10/12/2025, 11:49
Autor: Ricardo Vasconcelos

No próximo domingo, 22 de outubro, as ruas do Brasil estarão inundadas por manifestantes que exigem ações concretas contra propostas consideradas um retrocesso à democracia, especificamente as que envolvem a anistia de casos políticos controversos, em especial a favor de antigos governantes. Em diversos cantos do país, cidadãos indicam que é hora de se manifestar fortemente contra o que muitos identificam como um "circo" legislativo que favorece figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e políticos do Centrão, que têm gerado insatisfação acumulada entre os eleitores.
Essas manifestações, que já estão sendo organizadas em várias cidades, trazem um chamado claro para os cidadãos se unirem em um só propósito: barrar a anistia que, segundo os críticos, visa suavizar penas e permitir o retorno seguro de figuras controversas ao cenário político. Os organizadores da manifestação esperam que o evento se torne um marco, com uma mobilização ainda maior do que a verificável nas manifestações anteriores contra a chamada "PEC da bandidagem". Há um consenso entre os participantes de que é fundamental expressar um repúdio claro perante o que consideram péssimas ações legislativas que ferem a confiança pública.
Os comentários nas redes sociais refletem a urgência de se fazer ouvir em um cenário que muitos sentem ser opressivo. "Esses políticos vagabundos têm que ter medo é do povo", escreveu um manifestante frustrado, apoiando a ideia de que as ruas devem ser uma verdadeira plataforma de protesto contra o status quo. Outros usuários destacam a necessidade de um número maior de pessoas em movimento, enfatizando que ações impactantes fazem com que o governo tome ciência da insatisfação popular. A ideia de que esses atos governamentais devem encontrar resistências através da participação popular é uma tônica forte entre os convocadores.
Os detratores do governo atual se mostram determinados. "Se todos se mobilizassem, as coisas mudariam", disse outro usuário, refletindo um sentimento crescente de frustração diante da apatia de parte da população. Um apelo especial foi feito para que as informações sobre a manifestação sejam amplamente compartilhadas, já que muitos sentem que há um esforço injusto para silenciar vozes dissidentes nas redes sociais, principalmente reciprocamente a grupos progressistas.
Com as acusações de censura diante das informações que circulam nas redes sociais, os convocadores também manifestam preocupação com a invisibilidade das correntes de opinião menos favorecidas, incentivando os indivíduos a se expressarem onde puderem, utilizando cada plataforma à disposição para assegurar que suas vozes sejam ouvidas. "Não vamos deixar essa censura impedir a manifestação", afirmou outro dos manifestantes.
O clima para o domingo pinta um quadro animado, mesmo com a presença de vozes céticas sobre a real influência desses protestos no cenário político mais amplo. Parte da população reflete sobre a necessidade de uma estratégia vista como efetiva na luta política, em uma luta que não deve se limitar apenas à troca de palavras no espaço público, mas também à ação concreta em relação às promessas de mudança.
O atual deputado Hugo Motta, por sua vez, despiu-se de seus papéis dentro do parlamento de maneira polêmica, ao impedir a entrada da imprensa e desacelerar as transmissões ao vivo, em uma manobra que muitos consideram um ataque à transparência. O ato ocorreu em um momento em que se esperava que o Congresso deliberasse sobre propostas que poderiam ter um impacto significativo na esfera criminal e na percepção do serviço público. Os protestos programados visam não apenas a rejeição a anistias, mas também uma reavaliação do papel do Congresso na representação verdadeiramente democrática. O clima é de que se mantenha um olhar atento e vigilante sobre as ações do Legislativo e a necessidade de que estes espaços pertençam aos cidadãos.
A possibilidade de que a voz da população se faça ouvir motiva um crescente número de pessoas a se unirem ao movimento. A ideia de que as ações de grupos organizados em comparação a movimentos mais informais são o caminho para barrar retrocessos se consolidou, assim como a crença generalizada de que “se não formos para a rua, o que nos resta?” Para muitos, a insatisfação profunda vivida hoje é um alerta de que somente a mobilização pode trazer mudanças necessárias à realidade política brasileira, evitando que se repitam os erros do passado que levaram à desilusão.
O desdobramento deste movimento ao longo dos dias seguintes poderá reverberar não apenas nas ruas, mas também em como as próximas gerações entenderão seu papel na política local. O lembrete é claro: a luta por um futuro político mais justo e maior engajamento da população é um dever civil inegociável. Portanto, a convicção manifesta para as manifestações de domingo se traduz em uma visão de esperança e determinação para um Brasil que recusa-se a aceitar o status quo.
Fontes: Folha de São Paulo, Estadão, O Globo
Resumo
No próximo domingo, 22 de outubro, manifestantes em todo o Brasil se reunirão para protestar contra propostas legislativas que consideram um retrocesso à democracia, especialmente a anistia a antigos governantes. Os organizadores esperam que as manifestações, que já estão sendo planejadas em várias cidades, sejam um marco na luta contra o que chamam de "circo" legislativo que favorece figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os participantes expressam a necessidade de um repúdio claro às ações que ferem a confiança pública, com muitos usuários das redes sociais clamando por um aumento na mobilização popular. Há um sentimento crescente de frustração com a apatia de parte da população e um apelo para que as informações sobre os protestos sejam amplamente divulgadas, em meio a preocupações com a censura nas redes sociais. O deputado Hugo Motta também foi mencionado por sua polêmica decisão de restringir a entrada da imprensa no parlamento, em um momento crucial para a discussão de propostas que impactam a esfera criminal. O clima é de esperança e determinação, com a crença de que a mobilização popular é essencial para evitar retrocessos políticos.
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