Popularidade do K-Pop na América Latina varia entre os países

A popularidade do K-Pop na América Latina apresenta um contraste marcante, sendo bem recebido em nações como Argentina e Brasil, mas menos reconhecido em países como Bolívia e Venezuela.

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22/12/2025, 14:43

Autor: Laura Mendes

Uma vibrante collage representando a diversidade da cultura coreana na América Latina, com adolescentes batendo palmas em um show de K-Pop, pratos típicos da culinária coreana a serem apreciados, e o contraste de países como Bolívia e Argentina onde a cultura pop está em ascensão, capturando a mistura da tradição com a modernidade.

Nos últimos anos, a cultura pop coreana, em particular o K-Pop, testemunhou um crescimento exponencial em popularidade em diversas partes do mundo, incluindo a América Latina. Contudo, a recepção desse fenômeno não é uniforme. De acordo com observações recentes, países como a Argentina e o Brasil se destacam como os principais consumidores desse gênero musical, enquanto outras nações da região, como a Bolívia e a Venezuela, parecem ter uma penetração muito menor do K-Pop e da cultura coreana em geral.

A discussão em torno da popularidade do K-Pop na América Latina foi impulsionada por relatos de usuários que vivenciam a dinâmica cultural em seus países. Alguns comentadores apontaram a Bolívia, Nicarágua, e Venezuela como países de baixa apreciação por K-Pop, com a percepção de que a cultura local é fortemente predominante, tornando-se um desafio para influências externas. Um comentador enfatizou que a forte cultura local da América Latina é mais focada na exportação do que na importação de outras culturas, que contrasta com países ocidentais que costumam consumir mais de culturas externas.

No entanto, enquanto a Bolívia e a Venezuela não apresentam um quadro animador para o K-Pop, a situação é diferente na Argentina, onde, segundo informações recolhidas, o K-Pop é bastante popular entre adolescentes, especialmente entre o público feminino. Outro comentarista afirmou que a presença de shows e turnês de artistas de K-Pop na América Latina normalmente abrange países como México, Peru, Chile, Argentina, e Brasil, atestando a popularidade significativa nesses locais. O entusiasmo foi palpável em eventos como a visita do ator Shin Hyun-joon, que, segundo relatos, atraiu uma multidão adoradora em sua passagem pela Argentina.

A contradição se torna ainda mais evidente com comparações entre a cultura coreana e outros estilos de música popular na região. Enquanto a música K-Pop não pode ser considerada a mais prevalente, ela conquista uma parcela crescente do público jovem, refletindo um clima de curiosidade crescente e apreciação. Em outros países como a República Dominicana, porém, a presença de restaurantes coreanos e produtos relacionados à cultura coreana foi citada, indicando que, embora a popularidade do K-Pop possa flutuar, o interesse pela cultura em si está crescendo de forma modesta.

Além disso, o Haiti e determinados outros países têm sido destacados como locais onde o K-Pop e a cultura coreana em geral são pouco conhecidos ou apreciados. Comentários evidenciam que a perspectiva sobre o Haiti, que é por vezes excluído em discussões sobre a América Latina, deve ser reconsiderada, já que sua cultura e conjuntura histórica são únicos. Para muitos, a ausência do K-Pop nesse país reafirma a singularidade cultural que permeará as identidades locais.

A determinação da popularidade do K-Pop e da cultura coreana na América Latina, portanto, não é simples e reflete uma tessitura de fatores. A recepção cultural está ligada ao acesso à informação e à exposição a culturas estrangeiras, que variam enormemente de país para país. Adicionalmente, as iniciativas de marketing e a presença de grupos coreanos na cena musical latino-americana têm um papel significativo em moldar essa percepção.

Por fim, o fenômeno do K-Pop deve ser considerado dentro do contexto mais amplo da cultura global contemporânea, especialmente nesse momento em que a América Latina, com seus próprios valores e tradições culturais prósperos, continua a ser um receptor crítico de novos estilos e influências. A análise da popularidade do K-Pop na região não é apenas uma questão de números, mas um retrato cultural que revela como a música pode atuar como um meio de interconexão, diálogo e, sem dúvida, um ardente símbolo da juventude que busca o novo, mas permanece enraizado nas suas próprias tradições. Comunicadores culturais e especialistas devem continuar a explorar como essas interações moldam a paisagem cultural da América Latina e o papel futurista que o K-Pop pode ter nesse cenário diversificado.

Fontes: Folha de São Paulo, Estadão, BBC Brasil, El País

Resumo

Nos últimos anos, o K-Pop tem crescido em popularidade na América Latina, especialmente na Argentina e no Brasil, onde o gênero é amplamente consumido, especialmente entre adolescentes. No entanto, países como Bolívia e Venezuela demonstram uma recepção mais baixa, com uma forte predominância da cultura local, dificultando a aceitação de influências externas. A presença de shows e turnês de artistas de K-Pop na região é notável, com eventos atraindo grandes multidões, como a visita do ator Shin Hyun-joon à Argentina. Apesar de sua popularidade crescente entre os jovens, o K-Pop não é o gênero musical mais prevalente. Em outros países, como a República Dominicana, o interesse pela cultura coreana está crescendo, embora a música K-Pop ainda não tenha grande penetração. A análise da popularidade do K-Pop na América Latina revela um panorama cultural complexo, onde fatores como acesso à informação e iniciativas de marketing influenciam a recepção desse fenômeno global. A interação entre a cultura coreana e as tradições locais continua a moldar a paisagem cultural da região.

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