06/12/2025, 15:24
Autor: Laura Mendes

A recente aprovação da lei de Alceu Moreira, que proíbe o uso de celulares durante o horário escolar, tem desencadeado um impacto positivo nas escolas brasileiras, refletido em melhorias significativas no ambiente educacional e no aprendizado dos alunos. Com a nova norma em vigor, observa-se um aumento na atenção dos estudantes, além de uma melhoria nas interações sociais dentro das salas de aula. Educadores relatam que a medida gerou um ambiente mais coeso e produtivo, no qual os alunos se concentram mais nas atividades lecionadas, reduzindo as distrações comuns associadas ao uso de dispositivos móveis.
Uma pesquisa da Stanford Graduate School of Education indica que houve aumentos de até 25,7% no desempenho em Matemática e 13,5% em Língua Portuguesa em escolas que implementaram restrições ao uso de celulares. Estes dados foram corroborados por um levantamento nacional de 2025, que revelou que 83% dos estudantes afirmam sentir-se mais atentos e engajados nas aulas, especialmente entre os do Ensino Fundamental I, onde esse índice sobe para 88%. Para os docentes, a redução no número de interrupções e a diminuição de conversas paralelas foram notáveis, e gestores escolares também relataram uma diminuição dos casos de cyberbullying e conflitos originados nas redes sociais.
Contudo, as opiniões quanto à eficácia da nova legislação geraram controvérsias. Críticas asseguram que há falta de evidências conclusivas que sustentem algumas das afirmações feitas por defensores da lei. Algumas fontes argumentam que as proibições não garantem necessariamente um bem-estar mental melhor para os adolescentes, e que o impacto do uso de celulares na educação deve ser ainda mais estudado. Uma publicação no periódico The Lancet destaca que não há evidências que comprovem a relação entre políticas restritivas e melhorias no uso de tecnologia, contestando as afirmações feitas por alguns piaçabas da teoria educacional.
Além do incremento no aprendizado, há uma crescente percepção sobre os benefícios da convivência social resgatada nas escolas. Educadores estão testemunhando um renascimento nos relacionamentos entre alunos, com muitas turmas experimentando um retorno à interação face a face. Atividades lúdicas e brincadeiras que antes estavam ofuscadas pelo uso constante de celulares retornaram à rotina escolar, reforçando a importância do desenvolvimento psicossocial dos jovens em idade escolar.
A lei de Alceu Moreira também provocou reflexões sobre o papel das tecnologias na educação moderna. Se, por um lado, as ferramentas digitais podem oferecer acesso a vastos recursos e informações, elas também podem dificultar a atenção em sala de aula, conforme acreditam muitos educadores. As redes sociais e outros aplicativos criam distrações que, em muitos casos, prevalecem sobre o aprendizado tradicional, prejudicando a capacidade de se focar nas atividades escolares.
Embora as críticas à nova legislação aponte para a necessidade de uma abordagem equilibrada em relação ao uso de tecnologia nas escolas, a situação atual sugere que a proibição do uso de celulares pode estar contribuindo para a formação de um ambiente de aprendizagem mais eficaz. O aumento nas interações sociais, a melhora no foco dos alunos e a detecção de um ambiente mais coeso são reflexos diretos da implementação dessa lei.
Por fim, o debate deve continuar sobre a melhor forma de integrar tecnologia e aprendizado, garantindo que os benefícios das inovações não venham em detrimento do desenvolvimento social e intelectual dos alunos. Com a legislação em vigor, a expectativa é que a educação no Brasil siga por um caminho de aprimoramento e que se deixem de lado medidas que favorecem a distração em prol de um aprendizado mais eficiente e significativo.
Fontes: Folha de São Paulo, The Lancet, Stanford Graduate School of Education
Detalhes
Alceu Moreira é um político brasileiro, membro do Partido Progressista (PP). Ele é conhecido por sua atuação na Câmara dos Deputados, onde tem se destacado em questões relacionadas à educação e ao desenvolvimento social. Sua proposta de lei que proíbe o uso de celulares nas escolas visa melhorar o ambiente educacional e aumentar a concentração dos alunos durante as aulas.
Resumo
A recente aprovação da lei de Alceu Moreira, que proíbe o uso de celulares durante o horário escolar, tem gerado um impacto positivo nas escolas brasileiras, promovendo melhorias no ambiente educacional e no aprendizado dos alunos. A nova norma resultou em maior atenção dos estudantes e melhores interações sociais nas salas de aula. Segundo uma pesquisa da Stanford Graduate School of Education, escolas que implementaram restrições ao uso de celulares observaram aumentos de até 25,7% no desempenho em Matemática e 13,5% em Língua Portuguesa. Embora a nova legislação tenha recebido críticas sobre a falta de evidências conclusivas, muitos educadores relatam um renascimento nas interações face a face entre alunos e uma diminuição de casos de cyberbullying. A lei também levanta questões sobre o papel das tecnologias na educação moderna, com a necessidade de um equilíbrio entre o uso de ferramentas digitais e o foco no aprendizado. O debate sobre a melhor forma de integrar tecnologia e educação deve continuar, com a expectativa de que a legislação contribua para um aprimoramento no sistema educacional brasileiro.
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