19/11/2025, 21:00
Autor: Laura Mendes

Na última semana, Joe Rogan, o célebre podcaster e comediante, voltou a ser o centro das atenções por suas declarações sobre Donald Trump e os controversos arquivos relacionados a Jeffrey Epstein. Durante uma das suas transmissões, Rogan questionou “O que tá rolando?” em relação à situação em torno do ex-presidente dos Estados Unidos e as implicações que ele poderia enfrentar, considerando as acusações que pesam sobre ele. As palavras do comediante desencadearam uma série de reações explosivas, tanto de apoiadores quanto de críticos, refletindo a polarização atual da sociedade americana.
O podcast de Rogan, que já atraiu milhões de ouvintes, foi frequentemente acusado de ser uma plataforma para a disseminação de desinformação. A recente menção aos arquivos de Epstein, que possui ligações com várias figuras poderosas, incluindo Donald Trump, não é uma exceção. Enquanto Rogan se apresentava como um questionador iluminado da situação, muitos não hesitaram em acusá-lo de hipocrisia, especialmente considerando seu histórico de apoio a Trump.
Diversos comentários apontam que a postura de Rogan parece contraditória, levando em conta que ele, em várias ocasiões, endossou as opiniões e as políticas de Trump. De fato, sua abordagem em relação ao atual clima político é frequentemente vista como uma tentativa de manter a relevância e agradar aos seus seguidores. Comentários incisivos de ouvintes expressaram desapontamento com o comediante, questionando sua capacidade de manter um discurso coerente e sensato diante de uma situação política tão complexa.
Muitos usuários destacaram que Rogan, ao questionar o que está acontecendo, ignora a história e as diversas acusações de agressão e assédio sexual que já foram feitas contra Trump, que, segundo eles, deveriam estar no centro de qualquer análise crítica sobre a sua figura. A resposta de Rogan, que tocou em um ponto que deveria ser acadêmica e politicamente debatido, foi percebida menos como uma busca por compreensão e mais como uma manobra de marketing para manter sua audiência.
Os comentários em torno da questão revelaram a divisão sobre a reputação de Rogan. Para alguns, ele é um libertário que busca trazer diálogos abertos, enquanto para outros, ele é um purveyor de desinformação que não se preocupa em saber quão perigosas podem ser suas palavras. Por exemplo, um comentário observou que "Rogan é um fantoche de propaganda de direita", uma crítica que resume a preocupação de muitos com a sua capacidade de informar com responsabilidade.
As ligações de Trump com Epstein foram relembradas, com muitos apontando para o fato de que a discussão sobre os arquivos do financista não pode ser separada das ações passadas de Trump. As alegações de que Trump fez parte de arbitragens que favoreciam as ações de Epstein têm sido discutidas em várias reportagens, levantando questões sobre o que pode estar oculto por trás dessa relação, e Rogan, em sua crítica, não deve desconsiderar esse contexto.
A insatisfação com a posição de Rogan também remete ao modo como ele lida com suas amarras políticas. Críticos apontaram que sua “nova postura” de se mostrar surpreso e questionador em relação a Trump é desonesta, pois se considera que ele contribuiu para a ascensão da figura de Trump e, portanto, não pode simplesmente se distanciar sem consequências. Um comentarista realmente enfatizou que "a história vai lembrar dele como um dos principais propagandistas" da era Trump, evidenciando que sua influência não deve ser subestimada.
Em meio a essa controvérsia, o UFC, da qual Rogan é um comentarista importante, também foi chamado à atenção. Indivíduos mencionaram que o relacionamento do UFC com investidores internacionais, incluindo aqueles que têm laços com Trump, cria um ambiente onde a desinformação e questões éticas se entrelaçam, potencialmente minando a credibilidade das organizações envolvidas. A preocupação é que essa intersecção entre entretenimento e política possa levar a um cenário em que a ética seja novamente colocada em questão.
Ao final, a pronta resposta da audiência a Rogan indica que a cultura atual está marcada por um ceticismo crescente em relação à mídia e aos influenciadores. Enquanto alguns ainda veem seu papel como uma forma vital de discussão, outros temem que essa história de “questionamento” apenas propague um ciclo de desinformação. A habilidade de Rogan de dialogar sobre questões tão delicadas, quando leva a debates tão acalorados, reflete uma necessidade de análise crítica que, em última análise, pode estar sendo ofuscada pela visão de entretenimento a que a sociedade parece estar acostumada.
Ao que tudo indica, a frase “o que tá rolando?” de Rogan não só reflete uma dúvida genuína, mas também se insere em um ciclo de perguntas sem respostas que cada vez mais moldam a política americana e a cultural midiática. Então, o que realmente está rolando? Isso deixa muitas pessoas se perguntando qual é o próximo movimento de Rogan e como ele se posicionará diante das consequências legais e sociais que cerca a sua comunidade de ouvintes e fãs.
Fontes: Folha de São Paulo, BBC, The Guardian
Detalhes
Joe Rogan é um comediante, podcaster e comentarista de artes marciais mistas, conhecido por seu podcast "The Joe Rogan Experience". Com milhões de ouvintes, ele aborda uma variedade de tópicos, desde comédia até política e ciência. Rogan é uma figura polarizadora, frequentemente criticado por suas opiniões e por ser visto como um veículo de desinformação. Sua influência se estende ao UFC, onde é um comentarista proeminente, e sua abordagem ao debate público muitas vezes gera controvérsia.
Resumo
Na última semana, Joe Rogan, famoso podcaster e comediante, gerou polêmica ao comentar sobre Donald Trump e os arquivos relacionados a Jeffrey Epstein. Durante uma transmissão, Rogan questionou a situação do ex-presidente e as acusações que ele enfrenta, provocando reações intensas de apoiadores e críticos. O podcast de Rogan, conhecido por atrair milhões de ouvintes, é frequentemente acusado de disseminar desinformação, e suas recentes declarações sobre Epstein não foram exceção. Críticos apontam que sua postura é contraditória, dado seu histórico de apoio a Trump, e muitos expressaram desapontamento com sua capacidade de manter um discurso coerente. Além disso, as ligações entre Trump e Epstein foram relembradas, levantando questões sobre o que pode estar oculto nessa relação. A controvérsia também trouxe à tona a influência de Rogan no UFC, onde seu papel como comentarista é significativo. A resposta do público reflete um ceticismo crescente em relação à mídia e influenciadores, com muitos se perguntando sobre a verdadeira intenção de Rogan ao levantar essas questões.
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