A palavra cool perdura como gíria atemporal entre gerações

A gíria "cool" se destaca por sua versatilidade e significado atemporal, continuando relevante em diversas épocas e contextos sociais.

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06/09/2025, 20:27

Autor: Laura Mendes

Uma imagem vibrante mostrando jovens de diferentes gerações interagindo em um cenário urbano, todos sorrindo e se divertindo, com placas e grafites coloridos ao fundo exibindo palavras como "cool", "awesome" e "rad". O ambiente deve ser alegre e dinâmico, refletindo a diversidade de estilos e expressões da cultura contemporânea.

No vasto universo da linguagem, algumas palavras e expressões conseguem permanecer relevantes através das gerações, enquanto outras caem em desuso e se tornam obsoletas. Um exemplo fascinante dessa dinâmica é a palavra "cool", que se manteve forte e presente nas conversas cotidianas, transcendeu modismos e se consolidou como uma gíria atemporal que abrange significados que vão além do superficial. Diferentemente de termos como "groovy", "rad" ou "on fleek", que são frequentemente associados a períodos específicos ou subculturas, "cool" se destaca pela sua naturalidade, versatilidade e pela forma como se engrenou no cotidiano linguístico de diferentes faixas etárias.

As características da palavra "cool" que sustentam sua longevidade são variadas e intrigantes. De acordo com observações sobre o uso da linguagem, uma frequência notável entre os comentaristas sobre as razões pelas quais "cool" continua a ser usada é a sua capacidade de descrever não apenas pessoas, mas também estados emocionais e situações contextuais. A habilidade dessa palavra em encapsular uma sensação de segurança, confiança e um padrão estético faz dela uma escolha ideal em uma comunicação informal.

Outro ponto que merece destaque é a noção de que "cool" se tornou menos uma simples gíria e mais um elemento essencial de vocabulário básico. Assim como a palavra "okay", que teve origem em gíria, "cool" amadureceu na língua ao longo do tempo. Seu uso foi democratizado entre várias classes sociais e etnias, embora tenha começado como uma expressão da cultura afro-americana em contextos de jazz e blues. Com o advento da televisão e da música, a palavra se universalizou, tornando-se parte do léxico cotidiano, acessível a todos, independentemente de sua geração ou histórico cultural.

Estudiosos da comunicação e da evolução linguística apontam que a popularidade de uma gíria pode depender de sua facilidade de uso e da ausência de associações temporais limitantes. Palavras como "groovy" e "far out", por exemplo, estão intimamente ligadas à cultura hippie dos anos 60 e 70, enquanto "cool" não possui uma entonação específica que ligue sua utilidade a uma determinada época, permitindo que continue a fluir entre os jovens de hoje e seus avós sem barreiras interpretativas.

Outra análise sugere que a sonoridade de "cool" faz com que seja uma palavra que se “sai melhor da boca”. Comentários aprofundam a observação de que palavras que são fáceis de pronunciar e que fluem naturalmente tendem a passar de geração em geração, enquanto termos mais complexos ou que exigem uma articulação mais elaborada tendem a ser abandonados. Além disso, a simplicidade de “cool” em sua forma e som a torna agradável para o uso em diversas circunstâncias, o que é fundamental em um panorama social onde a comunicação rápida e eficaz se tornou essencial.

Evidentemente, mesmo que "cool" conserve um significado inerentemente positivo e equilibrado, outros termos que surgem na cultura pop, como "sus" e "vibes", têm seu próprio espaço linguístico, mas são mais suscetíveis a modismos passageiros. A capacidade de adaptação da palavra "cool" e a sua falta de um significado rigidamente definido que a limita a uma subcultura específica é, sem dúvida, um dos seus maiores trunfos.

Este fenômeno de durabilidade da palavra "cool" nos faz refletir sobre a natureza dinâmica da linguagem e como o que é considerado "na moda" pode rapidamente se transformar em algo ultrapassado. À medida que novas gerações se sobressaem, elas naturalmente desenvolvem suas gírias, mas nenhuma delas parece conseguir igualar a resiliência e o charme etéreo da palavra "cool". O que fica claro é que, independentemente das mudanças que a linguagem e a cultura continuem a atravessar, "cool" encontrou seu lugar de destaque e se mantém firme no repertório cotidiano, capaz de ser entendido por um adolescente de 14 anos e um adulto de 65, sem que haja a necessidade de uma linha de explicação.

A força da gíria "cool" é um testemunho da sua universalidade e do poder da comunicação e expressão humana. Como a linguagem continua a evoluir, esta palavra se mantém como um elo constante entre gerações, provando que, às vezes, o que é "cool" permanece eleito entre amigos e até desconhecidos, um verdadeiro patrimônio cultural que liga o passado e o presente, adorada por todos.

Fontes: Folha de São Paulo, Atualidades da Linguagem, Estudos de Cultura Popular

Resumo

A palavra "cool" se destaca como uma gíria atemporal, mantendo sua relevância ao longo das gerações, ao contrário de termos como "groovy" e "rad", que estão associados a períodos específicos. Sua versatilidade permite descrever pessoas, estados emocionais e situações, tornando-a uma escolha ideal em comunicações informais. Com o tempo, "cool" evoluiu de uma gíria da cultura afro-americana em contextos de jazz e blues para um vocabulário básico, acessível a diversas classes sociais e etnias. A popularidade da palavra se deve à sua facilidade de uso e à ausência de associações temporais limitantes. Além disso, sua sonoridade agradável facilita a transmissão entre gerações. Embora novas gírias surjam, como "sus" e "vibes", elas são mais suscetíveis a modismos, enquanto "cool" se adapta e mantém seu significado positivo. Essa durabilidade reflete a natureza dinâmica da linguagem e a conexão entre gerações, consolidando "cool" como um patrimônio cultural que une o passado e o presente.

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