Rússia promete resposta severa a envio de mísseis Tomahawk pelos EUA

A Rússia sinalizou que tomará medidas "adequadas" se os EUA decidirem enviar mísseis Tomahawk à Ucrânia, intensificando as tensões no conflito.

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02/10/2025, 12:11

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma ilustração impactante de um soldado russo encarando um cenário de guerra devastado, com mísseis Tomahawk cruzando o céu. O fundo mostra cidades em ruínas e fumaça subindo ao longe, contrastando com um céu dramático. A cena evoca a tensão do conflito e as ameaças em jogo, despertando uma sensação de urgência e perigo.

A recente incursão dos Estados Unidos na questão do envio de mísseis Tomahawk para a Ucrânia gerou grandes repercussões e declarações por parte do governo russo, que prometeu uma resposta "adequada" se essa decisão for implementada. A maquinaria de retórica militar acentuou-se, refletindo a constante escalada das tensões entre Moscou e Washington desde o início do conflito na Ucrânia. Este novo capítulo nas relações entre os dois países acompanha uma série de ameaças que a Rússia fez ao longo da guerra, sempre que novos equipamentos militares eram enviados em apoio ao governo ucraniano.

As ameaças russas parecem seguir um padrão que muitos analistas e especialistas em segurança têm observado. Desde o envio de tanques Leopard pelas forças ocidentais até a introdução de aviões de combate F-16, Moscou manifestou preocupação repetidamente quanto ao que considera uma "interferência" na soberania russa e um aumento da agressão militar. No entanto, a questão que surge entre os analistas é se essas promessas de retaliação têm alguma substância ou são apenas uma estratégia de intimidação para desencorajar o apoio ocidental à Ucrânia.

Um dos pontos centrais nessa discussão é a comparação entre os mísseis Tomahawk e os sistemas de mísseis disponíveis para a Rússia, como os Kh-101 e o míssil hipersônico Zircon. Esses mísseis têm capacidades que, em teoria, poderiam ser utilizados contra alvos estratégicos, embora a Rússia pareça estar em desvantagem quando se considera a tecnologia ocidental. Alguns analistas levantam a questão se, de fato, as ameaças russas se materializarão em ações de campo ou se são meramente verbais.

A retórica russa também chamou a atenção para a forma como o país defende suas ameaças, indicando que suas respostas não seriam apenas militares, mas poderiam incluir ações cibernéticas e de influência, visando criar descontentamento interno em países ocidentais e minar a confiança nas políticas que apoiam a Ucrânia. A combinação desses aspectos faz com que a comunidade internacional questione o que realmente está em jogo.

Muitos especialistas afirmam que, embora Moscou possa ter feito uma série de promessas ousadas no passado, as consequências de ações que escalem o conflito ainda precisam ser cuidadosamente ponderadas. A possibilidade de uma escalada que leve a um confronto direto entre potências nucleares é um tema que frequentemente surge em conferências de segurança e debates sobre a crise. É um ponto que faz com que muitos em Washington, Londres e outros capitais ocidentais ponderem a prudência ao fornecer armas à Ucrânia, mesmo em tempos de crise.

Além disso, há um forte sentimento de que a Rússia, ao longo de sua história moderna, adota uma postura de bravata que, em várias ocasiões, não se concretizou em ações tangíveis. Isto é evidenciado pelas respostas não tão severas que seguiram o envio anterior de equipamentos militares à Ucrânia. Para alguns, isso reforça a ideia de que o Kremlin pode estar buscando mais denegrir países ocidentais no espaço político do que realmente executar as suas ameaças.

Dois aspectos que não podem ser ignorados são o impacto psicológico da retórica russa nos cidadãos tanto do ocidente quanto do oriente europeu, e a percepção de fragilidade e vulnerabilidade que isso pode criar. O histórico de ações militares e políticas de Putin geram uma preocupação e um medo que podem ser explorados não apenas em seu próprio território, mas também nas nações vizinhas e além.

Por fim, enquanto os Estados Unidos e seus aliados discutem o envio de armamentos à Ucrânia, a Rússia continua a bolar planos de resposta que, segundo analistas, podem incluir oposições diplomáticas exageradas e tentativas de influenciar a opinião pública em países ocidentais. O que acontecerá a partir daqui permanece incerto e incitam preocupações em um mundo já dividido pela guerra, onde os enredos de poder e influência continuam a se desenrolar sob uma nuvem de ameaças nucleares e políticas conflitantes.

Fontes: Folha de S. Paulo, BBC Brasil, Estadão

Resumo

A decisão dos Estados Unidos de enviar mísseis Tomahawk para a Ucrânia provocou reações intensas do governo russo, que prometeu uma resposta "adequada". Essa nova fase nas relações entre Moscou e Washington reflete a crescente tensão desde o início do conflito na Ucrânia. A Rússia já havia expressado preocupações sobre o envio de outros equipamentos militares ocidentais, como tanques Leopard e aviões de combate F-16, considerando-os uma interferência em sua soberania. Analistas questionam se as ameaças russas são substanciais ou apenas uma estratégia de intimidação. Além disso, a Rússia pode responder não apenas com ações militares, mas também com ciberataques e tentativas de desestabilizar a confiança pública nos países ocidentais que apoiam a Ucrânia. Apesar das promessas de retaliação, muitos especialistas acreditam que Moscou tem uma história de bravata que não se concretiza em ações. O impacto psicológico dessa retórica pode criar uma sensação de vulnerabilidade tanto no Ocidente quanto no Oriente Europeu, enquanto a comunidade internacional observa atentamente as possíveis consequências de um aumento nas tensões.

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