30/12/2025, 19:33
Autor: Felipe Rocha

O ator Timothée Chalamet se destacou mais uma vez em sua recente produção cinematográfica, "Marty Supreme", ao decidir interpretar uma cena inusitada em que leva palmadas com uma raquete de ping pong. O que poderia ser apenas uma das muitas cenas engraçadas em uma comédia independente rapidamente se transformou em um evento de longa duração, com a gravação se estendendo até a madrugada. Essa escolha do ator não apenas gerou curiosidade, mas também levantou questões sobre o comprometimento e a visão artística em projetos de baixo orçamento.
De acordo com relatos de membros da equipe, a cena em questão demandou cerca de 40 takes, com o diretor Josh Safdie sendo conhecido por seu perfeccionismo ao filmar. Essa abordagem meticulosa não é incomum em produções independentes, mas a intensidade dessa gravação levantou algumas sobrancelhas sobre as escolhas criativas por trás dela. O próprio Chalamet, conhecido por seu talento e dedicação, teria expressado o desejo de realizar a ação sem a ajuda de um dublê, uma decisão que foi elogiada por aqueles que acreditam no potencial de um ator de mergulhar nas situações mais inusitadas.
Consequentemente, a duração da gravação e a natureza peculiar da cena fez com que alguns questionassem o custo da produção para captar uma sequência de uma palmada. Os membros da equipe eram numerosos, com cifras impressionantes que provavelmente somavam uma quantia significativa de despesas. Com uma equipe de 59 membros focados em câmeras e elétrica, 50 no departamento de arte e 215 em efeitos visuais, o filme "Marty Supreme" se apresenta como um exemplo de um projeto independente que, embora ambicioso, é também sobre a loucura que pode ocorrer nos bastidores da indústria cinematográfica.
Chalamet, como muitos atores, trouxe uma abordagem peculiar para essa performance, optando por não apenas fazer uma cena, mas por "imortalizar" sua própria atuação em uma forma que o diferencia dos outros. O próprio Kevin O'Leary, que estava envolvido na cena, comentou sobre a decisão do ator de não usar um dublê. Segundo O'Leary, Chalamet estava ciente da importância da autenticidade nesse momento e queria que seu impacto ficasse registrado na memória do filme. O’Leary também mencionou os desafios inesperados que surgiram durante as filmagens, como a quebra do adereço original, que o forçou a usar um equipamento real e potencialmente mais doloroso.
Entretanto, essa dedicação não é isenta de críticas. O próprio ambiente de filmagem gerou especulações e piadas entre os observadores sobre o quão sério pode ser o comprometimento em performances cinematográficas. Muitos se perguntaram se essa cena era realmente necessário, considerando que outras formas de representação poderiam ter sido aplicadas sem criar uma situação que parece, no mínimo, bizarra.
Os aparentemente intermináveis takes e a escolha de focar em uma cena que, sob uma lente crítica, poderia ser interpretada como um tipo de fetiche cômico, provoca reflexões sobre os limites da humor. Os palcos de indecorosos desafios no set são um território que atores e diretores têm de navegar com cuidado, pois o que parece divertido em teoria pode rapidamente se transformar em uma dinâmica estranha e desconfortável.
Além do humor e das peculiaridades relacionadas às filmagens, a abordagem inovadora de Chalamet e a dedicação à arte tornam "Marty Supreme" uma experiência cinematográfica intrigante. Membros da equipe que acompanhavam a gravação têm relatado que, apesar de sua natureza humorística, a cena é uma reflexão de um produto maior que visa captar a essência da comédia contemporânea. Enquanto o público aguarda ansiosamente o resultado final, não há dúvida de que a filmagem de "Marty Supreme" está destinada a ser lembrada por seu conteúdo inusitado e pelas escolhas ousadas de seu elenco, especialmente de Chalamet, que permanece como uma figura fascinante no panorama do cinema moderno.
Com o filme prestes a estrear, muitos se perguntam se "Marty Supreme" se tornará um clássico cult ou apenas uma curiosidade passageira. O tempo dirá se a fama de Chalamet continuará a crescer ou se essa polêmica cena se tornará uma nota de rodapé em sua já notável carreira. O que é certo é que balançar-se na linha entre o hilariante e o absurdo é, em último caso, onde o verdadeiro espírito da arte reside, especialmente quando se trata de filmes independentes que ousam desafiar as convenções.
Fontes: Variety, The Hollywood Reporter, Collider
Detalhes
Timothée Chalamet é um ator americano conhecido por suas performances em filmes como "Call Me by Your Name" e "Little Women". Nascido em 27 de dezembro de 1995, em Nova York, Chalamet ganhou aclamação da crítica por seu talento e versatilidade, tornando-se uma das figuras mais proeminentes da nova geração de atores. Seu estilo único e escolhas de papéis ousados o destacam em Hollywood, e ele é frequentemente elogiado por sua dedicação e profundidade emocional em suas atuações.
Josh Safdie é um diretor e roteirista americano, conhecido por seu trabalho em filmes independentes como "Good Time" e "Uncut Gems". Nascido em 26 de janeiro de 1984, em Nova York, Safdie é reconhecido por seu estilo distintivo e narrativas intensas que exploram a vida urbana e a condição humana. Juntamente com seu irmão Benny Safdie, ele co-dirige muitos de seus projetos, criando obras que desafiam as convenções do cinema mainstream.
"Marty Supreme" é uma comédia independente que se destaca por suas escolhas criativas e abordagem peculiar. Embora detalhes sobre a trama sejam limitados, o filme é notável pela dedicação de seu elenco, especialmente de Timothée Chalamet, e pela direção de Josh Safdie. A produção explora temas de autenticidade e humor, prometendo uma experiência cinematográfica intrigante que pode desafiar as expectativas do público.
Resumo
O ator Timothée Chalamet se destacou em sua nova produção, "Marty Supreme", ao interpretar uma cena peculiar que envolve levar palmadas com uma raquete de ping pong. A gravação, que se estendeu até a madrugada, gerou curiosidade sobre o comprometimento artístico em projetos independentes. Relatos indicam que a cena exigiu cerca de 40 takes, com o diretor Josh Safdie conhecido por seu perfeccionismo. Chalamet optou por não usar um dublê, buscando autenticidade em sua atuação, o que foi elogiado por membros da equipe, apesar das críticas sobre a necessidade da cena. A produção envolveu uma equipe numerosa, levantando questões sobre os custos associados a uma sequência que poderia ser considerada bizarra. A abordagem inovadora de Chalamet e a natureza humorística da cena fazem de "Marty Supreme" uma experiência intrigante, deixando o público ansioso para ver se o filme se tornará um clássico cult ou uma curiosidade passageira.
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