Meta lucrará 10% com anúncios fraudulentos no Brasil em 2024

Meta enfrenta críticas por lucrar com anúncios fraudulentos, tendo 10% de sua receita projetada para 2024 vinda de golpes e fraudes.

Pular para o resumo

14/12/2025, 17:24

Autor: Felipe Rocha

A imagem apresenta um monitor de computador com uma tela exibindo um gráfico em ascensão ilustrando os lucros da Meta, enquanto ao fundo, uma tela de smartphone exibe anúncios fraudulentos e alarmantes, misturando elementos de insegurança digital e enriquecimento rápido das redes sociais. As faces de pessoas preocupadas, representando os usuários impactados pelos golpes, contrastam com a frieza dos números que aumentam, simbolizando um dilema entre lucro e proteção ao consumidor.

A Meta, conglomerado tecnológico por trás de plataformas como Facebook e Instagram, está novamente sob os holofotes, desta vez em razão de uma preocupação crescente com a legalidade e moralidade de seus anúncios. Com dados recentes revelando que 10% da receita da empresa em 2024 será oriunda de anúncios considerados fraudulentos, questionamentos sobre a responsabilidade da Meta em prevenir esses tipos de publicidade emergem com força. O assunto mobiliza opiniões variadas entre os usuários, promovendo um debate acalorado sobre as práticas da gigante da tecnologia.

Um dos pontos mais alarmantes, como mencionado em comentários de usuários, é que a Meta confessou que quando esses anúncios fraudulentos são identificados, a empresa aumenta o preço cobrado para exibi-los. Isso levanta questões éticas: a empresa estaria tirando proveito da vulnerabilidade de seus usuários em busca de lucro? Além de aceitar este tipo de publicidade, a empresa parece punir em um certo sentido aqueles que caem em fraudes, ao impor tarifas mais altas sobre anúncios reconhecidos como riscos.

Estudos indicam que a empresa tem, intencionalmente ou não, deixado de lado sua responsabilidade ao permitir que golpistas se beneficiem de seu alcance massivo. *** "A responsabilidade solidária da Meta é clara quando se observa sua função como anunciante",*** afirmou um comentarista, ressaltando que, ao aceitar esses tipos de anúncios, a Meta assume riscos que vão além da questão legal, adentrando também no campo moral.

Nessa situação, destacam-se as ações já em andamento, como a presença da Meta nas oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre crimes organizados no Brasil, que examina as práticas de empresas que lucram com fraudes online. O Assessor Geral da União (AGU) também entrou na disputa, movendo ações judiciais para investigar a aceitação de anúncios fraudulentos que utilizam símbolos governamentais e imagens manipuladas em suas campanhas. As informações são alarmantes, considerando que documentos internos da Meta indicam que a empresa tem ciência destas fraudes e, mesmo assim, evita uma resposta mais rigorosa que poderia coibir tais práticas, ao menos em parte, devido ao lucro garantido.

Enquanto a desconfiança crescente sobre a integridade da Meta se espalha, muitos usuários se perguntam até que ponto irão os esforços de regulamentação. O clima de impunidade alimenta uma sensação de que, na ausência de uma legislação específica para exigir regras mais rigorosas, as redes sociais continuarão operando à margem, preponderando seus ganhos sobre a proteção do consumidor. "Até quando a Meta ficará impune no Brasil?", indaga um dos comentários, o que se refere a um sentimento de impotência e resignação entre os usuários.

Ademais, uma análise mais ampla revela que o fenômeno dos anúncios de fraudes não é exclusivo da Meta. Outras plataformas, incluindo o Google, também enfrentam desafios semelhantes. Além disso, a natureza das comunicações digitais permite que golpistas adaptem rapidamente seus métodos, tornando o combate a fraudes digitais um desafio contínuo. Portanto, mesmo que a Meta fosse forçada a implementar medidas mais eficazes para monitorar e eliminar os anúncios fraudulentos, é provável que os criminosos encontrem formas de contornar essas novas barreiras.

Muitos argumentam que a educação do consumidor e o cuidado individual são fundamentais para contornar a prática dissimulada dos golpistas. A noção de que os usuários devem realizar verificações adicionais antes de confiar em anúncios pagos é corroborada por associações de defesa do consumidor, que alertam para a importância da cautela em um mundo inundado de fraudes digitais. O dilema se torna uma questão de responsabilidade compartilhada: até que ponto os usuários são responsáveis por sua segurança virtual em um ambiente que deveria ser regulado para oferecer proteção?

Entretanto, a discordância permanece. Alguns usuários alegam que o abandono de plataformas como o WhatsApp e Instagram não é uma solução viável, considerando a popularidade indiscutível delas. *** "O brasileiro vai deixar de usar o WhatsApp e o Instagram por conta disso?"*** questiona um usuário, refletindo sobre a dependência das plataformas e sugerindo que, apesar das denúncias, as práticas da Meta provavelmente continuarão intocáveis a menos que haja pressão pública e legal mais forte.

Diante das evidências crescentes e do descontentamento generalizado, fica evidente que a situação exige uma solução. A combinação da falta de regulamentação adequada, a avareza corporativa e a vulnerabilidade dos usuários apresentará um ciclo difícil de quebrar até que as autoridades e a sociedade se unam para buscar uma mudança. Para a Meta e as empresas de tecnologia, o tempo dirá se irão se atentar à necessidade de uma postura mais ética ou se continuarão a priorizar o lucro em detrimento da segurança dos consumidores.

Fontes: Sherwood News, AGU, Reuters

Detalhes

Meta

A Meta Platforms, Inc. é uma empresa de tecnologia americana, anteriormente conhecida como Facebook, Inc., que opera várias plataformas de redes sociais, incluindo Facebook e Instagram. A empresa foi fundada em 2004 por Mark Zuckerberg e seus colegas de Harvard. Em 2021, a empresa anunciou uma mudança de nome para Meta, refletindo seu foco em construir o "metaverso", um espaço virtual onde as pessoas podem interagir em ambientes digitais. A Meta enfrenta desafios contínuos relacionados à privacidade, segurança e regulamentação, especialmente em relação à sua responsabilidade sobre o conteúdo e anúncios exibidos em suas plataformas.

Resumo

A Meta, empresa responsável por plataformas como Facebook e Instagram, enfrenta críticas crescentes sobre a legalidade e moralidade de seus anúncios, especialmente após a revelação de que 10% de sua receita em 2024 virá de publicidade considerada fraudulenta. Usuários questionam a responsabilidade da Meta em prevenir esses anúncios, especialmente quando a empresa aumenta os preços para exibi-los após identificá-los como fraudulentos. Isso levanta preocupações éticas sobre a exploração da vulnerabilidade dos usuários em busca de lucro. A Meta está sob investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Brasil, que analisa práticas de empresas que lucram com fraudes online. Documentos internos indicam que a empresa tem ciência das fraudes, mas evita uma resposta rigorosa. A falta de regulamentação adequada e a avareza corporativa dificultam a proteção do consumidor, gerando um ciclo difícil de quebrar. A situação exige uma solução, e a pressão pública e legal poderá ser fundamental para forçar mudanças nas práticas da Meta e de outras empresas de tecnologia.

Notícias relacionadas

Uma pessoa sentada em frente a um computador, demonstrando frustração enquanto observa uma tela com mensagens de erro. Ao fundo, um cenário bagunçado com cabos e equipamentos eletrônicos, criando uma atmosfera de confusão e desespero tecnológica. A iluminação é suave, mas as expressões faciais revelam tensão e preocupação.
Tecnologia
Ataques cibernéticos afetam usuários e danificam hardware dos computadores
Usuários relatam dificuldades crescentes devido a ataques cibernéticos que comprometem a segurança e danificam equipamentos eletrônicos, alertam especialistas.
14/12/2025, 18:14
Uma imagem realista de um tribunal com juízes analisando documentos legais, enquanto uma tela de aplicativo da Apple exibe um ícone de pagamento. Ao fundo, a cena retrata desenvolvedores frustrados olhando para suas telas com gráficos de vendas em queda.
Tecnologia
Apple perde decisão judicial sobre cobrança de taxas em pagamentos iOS
A Apple foi considerada em desacato por não respeitar regras sobre taxas em pagamentos pela App Store, segundo decisão judicial recente.
13/12/2025, 02:35
Uma loja virtual com preços exorbitantes de memória RAM, mostrando diferentes kits DDR5 com valores inflacionados, pessoas chocadas olhando as telinhas dos seus computadores enquanto seguram as cabeças em desespero pela situação do mercado.
Tecnologia
Preços de memória RAM no eBay chegam a inflacionar em até 7x
O mercado de memória RAM enfrenta uma crise, com preços de kits DDR5 chegando a preços exorbitantes, impactando gamers e entusiastas de tecnologia.
13/12/2025, 02:34
Uma imagem que mostra um cenário urbano moderno, com casas equipadas com painéis solares brilhantes e baterias de armazenamento visíveis ao lado, sob um céu ensolarado. Pessoas estão passando, admirando as instalações, enquanto um caminhão de mudança se prepara para descarregar mais painéis solares em uma das casas. No fundo, uma placa de "Zona Solar" visível e um cartaz que diz "Instalação Rápida e Barata".
Tecnologia
Preços de energia solar caem com barateamento de baterias de armazenamento
O recente barateamento nas baterias de armazenamento está tornando a energia solar acessível em diversas regiões, trazendo novas perspectivas para consumidores e empresas do setor.
13/12/2025, 02:29
Uma sala de tribunal moderna com Lordes e Lordas britânicos em pé, discutindo fervorosamente sobre a legislação de tecnologia, rodeados de telas exibindo gráficos de uso de VPN e crianças online. As expressões são intensas, refletindo a seriedade do debate sobre regulamentos tecnológicos, com um fundo que lembra um ambiente governamental britânico.
Tecnologia
Lords do Reino Unido propõem verificação de idade para VPNs
Lordes britânicos sugerem legislação que exigiria verificação de idade para uso de VPNs, gerando polêmica sobre privacidade e segurança online.
13/12/2025, 02:28
Uma imagem surrealista de um Storm Trooper de Star Wars em um ambiente futurista, cercado por hologramas de personagens da Disney e interações com inteligência artificial, misturando elementos de ficção científica e fantasia, com cores vibrantes e uma sensação de dinamismo. A cena deve transmitir um misto de nostalgia e inovação tecnológica.
Tecnologia
Google remove vídeos gerados por IA com personagens da Disney
Google retirou vídeos de inteligência artificial com personagens da Disney após notificação de cessar e desistir, levantando questões sobre licenciamento e regulamentação de IA.
13/12/2025, 02:23
logo
Avenida Paulista, 214, 9º andar - São Paulo, SP, 13251-055, Brasil
contato@jornalo.com.br
+55 (11) 3167-9746
© 2025 Jornalo. Todos os direitos reservados.
Todas as ilustrações presentes no site foram criadas a partir de Inteligência Artificial