Nunes critica Enel e pede intervenção federal após apagão em São Paulo

Após apagão que afetou São Paulo, o prefeito Nunes solicita intervenção federal na Enel; críticas à privatização e responsabilidades municipais aumentam.

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13/12/2025, 00:43

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma cena caótica em São Paulo, com várias equipes de eletricistas tentando consertar fios de energia caídos em meio a árvores derrubadas, enquanto cidadãos preocupados observam. A imagem captura a importância dos serviços públicos em situações de crise, destacando a necessidade de uma administração eficaz e a relação entre governo e empresas privadas.

Na noite de ontem, São Paulo enfrentou um apagão que deixou milhares de moradores sem energia elétrica e gerou uma onda de críticas a respeito da gestão da Enel, a concessionária responsável pela distribuição de energia na cidade. O prefeito Ricardo Nunes, que afirmou que a cidade não poderia suportar a situação, solicitou intervenção federal na empresa, esquentando ainda mais o debate sobre a privatização de serviços públicos essenciais. Nunes, que tem uma trajetória política marcada por polêmicas e promessas, voltou a criticar a Enel, alegando que a concessionária vem falhando na prestação do serviço e que a população não deve arcar com os prejuízos gerados por negligência privada.

Os comentários surgidos nas redes sociais refletem o descontentamento da população com a privatização de serviços públicos e a aparente falta de responsabilidade por parte das autoridades municipais. Ao longo das últimas semanas, diversos usuários levantaram questões sobre a eficácia e a moralidade da privatização, questionando se o estado deve intervir sempre que um problema surge ou se a iniciativa privada deve, de fato, ser capaz de solucionar suas próprias falhas. Essa crítica ganha ainda mais relevância considerando que o próprio Nunes já se mostrou favorável à privatização antes de ser eleito, o que provoca desconfiança em relação às suas posições atuais.

Outro ponto comentado é a responsabilidade mútua entre o governo e a concessionária. Muitos afirmam que, embora seja necessário pressionar a Enel por falhas operacionais, o prefeito deve também assumir sua parte na gestão da cidade. Há relatos de que a falta de manutenção em áreas públicas, como a poda de árvores e o tratamento de áreas verdes, contribuiu para a queda de árvores que causaram danos nas linhas de energia, situação essa que poderia ter sido evitada com uma gestão mais proativa. Uma cidadã, que preferiu manter o anonimato, comentou que uma árvore caiu em sua rua e que várias reclamações foram feitas à prefeitura, mas nenhuma ação foi tomada a tempo, o que leva a uma crítica mais abrangente sobre a efetividade da administração pública.

As reações à convocação de Nunes por uma intervenção federal na Enel incluem dúvidas sobre a viabilidade dessa medida. Especialistas em política pública advertiram que tal intervenção exigiria um aprofundamento e um investimento significativo, possivelmente na casa de bilhões, considerando os custos e as implicações legais de interromper um contrato de concessão estabelecido. Essa situação levanta questões sobre se o estado realmente tem a capacidade administrativa e financeira para resolver problemas que deveriam ser da responsabilidade do setor privado.

De acordo com vários comentários analisados, muitas pessoas expressaram ceticismo em relação à proposta de Nunes. “O Estado que eles dizem que não sabe administrar é a única esperança para corrigir a cagada da ineficiência do setor privado na garantia dos serviços essenciais”, disse um internauta, reforçando a ideia de que a privatização, quando mal gerida, pode levar a um serviço pior do que aquele prestado por empresas estatais.

A crise de energia poderia servir como um divisor de águas para a política energética e de serviços públicos em São Paulo. Pode também ser uma alavanca para que os cidadãos e suas lideranças se unam em busca de um modelo que se preocupe mais com o bem-estar público do que com lucros privados. Na lista de responsabilidades dos municípios, a gestão de serviços essenciais é de suma importância — algo que muitos paulistanos agora esperam que seja abordado com maior seriedade.

Enquanto isso, a Enel enfrentará uma pressão crescente e constantes exigências de accountability, não apenas por causa do apagão recente, mas pela percepção de que falhas semelhantes estão se tornando cada vez mais comuns. A resposta do governo, a partir deste momento, pode determinar o futuro da concessionária em São Paulo. A expectativa é que uma solução definitiva seja apresentada, evitando que esses incidentes se tornem parte do cotidiano da população.

Fontes: G1, Estadão, Folha de São Paulo

Detalhes

Enel

A Enel é uma multinacional italiana de energia, que atua em diversos países, incluindo o Brasil. No Brasil, a empresa é responsável pela distribuição de energia elétrica em várias regiões, incluindo São Paulo. A Enel tem enfrentado críticas em relação à qualidade dos serviços prestados e à sua capacidade de atender as demandas dos consumidores, especialmente em situações de crise.

Resumo

Na noite de ontem, São Paulo sofreu um apagão que deixou muitos moradores sem energia, gerando críticas à Enel, a concessionária responsável. O prefeito Ricardo Nunes pediu intervenção federal na empresa, reacendendo o debate sobre a privatização de serviços públicos. Nunes, que já havia apoiado a privatização antes de ser eleito, criticou a Enel por falhas na prestação de serviços, afirmando que a população não deve arcar com os prejuízos gerados por negligência privada. As redes sociais refletem o descontentamento com a privatização e a responsabilidade das autoridades municipais. Especialistas alertam que a intervenção federal exigiria investimento significativo e levantam dúvidas sobre a capacidade do estado de resolver problemas que deveriam ser da iniciativa privada. A crise de energia pode ser um ponto de virada para a política de serviços públicos em São Paulo, com a expectativa de que a administração municipal trate a gestão de serviços essenciais com maior seriedade. A Enel enfrentará pressão crescente para garantir a prestação de serviços e evitar que falhas se tornem comuns.

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