07/12/2025, 20:13
Autor: Laura Mendes

No dia 5 de outubro de 2023, os desafios da mobilidade urbana no metrô de São Paulo se tornaram tema de discussão e descontentamento entre os usuários, que têm enfrentado diariamente a falta de civilidade e organização em um dos principais meios de transporte da metrópole. Comentários e relatos apontam que o comportamento dos passageiros tem gerado cenas de caos nas estações e dentro dos trens, especialmente em horários de pico.
Uma constante preocupação levantada pelos usuários é a falta de respeito à etiqueta de embarque e desembarque. A ansiedade pela entrada nos vagões antes que todos os passageiros tenham descido tem se tornado uma prática comum entre os usuários, resultando em momentos de desordem e frustração. Muitos relatam que, mesmo em situações nas quais as composições estão pouco cheias, o hábito de apressar-se para entrar tem prevalecido. “É comum que pessoas fiquem empurrando quem está desembarcando, mesmo quando se poderia facilmente aguardar”, comenta um dos passageiros que frequentemente utiliza a linha lilás.
Essa questão, que poderia ser considerada uma simples falta de educação, revela um padrão mais alarmante sobre a consciência civil e o respeito ao próximo. Outro usuário expõe sua indignação, afirmando que “mais do que um movimento, é uma questão cultural que precisa ser revista”. O fato de que pessoas continuam entrando nos vagões sem observar quem está prestes a sair sugere um desprezo pela organização e pela segurança do transporte público.
A frustrante situação parece não se restringir apenas ao metrô de São Paulo. Um internauta compartilhou comparações com a realidade enfrentada em Curitiba, onde o mesmo problema ocorre com os ônibus. De acordo com seu relato, mesmo com avisos constantes sobre a necessidade de esperar as pessoas descerem antes de entrar, muitos ignoram a orientação e esbarram nos desembarcantes de forma quase agressiva. “A questão é de educação do povo, mesmo. A maioria das pessoas em diferentes lugares do Brasil não são civilizadas”, destaca.
Além disso, a pressão dos horários também contribui para o aumento das cenas de desespero e falta de cuidado mútuo. Passageiros que frequentemente usam linhas que chegam aos terminais em momentos mais críticos afirmam que a luta por um lugar sentado pode levar à negligência dos procedimentos básicos de educação. “Se você está na porta, melhor sair dando cotoveladas e pedindo licença, assim eles se educam”, ironiza um usuário, evidenciando o estado de alerta necessário para navegar por essa cultura de pressa descontrolada.
Importante notar que, além da falta de respeito pelo espaço do próximo, há a crítica sobre a inundação publicitária nas estações. Muitos usuários expressam desconforto com os painéis de LED exageradamente brilhantes que dominam a estética das estações e que podem ser opressivos para quem está esperando o trem. “Esses telões iluminam mais que o farol alto de um carro”, observa um dos passageiros, evidenciando uma preocupação não apenas com a civilidade, mas também com o ambiente das estações.
O apelo por campanhas educativas que incentivem o respeito às regras de embarque e desembarque é uma demanda crescente. Recentemente, diversos usuários clamaram pela reinstauração de campanhas que ajudem a orientar a população sobre o uso adequado do transporte público. Embora esse seja um passo positivo, a verdadeira mudança parece depender de um esforço conjunto de toda a sociedade para se desligar do egocentrismo que tem predominado nas interações cotidianas.
Ao final, o que realmente se espera é um ambiente mais harmonioso dentro do metrô, onde todos os usuários possam compartilhar o espaço de forma respeitosa e educada, contribuindo para uma experiência de viagem mais tranquila e organizada. Navegar pela complexidade do transporte público não deve ser uma batalha diária, mas uma rotina facilitada pela consciência cívica e pelo respeito mútuo.
Fontes: O Estado de S. Paulo, Folha de São Paulo
Resumo
No dia 5 de outubro de 2023, usuários do metrô de São Paulo expressaram seu descontentamento com a falta de civilidade e organização no transporte público. Relatos indicam que o comportamento dos passageiros tem gerado cenas de caos, especialmente em horários de pico, com muitos ignorando a etiqueta de embarque e desembarque. A pressa para entrar nos vagões antes que todos tenham saído resulta em desordem e frustração, revelando uma preocupação maior sobre a consciência civil e o respeito ao próximo. Comparações com a situação em Curitiba, onde problemas semelhantes ocorrem nos ônibus, foram feitas, destacando uma questão cultural mais ampla. Além disso, a pressão dos horários e a saturação publicitária nas estações, com painéis de LED excessivamente brilhantes, contribuem para um ambiente desconfortável. Usuários clamam por campanhas educativas que promovam o respeito às regras de uso do transporte público, enfatizando que a mudança depende de um esforço coletivo para melhorar as interações no cotidiano e criar um ambiente mais harmonioso.
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