Trump assina ordem executiva para redefinir regulamentação da IA

Presidente Trump assina ordem executiva visando unificar regulamentações sobre inteligência artificial, desafiando normas estaduais e gerando polêmica entre empresários e especialistas.

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12/12/2025, 12:38

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma captura do presidente Trump no Salão Oval, cercado por executivos de tecnologia, segurando papéis enquanto discute a nova ordem executiva sobre inteligência artificial. Natureza energética e tensa da reunião, com expressões de expectativa e ceticismo no rosto dos convidados. Ao fundo, uma bandeira dos Estados Unidos e a mesa de madeira polida, repleta de dispositivos tecnológicos, destacando a conexão entre governo e inovação tecnológica.

No dia 12 de outubro de 2023, durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca, o presidente Donald Trump anunciou a assinatura de uma ordem executiva que visa neutralizar as leis estaduais sobre inteligência artificial. A nova diretiva busca estabelecer uma estrutura regulatória federal única que substitua a colcha de retalhos de regulamentos estaduais atualmente em vigor. Trump declarou que unificar as regras é essencial para manter a liderança dos Estados Unidos na evolução desta tecnologia, especialmente considerando a crescente competitividade com a China.

A proposta foi recebida com reações mistas, com alguns comentadores destacando que a medida beneficia diretamente as empresas de tecnologia, que enfrentam altos custos de conformidade quando precisam lidar com várias legislações estaduais. "A medida elimina barreiras que poderiam afetar as margens de lucro de empresas como OpenAI e Nvidia", afirmou um observador do mercado. O Presidente enfatizou que a burocracia gerada pela diversidade de normas em diferentes estados conflita com a rapidez exigida pela inovação, justificando assim sua decisão de centralizar a regulamentação.

"Tem que ser uma única fonte. Você não pode consultar 50 fontes diferentes", disse Trump, ressaltando a necessidade de agilidade e clareza no setor de IA, que é visto como um pilar essencial para a prosperidade econômica e a segurança nacional dos Estados Unidos. No entanto, especialistas em direito e constituição questionam a validade e a aplicabilidade da ordem executiva, alertando que, legalmente, o presidente não pode simplesmente anular as leis estaduais sem o respaldo do Congresso.

Alguns comentaristas notaram que, se a ordem executiva realmente for aplicada, poderá provocar uma batalha judicial, à medida que estados tentarem defender seus próprios regulamentos. "Na prática, isso pode se tornar um grande teatro jurídico, onde a força executiva é desafiada por leis estaduais", apontou um analista. Além disso, críticos observam que Trump, ao enfraquecer a regulamentação estatal, pode estar favorecendo uma agenda que beneficia mais os magnatas do setor de tecnologia do que a sociedade em geral.

Durante a operação, o governo continuará a investigar possíveis violações das leis constitucionais em relação ao uso da IA. A ordem também sugere que fundos federais destinados a estados poderão ser cortados se estes não colaborarem com as diretrizes impostas. "Essa abordagem é uma forma de pressão que o governo federal já utilizou antes para forçar mudanças, como na manipulação da idade mínima para consumo de bebidas alcoólicas", explicou um especialista em políticas públicas.

O movimento de Trump marca um aprofundamento em sua relação com a indústria de tecnologia, ao buscar garantir a expansão da IA, além de desmontar regulamentos que, segundo ele, estrangulam o potencial do setor. Recentemente, outros gestos de apoio à tecnologia ocorreram, como a derrubada de restrições à exportação de chips essenciais para a IA, sinalizando uma tendência clara de alinhamento do governo federal com os interesses das grandes empresas do Vale do Silício.

No entanto, o cerne da questão gira em torno da capacidade legal de uma ordem executiva ser uma solução efetiva. O consenso entre especialistas é que a ordem pode não ter força suficiente para anular completamente as normas estaduais. "Ordens executivas não têm o poder de criar leis, e mesmo com diretrizes federais, a resistência dos estados pode prevalecer", argumentou um ex-assessor jurídico.

Adicionalmente, a discussão em torno de regulamentações pertinentes à inteligência artificial levanta questões sobre os limites éticos da tecnologia e a proteção dos cidadãos. Com a crescente ênfase em IA, a urgência por uma regulamentação eficaz se intensifica, refletindo preocupações globais sobre as implicações sociais e económicas da tecnologia. "Fica claro que a IA precisa de regulamentação, mas o desafio será encontrar um equilíbrio que não favoreça apenas os interesses empresariais", conclui um analista do setor.

Diante de um futuro em que a inteligência artificial continuará a desempenhar um papel cada vez mais crucial na sociedade, a ordem de Trump poderá ser um divisor de águas que desafia a norma sobre como o governo se relaciona com a inovação e a regulamentação. Seja como for, essa iniciativa traz à tona diferentes dimensões da justiça, do desenvolvimento econômico e da ética que determinarão a trajetória da tecnologia nos anos vindouros.

Fontes: The New York Times, Folha de São Paulo, Washington Post

Detalhes

Donald Trump

Donald Trump é um empresário e político americano, conhecido por ter sido o 45º presidente dos Estados Unidos, exercendo o cargo de janeiro de 2017 a janeiro de 2021. Antes de sua presidência, ele era um magnata do setor imobiliário e uma figura proeminente na mídia, famoso por seu programa de televisão "The Apprentice". Sua administração foi marcada por políticas controversas e um estilo de governança não convencional, além de uma forte presença nas redes sociais.

Resumo

No dia 12 de outubro de 2023, o presidente Donald Trump anunciou uma ordem executiva na Casa Branca para unificar a regulamentação federal sobre inteligência artificial, buscando substituir as leis estaduais existentes. Ele argumentou que essa medida é crucial para manter a liderança dos Estados Unidos na tecnologia, especialmente em face da competição com a China. A proposta gerou reações mistas, com críticos afirmando que pode beneficiar empresas de tecnologia como OpenAI e Nvidia, ao reduzir custos de conformidade. No entanto, especialistas em direito questionam a legalidade da ordem, alertando que o presidente não pode anular leis estaduais sem a aprovação do Congresso. A ordem pode provocar batalhas judiciais, com estados defendendo suas regulamentações. Além disso, a proposta levanta preocupações éticas sobre o uso da IA e a proteção dos cidadãos. A iniciativa de Trump reflete uma tentativa de alinhar o governo federal com os interesses da indústria de tecnologia, mas o desafio será encontrar um equilíbrio que não favoreça apenas as empresas.

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