Arepas colombianas e venezuelanas: sabores e significados culturais

Apreciadas na Colômbia e na Venezuela, as arepas são um símbolo da rica culinária e das tradições indígenas dos Andes, com variações que refletem as culturas locais.

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28/08/2025, 02:00

Autor: Laura Mendes

Uma mesa vibrante e colorida repleta de arepas recheadas com diversas combinações, como carne, frango e vegetais, acompanhadas de salsa e molhos, em um ambiente festivo com bandeiras da Colômbia e da Venezuela ao fundo, simbolizando a rica herança cultural dos dois países.

As arepas se tornaram um símbolo da rica tradição culinária da América Latina, especialmente na Colômbia e na Venezuela, onde são consumidas em diversas formas e recheios. Recentemente, um usuário de redes sociais fez um apelo para que ajudassem a identificar um tipo particular desse prato, que despertou o interesse de muitos em reverenciar as origens e as peculiaridades culinárias das duas nações. A discussão em torno dessas iguarias é emblemática não apenas da gastronomia, mas também da identidade cultural e da herança histórica que cada país reivindica.

Embora as arepas sejam consumidas em ambos os países, suas preparações e formas variam bastante. Um usuário, ao descrever sua experiência com a comida, mencionou um pão massa grossa, frita e recheada, alvo de muitas opiniões. Alguns comentários refletiram a ideia de que, enquanto na Venezuela o recheio geralmente fica dentro do pão, na Colômbia os recheios tendem a ser mais básicos, como queijo, muitas vezes misturados à massa. Esta polarização entre os hábitos alimentares dos dois países demonstra como cada um moldou sua cultura em torno deste alimento ancestral.

Por origens que remontam às tradições pré-colombianas dos indígenas, o nome "arepa" se origina da língua dos Chayma, grupo indígena da região que hoje compreende a Venezuela. Este legado é junto a um sentimento de pertencimento e identidade compartilhada, mesmo em meio a um histórico de disputas territoriais e culturais entre os dois países. A forma como as arepas são servidas, recheadas ou acompanhadas de guarnições, pode falar volumes sobre as influências regionais e a adaptação à gastronomia contemporânea.

Histórias sobre arepas não só nos revelam a diversidade culinária da América do Sul, mas também indicam a troca cultural que tem ocorrido nas últimas décadas. A imigração em grande escala de venezuelanos para a Colômbia, em resposta a crises econômicas e sociais, tem gerado uma fusão na culinária, favorecendo o intercâmbio de receitas, ingredientes e tradições. Por exemplo, muitos estabelecimentos de Bogotá, conhecidos como "areperas", são de propriedade venezuelana, enriquecendo a oferta local com as variadas interpretações desse prato.

O dinamismo cultural que desenha a relação entre os dois países é intrigante. Se de um lado temos as arepas recheadas tradicionalmente com carne, por exemplo, da parte venezuelana, do outro os colombianos frequentemente utilizam ingredientes como queijo e legumes, misturando-os ou oferecendo-os como acompanhamentos. Assim, um tema que poderia ser visto como uma simples comparação alimentícia se desdobra em um panorama complexo que abarca a questão da identidade territorial e as experiências compartilhadas entre os povos.

Os relatos de experiências culinárias vividas, como as mencionadas nos comentários, também evidenciam a importância das arepas como prato de afeto, trazendo memórias aconchegantes de encontros familiares e celebrações. São frequentemente preparadas em eventos festivos e servidas em ocasiões sociais, destacando seu papel na união das pessoas em volta da mesa. Esse alimento, portanto, não é apenas uma simples opção de refeição; é uma conexão emocional com a cultura e a herança ancestral.

À medida que o interesse por essas tradições culinárias cresce, surgem novas referências que vão além do erguido histórico, demonstrando inovação e adaptação. Chefs contemporâneos estão reinterpretando a arepa em suas cozinhas, criando novas combinações e apresentações que abrangem a diversidade de paladares. Assim, a arepa se reinventa, modernizando-se ao mesmo tempo em que preserva sua essência ancestral.

Portanto, enquanto tentamos identificar a comida que nos é mostrada e mencionada, é fundamental reconhecer que cada arepa carrega consigo uma história de identidade, resiliência e sabor, unindo duas culturas ricas e profundamente entrelaçadas. Com uma tradição tão vibrante, é seguro afirmar que as arepas não são apenas um alimento; são uma celebração das culturas da Colômbia e da Venezuela, mantendo vivas as conexões com suas raízes indígenas e contemporâneas.

Fontes: Folha de São Paulo, El País, BBC Brasil

Resumo

As arepas se tornaram um símbolo da tradição culinária da América Latina, especialmente na Colômbia e na Venezuela, onde são consumidas de diversas formas e recheios. Recentemente, um usuário de redes sociais pediu ajuda para identificar um tipo específico desse prato, gerando discussões sobre suas origens e peculiaridades. Embora consumidas em ambos os países, as arepas apresentam variações significativas em suas preparações. Na Venezuela, os recheios costumam ser inseridos dentro do pão, enquanto na Colômbia são mais simples, como queijo. A história das arepas remonta às tradições pré-colombianas, e seu nome deriva da língua dos Chayma, um grupo indígena da Venezuela. A imigração de venezuelanos para a Colômbia tem promovido um intercâmbio cultural, refletido na culinária. As arepas são também uma conexão emocional, frequentemente preparadas em eventos festivos e servidas em ocasiões sociais. Chefs contemporâneos estão reinterpretando o prato, criando novas combinações, enquanto as arepas continuam a celebrar as culturas da Colômbia e da Venezuela, mantendo vivas as conexões com suas raízes.

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