicas.

Uma das preocupações centrais é que, ao permitir o desembarque de armas nucleares no solo bielorrusso, Lukashenko possa estar colocando seu país na linha de fogo. A situação é complicada pela proximidade da Bielorrússia com a Polônia e os países bálticos, membros da OTAN, que têm expressado sua inquietação com os movimentos militares da Rússia e da Bielorrússia. O analista político Dmitry Ivanov, consultor de uma ONG de segurança, menciona que "a instalação de um míssil nuclear em um país sem a infraestrutura necessária para dispará-lo levanta sérias dúvidas sobre a lógica por trás da estratégia russa; o que se ganha, na verdade, ao colocar um sistema defensivo que pode ser facilmente atacado?".

Os comentários sobre o Oreshnik nas redes sociais refletem a ironia e a desconfiança generalizadas entre os cidadãos de países vizinhos e observadores internacionais. O que deveria ser uma forte demonstração de poder por parte da Bielorrússia é muitas vezes visto como um jogo de estratégia arriscado. Um comentarista resumiu a situação: “Ter um míssil não o torna invencível; na verdade, a Bielorrússia agora é um alvo ainda mais visível”. Essa opinião ressoa com muitos, que acreditam que a decisão de Lukashenko poderia ser uma armadilha, na qual a Bielorrússia se tornaria a primeira linha de defesa da Rússia em um conflito com a NATO.

Além disso, a história recente mostra um padrão de confronto entre as potências nucleares que não parece beneficiar as nações menores que se alinharem ao mais forte. A situação é um eco das tensões na península coreana, onde armas nucleares também se tornaram a norma de ameaças e intimidatórias.

A Bielorrússia já havia se esforçado para se posicionar como um aliado estratégico da Rússia, especialmente com relação ao seu papel na guerra na Ucrânia. Mas, ao mesmo tempo, o país enfrenta sua própria crise interna, com protestos contra o regime de Lukashenko ocorrendo desde 2020. Para muitos, a militarização parece uma tentativa do líder bielorrusso de desviar a atenção das preocupações domesticas por meio de um nacionalismo exacerbado e militarismo.

No que diz respeito à comunidade internacional, a resposta ao anuncio do míssil Oreshnik continua a se desdobrar. Diplomatas ocidentais têm se aventurado em discussões sobre possíveis sanções adicionais se a Bielorrússia continuar a estreitar laços militares com a Rússia. Entretanto, os Estados Unidos e a NATO monitoram a situação com cautela, sem querer intensificar as hostilidades, mas determinando que garantias serão necessárias para assegurar a segurança de seus aliados na região.

Ao penetrar nas complexas camadas dessa situação geopolítica, o futuro da Bielorrússia parece incerto. Com um pé firmemente plantado ao lado da Rússia, Lukashenko abre mão da soberania de seu país em nome de uma proteção que pode ser ilusória. Enquanto isso, o povo bielorrusso observa, ciente de que o resultado dessa aliança pode muito bem moldar seu destino nos próximos anos, uma vez que a tensão entre potências nucleares continua a crescer.

Fontes: BBC, The Guardian, Reuters

Resumo

A Bielorrússia anunciou a chegada do míssil Oreshnik, desenvolvido pela Rússia, o que gerou preocupações sobre sua capacidade nuclear e o impacto na geopolítica regional. O presidente Alexander Lukashenko afirmou que o armamento representa um “avanço estratégico”, mas analistas questionam sua eficácia e a vulnerabilidade do país em um cenário de retaliação. A instalação de armas nucleares na Bielorrússia pode torná-la um alvo prioritário, especialmente devido à sua proximidade com a Polônia e os países bálticos, membros da OTAN, que estão alarmados com os movimentos militares da Rússia. Comentários nas redes sociais refletem a desconfiança em relação à estratégia de Lukashenko, que pode estar utilizando a militarização para desviar a atenção das crises internas. A resposta internacional ao anúncio do míssil continua a se desdobrar, com discussões sobre possíveis sanções adicionais. O futuro da Bielorrússia permanece incerto, com Lukashenko alinhando-se à Rússia e colocando em risco a soberania do país em busca de proteção.

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