Zelensky afirma que China não busca paz na guerra da Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressa ceticismo sobre os esforços da China para interceder na guerra com a Rússia, afirmando que Pequim prioritiza seus próprios interesses.

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09/12/2025, 11:49

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma representação chocante de líderes mundiais discutindo fervorosamente em uma mesa de negociações, rodeados por mapas da Ucrânia e da China. Ao fundo, uma muralha de fumaça representando a guerra, enquanto um sol nascente tenta iluminar a cena, simbolizando a esperança de paz. O ambiente é tenso, com expressões de preocupação e incerteza nos rostos dos líderes.

O crescente desespero por uma solução pacífica na guerra da Ucrânia, que já dura mais de um ano, se intensificou nesta quinta-feira, com declarações do presidente Volodymyr Zelensky alertando que a China não possui interesse genuíno em resolver o conflito. Em meio a apelos por um diálogo de paz, Zelensky destacou que a abordagem da China reflete mais suas ambições estratégicas do que qualquer desejo de estabilidade na região. “A China tem suas próprias agendas, e sua postura em relação à guerra da Ucrânia deve ser encarada com ceticismo”, declarou.

A afirmação de Zelensky ocorre em um momento crítico em que a Alemanha tem buscado estreitar vínculos com a China, na esperança de que Pequim possa mediar um acordo de paz ou, pelo menos, evitar uma escalada maior do conflito. Enquanto isso, especialistas em geopolítica alertam que a China tem, na verdade, muito a ganhar com a continuação do embate. A guerra tem favorecido a economia chinesa, que visa adquirir energia russa a preços reduzidos, enquanto a Rússia se torna mais dependente do apoio chinês tanto em termos econômicos quanto militares. Em essência, a China está em uma posição vantajosa, recebendo petróleo e gás a preços de pechincha enquanto observa o Ocidente distraído.

Analistas argumentam que a China vê a guerra como uma oportunidade de enfraquecer a Rússia, que já demonstrou hostilidade em relação a Pequim no passado. A complexidade das relações entre esses dois países é palpável, visto que a Rússia, ao mesmo tempo que busca consolidar sua influência na região, também teme uma China que se torna progressivamente mais assertiva. Portanto, para a China, prolongar a guerra pode se revelar benéfico, pois evita que a Rússia se reforce e se torne um adversário mais formidável.

Além disso, os efeitos duradouros do conflito na economia europeia não podem ser ignorados. Vários países, particularmente na União Europeia, têm experimentado um aumento significativo nas despesas militares na tentativa de se prepararem para possíveis ofensivas russas. Como reconhecido por analistas, a Alemanha, por exemplo, viu seus gastos com defesa subir para 5% do PIB em resposta à ameaça que a guerra representa. Entretanto, essa dependência de um conflito em andamento levanta questões sobre a sustentabilidade dessa política a longo prazo.

Zelensky também fez eco às preocupações de que, se a Rússia for suficientemente enfraquecida sem uma intervenção mais enérgica do Ocidente, isso pode levar a uma maior instabilidade na região, o que, por sua vez, afetaria diretamente os interesses ocidentais. A fragilidade da Rússia pode não ser um objetivo desejado por muitos países da UE, que estão cientes de que uma Rússia desestabilizada pode resultar em consequências não intencionais, como a propagação de outros conflitos ou a ascensão de movimentos extremistas.

Enquanto isso, a dinâmica internacional permanece densa com rumores de que a guerra, na verdade, poderia ser uma ferramenta estratégica para as potências globais. A ideia de que o prolongamento do conflito beneficia não apenas a China, mas também analistas do Ocidente que veem uma oportunidade de conter a influência russa, está começando a ganhar espaço nas discussões geopolíticas. A guerra na Ucrânia tornou-se, assim, um campo de testes para o poder econômico e militar dos países envolvidos.

A realidade é que os cidadãos ucranianos, que têm estado em constante estado de alerta e sofrimento, desejam um retorno à paz. Com um exército ucraniano que, segundo Zelensky, está decidido a não capitular, há uma determinação coletiva no país de não sucumbir às exigências inaceitáveis da Rússia. A resistência ucraniana contrasta com a realidade complicada de negociações internacionais, onde interesses estratégicos frequentemente superam as humanidades em um cenário de guerra. Essa situação lamentável é exemplificada pelas vozes do povo, que expressam um desejo sincero de um futuro sem a sombra da guerra.

Assim, a luta pela paz na Ucrânia continua sendo um enigma, com as potências mundiais manobrando suas políticas em torno de interesses estratégicos enquanto os cidadãos comuns clamam por um desfecho que traga alívio e segurança. Os apelos por um diálogo verdadeiro e eficaz entre as nações são mais urgentes do que nunca, mesmo com a clara percepção das complexas teias de interesses que permeiam as relações internacionais contemporâneas.

Fontes: BBC News, The Guardian, Al Jazeera, The New York Times

Resumo

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou preocupações sobre a falta de interesse genuíno da China em resolver a guerra na Ucrânia, que já dura mais de um ano. Ele afirmou que a postura da China reflete suas ambições estratégicas, e não um desejo de estabilidade. Enquanto a Alemanha busca estreitar laços com Pequim na esperança de que a China possa ajudar a mediar um acordo de paz, especialistas em geopolítica alertam que a continuidade do conflito pode ser vantajosa para a China, que se beneficia economicamente ao adquirir energia russa a preços baixos. Além disso, a guerra enfraquece a Rússia, que já demonstrou hostilidade em relação à China. O prolongamento do conflito levanta preocupações sobre a instabilidade na região e suas consequências para os interesses ocidentais. Enquanto isso, os cidadãos ucranianos desejam a paz, enfrentando um exército determinado a resistir. A luta pela paz na Ucrânia continua complexa, com interesses estratégicos em jogo e um clamor urgente por diálogo entre as nações.

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