06/12/2025, 14:34
Autor: Felipe Rocha

Um novo escândalo está emergindo nas vinhetas de Hollywood, com alegações de assédio e má administração em um set de filmagem envolvendo o diretor Justin Baldoni e o produtor Alex Saks. A situação se agudiza à medida que mais detalhes sobre o ambiente de trabalho se tornam públicos, revelando uma operação marcada pela desordem e pelo desrespeito. Alex Saks, que tem uma década de experiência na indústria, manifestou surpresa e indignação ao relatar como a administração do set estava sendo conduzida, em especial liderada por Baldoni, que teve seu emprego e reputação colocados em xeque devido às reclamações feitas por várias mulheres.
Saks, em um depoimento recente, destacou que encontros com a comediante Jenny Slate foram cruciais para trazer à tona as preocupações que várias colaboradoras enfrentavam. Ela descreveu a premência de uma investigação de Recursos Humanos, revelando que muitas vozes femininas no set eram ignoradas. Contudo, sua proposta de investigação foi rejeitada pelo principal responsável do set, Jamey Heath, que minimizou a gravidade das alegações sobre assédio. A resistência em lidar com essas situações parece ser um padrão, levantando questões sobre a cultura de trabalho dentro de Hollywood.
Além das críticas a Baldoni por seu comportamento, a questão que vem à tona é uma crítica direta à escolha de diretores na indústria do cinema. Comentários de insider indicam que muitas das tensões e problemas poderiam ter sido evitados se uma diretora mulher, como Colleen Hoover, tivesse sido escolhida. Hoove, conhecida por suas obras best-sellers, por sua vez, já havia comentado sobre a necessidade de uma maior diversidade de gênero na direção de filmes. Essa perspectiva alimenta um debate importante sobre a representação feminina em cargos de decisão numa indústria que foi historicamente dominada por homens.
O descontentamento em torno dessa produção culminou em protestos de apoio às atuações de Blake Lively, que também esteve no centro das alegações. Para muitos, Lively é vista como uma figura que poderia ter sido “vindictada” por suas tentativas de apaziguar a situação, e muitos se colocaram contra o tratamento que ela recebeu ao longo desse processo, que incluiu ataques e tentativas de deslegitimar seu papel. A percepção de que ela e outras mulheres ligadas à produção foram alvo de hostilidade levanta sérias preocupações sobre o tratamento das mulheres na indústria criativa, especialmente para aquelas que se colocam na linha de frente em busca de garantir um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso.
Recentes declarações de Sydney Sweeney também ecoam a necessidade de um diálogo aberto dentro da indústria. Em um comunicado à imprensa, Sweeney afirmou que não condiz com as interpretações que as pessoas tentaram fazer de sua associação a marcas e campanhas, reforçando que a verdadeira intenção dela é promover a união, e não a divisão. Isso mostra que até mesmo as personalidades reconhecidas da indústria estão começando a falar abertamente sobre e contra o ódio e a discriminação, que são percebidos como comuns nas dinâmicas atuais.
À medida que mais depoimentos surgem no processo Lively contra a Wayfarer, a atmosfera atual em Hollywood se mostra tensa, indicando que mudanças são necessárias. As queixas de Saks fazem parte de um quadro maior de insatisfação e apelo por medidas adequadas contra a cultura do silenciamento que frequentemente coloca as vozes femininas e suas preocupações em segundo plano. Para aqueles que seguem de perto esse caso, está cada vez mais evidente que a mudança precisa ocorrer, não apenas através de palavras, mas com ações que latam à estrutura de poder em Hollywood e promovam a responsabilidade.
Com a crescente pressão por transparência e integridade nas produções cinematográficas, a expectativa é que essa situação não sirva apenas como um alerta, mas como um catalisador para transformação e um espaço mais inclusivo para todos os talentos da indústria do entretenimento. Uma cultura que reconhece e respeita a contribuição de todos é essencial para garantir que o próximo capítulo de Hollywood seja, afinal, um baseado em colaboração e respeito, em vez de assédio e intimidação.
Fontes: Variety, The Hollywood Reporter, Deadline
Detalhes
Justin Baldoni é um ator, diretor e produtor americano, conhecido por seu papel na série "Jane the Virgin". Além de atuar, Baldoni tem se envolvido em projetos de direção e produção, focando em narrativas que promovem a inclusão e a diversidade. Ele também é um defensor de questões sociais, utilizando sua plataforma para abordar temas como saúde mental e igualdade de gênero.
Alex Saks é um produtor de cinema e televisão com mais de uma década de experiência na indústria. Ele é conhecido por seu trabalho em produções que buscam inovar e trazer novas perspectivas para a tela. Saks tem se destacado por seu compromisso em promover um ambiente de trabalho respeitoso e inclusivo nas produções em que está envolvido.
Blake Lively é uma atriz e modelo americana, famosa por seus papéis em séries e filmes, incluindo "Gossip Girl" e "A Simple Favor". Além de sua carreira de atriz, Lively é conhecida por seu ativismo em questões sociais, incluindo a defesa dos direitos das mulheres e a promoção de uma representação mais justa na indústria do entretenimento.
Sydney Sweeney é uma atriz americana, reconhecida por suas atuações em séries como "Euphoria" e "The White Lotus". Sweeney tem se destacado por sua versatilidade em papéis dramáticos e sua capacidade de abordar questões sociais relevantes através de suas escolhas de projetos. Ela também é uma voz ativa na discussão sobre a representação feminina na indústria cinematográfica.
Colleen Hoover é uma autora americana, famosa por seus romances best-sellers, que frequentemente exploram temas de amor, perda e superação. Seus livros, como "It Ends With Us", conquistaram uma base de fãs dedicada e geraram discussões sobre a representação feminina e a diversidade na literatura contemporânea. Hoover é uma defensora da inclusão e diversidade na narrativa.
Resumo
Um novo escândalo em Hollywood envolve alegações de assédio e má administração em um set de filmagem, com o diretor Justin Baldoni e o produtor Alex Saks no centro das denúncias. Saks expressou indignação ao relatar a desordem e o desrespeito no ambiente de trabalho, destacando a necessidade de uma investigação de Recursos Humanos que foi rejeitada pelo responsável do set, Jamey Heath. A situação levanta questões sobre a cultura de trabalho na indústria cinematográfica e a escolha de diretores, com insiders sugerindo que muitos problemas poderiam ter sido evitados se uma mulher, como Colleen Hoover, tivesse sido escolhida para dirigir. O descontentamento também gerou protestos em apoio a Blake Lively, que enfrentou hostilidade durante o processo. Recentemente, Sydney Sweeney destacou a importância de um diálogo aberto sobre discriminação e ódio na indústria. À medida que mais depoimentos surgem, a atmosfera em Hollywood se torna tensa, indicando a necessidade de mudanças significativas para garantir um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso.
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