24/09/2025, 11:50
Autor: Laura Mendes
No último dia 15 de outubro de 2023, o famoso apresentador de televisão Jimmy Kimmel fez um discurso impactante durante seu programa, em que não apenas defendeu a liberdade de expressão, mas também abordou o contexto político atual dos Estados Unidos. Em um monólogo que rapidamente viralizou nas redes sociais, Kimmel afirmou que “Este programa não é importante. O que é importante é que podemos viver em um país que nos permite ter um programa como este”, enfatizando a relevância da liberdade de expressão em tempos de intensificação de tensões políticas.
Em meio a um ambiente polarizado, Kimmel ressaltou a gravidade da situação enfrentada pela democracia americana, que, segundo muitos, está sendo ameaçada por líderes que adotam práticas autoritárias. Comentários expressos por espectadores e críticos após seu monólogo se concentraram em expressar preocupações sobre as direções que o país tem tomado sob a administração de Donald Trump, que, como foi mencionado, estaria em um “projeto de 2025” que muitos veem como um passo em direção ao fascismo. As referências ao impacto de decisões políticas recentes e a influência das elites corporativas e da mídia foram centrais nas discussões. Observadores notaram que figuras como a vice-presidente Kamala Harris também se mostraram cientes da dificuldade em antecipar a capitulação de muitos que se autodenominam guardiões da democracia.
Kimmel, em seu estilo característico de sátira, fez uma crítica enfática àqueles que abandonam o compromisso com a justiça e a verdade em nome de interesses pessoais ou partidários, lembrando que a capacidade de se expressar livremente é um dos pilares que sustentam a sociedade democrática. Essa reflexão não veio sem tensão; alguns comentaristas notaram que enquanto Kimmel celebrava a liberdade de expressão, havia um ecos da luta constante para manter esse direito, especialmente em um mundo onde a desinformação e ataques à mídia se tornaram comuns.
Uma das reações mais notáveis foi uma possível retaliação contra o network, e o fato de que na era das redes sociais, as empresas podem sucumbir rapidamente a pressões e boicotes, como exemplificado pela Disney. “As pessoas se uniram e a Disney cedeu em DIAS, mesmo contra um ditador, porque eles precisam do seu dinheiro mais do que da aprovação dele”. Essa afirmação ressoou com muitos, refletindo um sentimento de que a economia e a cultura estão intimamente entrelaçadas e que o engajamento social pode influenciar decisões corporativas.
No entanto, o discurso de Kimmel também criou ondas de apoio entre aqueles que se opõem ao extremismo político. A evidente defesa da liberdade de expressão foi vista como uma brisa de esperança em meio ao desespero que muitos sentem ao olhar para o cenário atual. A crítica à administração Trump e a forma como ele gerou um ambiente que muitos descreveram como uma “situação diária de incêndio”, onde os direitos são continuamente ameaçados, foi um ponto focal na conversa, relembrando aos cidadãos seu papel ativo na defesa da democracia. “Um bom presidente é chato. Ele faz o trabalho dele para que as pessoas possam focar no que está na frente delas. Um presidente de merd* faz os eleitores sentirem que todo dia é uma situação de incêndio”, disse um dos espectadores, expressando como esse ciclo de crises tem um impacto no bem-estar psicológico da população.
Com o ressoar de vozes críticas, o monólogo de Kimmel não apenas se tornou um apelo à resistência, mas também um lembrete poderoso da importância de manter um diálogo civil e comprometido com a verdade. “Essa situação do Kimmel lembrou a todo mundo que a liberdade de expressão é um direito fundamental pelo qual as pessoas literalmente morreram”, afirmaram diversas personalidades na mídia, assinalando a responsabilidade cívica que todos compartilham para preservar essas liberdades. Tal discurso se torna não apenas uma observação do estado atual da política, mas também um chamado à ação para que os cidadãos não fiquem inertes.
Esses momentos de reflexão pública servem para reacender a chama do ativismo e para lembrar as pessoas de que, embora a política possa parecer aterradora, a mobilização coletiva, a educação e a expressão ativa são ferramentas poderosas na luta pela democracia. A platéia do programa e os telespectadores pela televisão foram deixados com uma análise renovada e profunda da situação que enfrentam e a motivação de que a mudança é possível, desde que estejam dispostos a agir.
Portanto, a natureza cíclica da política americana, aliada ao humor ácido de Kimmel, evidencia que, apesar das dificuldades, a luta pela justiça, verdade e liberdade de expressão ainda está viva e bem em meio ao público, pronto para demandar respeito e empoderamento em tempos incertos.
Fontes: Folha de São Paulo, The Washington Post, Variety
Detalhes
Jimmy Kimmel é um apresentador de televisão, comediante e roteirista americano, conhecido por seu trabalho no programa "Jimmy Kimmel Live!", que combina entrevistas, esquetes e comentários sobre a cultura pop. Kimmel é reconhecido por seu humor ácido e por abordar questões sociais e políticas em seus monólogos, frequentemente utilizando a sátira para criticar figuras públicas e eventos atuais. Ele se tornou uma voz influente na mídia, especialmente em tempos de polarização política.
Resumo
No dia 15 de outubro de 2023, o apresentador Jimmy Kimmel fez um discurso impactante em seu programa, defendendo a liberdade de expressão e comentando sobre a situação política atual nos Estados Unidos. Kimmel destacou a importância desse direito em um contexto de crescente polarização e ameaças à democracia, mencionando líderes que adotam práticas autoritárias, como Donald Trump. Seu monólogo, que rapidamente viralizou, criticou a influência das elites corporativas e a desinformação, ressaltando a necessidade de um compromisso com a verdade. Apesar das tensões, o discurso gerou apoio entre aqueles que se opõem ao extremismo político, sendo visto como um apelo à resistência e à importância do diálogo civil. Kimmel lembrou que a liberdade de expressão é um direito fundamental, e sua mensagem ressoou como um chamado à ação para que os cidadãos se mobilizem em defesa da democracia, enfatizando que a luta pela justiça e pela verdade continua viva.
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