Kyiv enfrenta apagões enquanto Rússia intensifica ataques a alvos civis

A cidade de Kyiv experimenta apagões generalizados após ataques aéreos russos que visam deliberadamente a infraestrutura energética, afetando a vida dos cidadãos ucranianos.

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10/10/2025, 09:45

Autor: Felipe Rocha

Uma cena noturna da cidade de Kyiv, iluminada apenas por franjas de luz, com edifícios em sombras, enquanto uma atmosfera de tensão paira no ar, simbolizando a luta da Ucrânia por sua infraestrutura e civis em meio a ataques. Ao fundo, uma nuvem de fumaça pode ser vista elevando-se, representando os danos causados pelos ataques aéreos.

Na madrugada desta terça-feira, 31 de outubro de 2023, a cidade de Kyiv acordou marcada por uma nova onda de sofrimento, ao vivenciar cortes de energia em larga escala como resultado de ataques aéreos russos que miraram alvos estratégicos da infraestrutura civil. Essa ação se insere em um padrão de ataques que a Rússia tem promovido, visando danificar a capacidade de resposta e resistência da Ucrânia em meio ao que se configura como um inverno cada vez mais desafiador para os cidadãos do país. Moradores da capital relataram quedas de energia inesperadas e uma preocupação crescente com a possibilidade de os ataques continuarem, tornando a sobrevivência diária uma luta constante.

Esses ataques dirigidos não são um fenômeno novo e revelam uma estratégia clara do governo russo, que, segundo especialistas, busca desgastar a população ucraniana e forçar a Europa a reduzir seu apoio. Um dos comentários que circularam sobre a situação reafirma que, com a guerra se prolongando, uma crescente preocupação sobre o custo financeiro que essa situação acarreta poderia fazer com que cidadãos europeus questionassem mais abertamente o suporte militar ao país invadido.

Mais alarmante foi o fato de um ataque de míssil em Zaporizhzhia resultou na morte de uma criança de apenas sete anos, levando à indignação e lamentação, reforçando a dor dos civis que, em sua grande maioria, não são combatentes, mas que padecem sob as consequências diretas do conflito. Esse tipo de tragédia gera um debate necessário sobre a humanização dos conflitos e sobre quem realmente sofre em guerras que envolvem decisões políticas e estratégias militares cada vez mais desumanizadas.

Muitos analistas já haviam previsto e alertado sobre esse tipo de ofensiva russa antes do inverno, um momento crítico para a Ucrânia, já que o frio exigirá que a infraestrutura energética esteja ao máximo de sua capacidade para suprir as necessidades básicas de calor e eletricidade. Contudo, a Rússia parece ter antecipado esses desafios e, conforme mencionado em um dos comentários, “dentro de apenas dois dias, eles destruíram 60% da produção de gás da Ucrânia, deixando partes significativas do país sem energia”. Essa ação não apenas dificulta a vida cotidiana dos ucranianos, mas também afeta diretamente o orçamento de guerra da Ucrânia, que já enfrenta limitações severas.

O impacto das bombas que caem em áreas civis causa um efeito psicológico profundo na população, criando uma situação de incerteza e medo. O cenário é ainda mais complexo devido ao ressentimento gerado na opinião pública, tanto ucraniana quanto internacional, ao refletir sobre a continuidade de uma guerra que não parece ter um fim próximo. Para muitos, a sensação é de que, apesar das derrotas que o exército russo enfrenta em várias frentes, os ataques a alvos civis se intensificam como um último esforço para reafirmar sua presença e controle na região.

Desde o início do conflito em 2022, a Rússia tem feito uso de táticas que incluem bombardeios de infraestrutura civil, estratégias que historicamente têm gerado impactos diversificados — na possibilidade de defesa, na moral do povo e nas ajudas externas. Uma comparação foi feita com erros passados cometidos por forças em conflitos históricos, como no caso britânico durante a Segunda Guerra Mundial, onde ataques indiscriminados a civis permitiram que forças adversárias tenham mais tempo para se reestruturar e responder.

O chamado à ação também foi um tema recorrente entre as mensagens que vieram à tona nesta conversa. Enquanto a população ucraniana sofre, muitos internautas clamam por uma ação mais decisiva da comunidade internacional e da Europa, sugerindo que a ajuda é necessária e pode trazer a esperança de salvar vidas. À medida que a guerra se arrasta, o eco da solidariedade se intensifica, assim como a urgência de uma resposta global.

Entretanto, nem todos vêem a situação sob essa perspectiva linear. Comentários mais provocativos levantam questões sobre a capacidade da Ucrânia de retaliar e se defender de maneira proporcional, refletindo uma crença de que toda ação deve ter consequências, enquanto muitos defendem que a natureza brutal da guerra atual carece de ética e moral. A discussão em torno do que é considerado legítimo na guerra continua em ascendência, sem um consenso claro.

Assim, em um contexto de apagões, incerteza e dor, Kyiv vive uma nova versão de uma história de resistência e luta pela sobrevivência, enquanto a sombra de uma guerra prolongada pesa sobre cada habitante. Essa realidade, com suas dimensões humanas dolorosas, reforça a urgência por soluções. O mundo observa e espera, pode ser que um dia esta história de resiliência e luta encontre o fim esperado — não apenas um cessar-fogo, mas um retorno à paz genuína e à reconstrução.

Fontes: BBC News, The Guardian, Al Jazeera

Resumo

Na madrugada de 31 de outubro de 2023, Kyiv enfrentou uma nova onda de sofrimento com cortes de energia em larga escala devido a ataques aéreos russos que atingiram alvos estratégicos da infraestrutura civil. Esses ataques, parte de uma estratégia russa para desgastar a população ucraniana, ocorrem em um momento crítico, com a aproximação do inverno, quando a necessidade de energia se torna vital. Um ataque em Zaporizhzhia resultou na morte de uma criança de sete anos, intensificando a indignação sobre as consequências do conflito, que afeta principalmente civis. Especialistas alertam que a Rússia busca forçar a Europa a reduzir seu apoio à Ucrânia, enquanto a situação gera um debate sobre a humanização dos conflitos. A incerteza e o medo permeiam a população, e muitos clamam por uma ação mais decisiva da comunidade internacional. A guerra, marcada por bombardeios a alvos civis, levanta questões éticas sobre a legitimidade das ações militares, enquanto a luta pela sobrevivência continua em meio a apagões e dor.

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