Starbucks reduz número de lojas em Nova York e Los Angeles

Starbucks começa a fechar lojas em Nova York e Los Angeles, refletindo novas dinâmicas de consumo e desafios econômicos em áreas urbanas.

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29/12/2025, 15:11

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma calçada em Nova York com duas lojas Starbucks de frente uma para a outra, mas uma em processo de fechamento, com pessoas passando e um cartaz de “Fechado” visível. O cenário retrata a movimentação da cidade, com táxis e pedestres animados, contrastando com a calmaria e a solidão da loja fechada.

A Starbucks, gigante no segmento de cafeterias, está dando uma guinada significativa em sua estratégia de expansão em cidades como Nova York e Los Angeles. A empresa, que antes buscava estar em cada esquina, agora enfrenta a realidade de uma saturação de lojas que se mostra insustentável, especialmente em um contexto de mudanças nos hábitos do consumidor, aumento do trabalho remoto e novas dinâmicas econômicas. Em um movimento que reflete a adaptação às novas realidades, a Starbucks começou a fechar estabelecimentos em áreas onde antes a presença era praticamente garantida.

Recentemente, um dos relatos sobre o fechamento de uma loja, que retratava a mudança no panorama das cafeterias urbanas, gerou discussões sobre o futuro da marca. Um morador próximo à loja mencionou que seu Starbucks, localizado a poucos passos de sua casa, havia sido fechado, obrigando-o a caminhar três quarteirões extras para encontrar um café, uma dinâmica que muitos consumidores da marca agora parecem enfrentar. Essa mudança no comportamento dos consumidores é uma tendência observada em várias partes do mundo.

Além disso, o feedback do público destaca uma crescente insatisfação com o preço e a oferta da Starbucks. Muitos clientes afirmam que a qualidade percebida do produto não compensa o valor gasto, especialmente em uma economia cada vez mais desafiadora. Com o aumento dos custos de vida e a inflação, o público se mostra mais crítico em relação ao que consideram uma experiência de café que, embora possa ser vista como um agrado ocasional, já não justifica o custo frequente — uma realidade que representa uma mudança significativa em relação aos hábitos de consumo que eram comuns há apenas uma década.

Histórias como a de um usuário que relatou gastar menos de 20 dólares por ano na Starbucks ilustram essa transformação. O consumidor, agora mais consciente de seus gastos, opta por limitar visitas a ocasiões especiais, como eventos onde a Starbucks esteja convenientemente presente. Essa realocação no comportamento dos consumidores é um fator essencial que a marca deve considerar ao planejar sua operação futura.

Outro comentarista mencionou um esboço humorístico sobre um café local em Nova York que lutou para sobreviver após a abertura de uma Starbucks nas proximidades. O histórico da marca, repleto de riscos e tiradas engraçadas, contrasta com a severa realidade econômica que o setor de restaurantes e cafeterias enfrenta atualmente. As piadas do passado sobre a onipresença da Starbucks agora soam como uma previsão dos desafios que vêm pela frente, especialmente com a mudança gradual dos consumidores para o trabalho remoto, reduzindo a necessidade de paradas para café durante os trajetos diários.

A luta para manter uma rede saturada de lojas se mostrou ineficaz em um momento de cada vez maior digitalização da vida cotidiana e da cultura do trabalho remoto. As periferias urbanas estão se tornando cada vez mais habitadas por consumidores que permanecem em casa, limitando o fluxo de clientes nas lojas de café que antes eram um destino tangível no trajeto para o trabalho. Com o fluxo reduzido no espaço físico e a competição crescente de opções de café de qualidade em casa, a Starbucks se viu em um dilema: manter um número extenso de lojas ou adaptar sua abordagem à nova realidade do mercado.

Ademais, as recentes aberturas de lojas próximas umas das outras em cidades beiões urbanas levantam questões sobre a lógica de saturação utilizada pela marca. Alguns especialistas comentam que a estratégia de repetição não apenas confundiu os consumidores, mas também ofuscou a identidade que a Starbucks uma vez teve ao se posicionar como uma experiência premium de café.

Por fim, espera-se que a Starbucks se recupere desta fase de reavaliação e faça uma transição para uma abordagem mais focada na qualidade e na experiência do cliente. Essa fase de fechamento de lojas, por mais desconfortável que seja, pode representar uma oportunidade de reposicionamento, possibilitando um foco renovado na satisfação do consumidor e na qualidade do produto. Nesse sentido, a Starbucks deve examinar seus pilares de operação e estratégias de marketing, tanto para solidificar sua presença no mercado de café como para garantir que seus clientes sintam que estão obtendo valor além do simples item adquirido.

Assim, as mudanças na trajetória da Starbucks em Nova York e Los Angeles simbolizam um microcosmo das tendências mais amplas no consumo e na dinâmica do comércio urbano moderno, onde adaptabilidade e inovação são fundamentais para a sobrevivência em um cenário competitivo fortemente modificado.

Fontes: The New York Times, Bloomberg, Retail Dive

Detalhes

Starbucks

A Starbucks é uma das maiores cadeias de cafeterias do mundo, fundada em 1971 em Seattle, EUA. Conhecida por sua variedade de cafés, chás e produtos alimentícios, a empresa se destacou por criar uma experiência de consumo única e por sua forte presença global. A Starbucks também é reconhecida por suas iniciativas de sustentabilidade e responsabilidade social, buscando impactar positivamente as comunidades onde opera.

Resumo

A Starbucks está reavaliando sua estratégia de expansão em cidades como Nova York e Los Angeles, onde a saturação de lojas se torna insustentável. A empresa, que antes buscava estar em cada esquina, agora fecha estabelecimentos em áreas onde sua presença era garantida, refletindo mudanças nos hábitos dos consumidores, aumento do trabalho remoto e dinâmicas econômicas. Muitos clientes expressam insatisfação com os preços e a qualidade percebida dos produtos, levando a uma redução nas visitas às lojas. A mudança no comportamento dos consumidores, que agora priorizam gastos conscientes, é evidente, com relatos de clientes que limitam suas idas à Starbucks a ocasiões especiais. Especialistas sugerem que a estratégia de saturação da marca pode ter confundido os consumidores e ofuscado sua identidade de experiência premium. A Starbucks enfrenta o desafio de adaptar sua abordagem à nova realidade do mercado, focando na qualidade e na experiência do cliente, enquanto busca reposicionar sua marca em um cenário competitivo em transformação.

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