12/12/2025, 23:13
Autor: Felipe Rocha

Recentemente, o ator Jacob Elordi, conhecido por seu papel na série “Euphoria”, fez declarações que geraram controvérsia ao expressar sua falta de interesse em discutir inteligência artificial (IA), ao mesmo tempo em que enfatizou a importância das experiências humanas verdadeiras, como um simples beijo na praia. Em uma entrevista, Elordi mencionou que está cansado de ser questionado sobre como a IA impacta a indústria do entretenimento e a arte, e, ao que parece, ele só queria aproveitar os momentos simples da vida sem se preocupar com as tecnologias emergentes.
O ator revelou que, apesar de entender a relevância que a IA vem ganhando em nossas vidas, ele preferiria estar envolvido em experiências autênticas, alegando que essa modelo de tecnologia, embora fascinante, tem invadido o espaço dos artistas, tornando a sua profissão mais desafiadora. “Sinto que há um excesso de falatórios sobre IA, e fico chateado com a forma como isso tem afetado a arte e a cultura. Prefiro momentos reais”, afirmou Elordi.
A declaração de Elordi se alinha a uma crescente preocupação entre artistas e criadores sobre o impacto da IA nas indústrias criativas. Há um temor legítimo de que tais tecnologias, quando não regulamentadas, possam prejudicar a criatividade e o sustento de muitos. O debate chegou a um nível tal que atraiu a atenção de outros influentes na indústria do entretenimento, como Wagner Moura, que já expressou preocupações semelhantes sobre artistas perdendo o controle sobre suas criações e as implicações das tecnologias de digitalização.
Os comentários sobre a posição de Elordi foram variados. Muitos o apoiaram, argumentando que o desejo de um retorno ao “real” é um reflexo comum entre os jovens da atualidade, que sentem que o contato humano está sendo drasticamente reduzido em virtude de tecnologias que se tornam cada vez mais presentes. Por outro lado, houve quem o criticasse, alegando que sua aversão às conversas sobre IA pode ser vista como um sinal de desconexão em relação aos desafios contemporâneos enfrentados pelas próprias indústrias de entretenimento e arte.
Enquanto isso, o fenômeno da IA continua a evoluir. Conforme os algoritmos se tornam mais sofisticados, as questões sobre direitos autorais, autenticidade e o futuro da criação artística se tornam cada vez mais complexas. O público se vê dividido: por um lado, aqueles que enxergam a IA como uma ferramenta que pode auxiliar os criativos, e, por outro, aqueles que veem nela uma ameaça ao que define a essência da arte humana. O embate se intensificou com o surgimento de plataformas que utilizam IA para gerar arte, música e até mesmo literatura, levantando questões éticas sobre a autoria e a originalidade.
Enquanto Jacob Elordi pode querer evitar essa conversa, o fato é que a conversa sobre o impacto da IA na sociedade e na arte está longe de acabar. A geração atual enfrenta o dilema de equilibrar a adoção de novas tecnologias com a preservação das interações e experiências humanas que tornam a vida significativa. A reação à declaração de Elordi revela uma geração que anseia por experiências genuínas, que talvez sinta que, cada vez mais, essas experiências estão sendo suprimidas por um mundo digital e artificial que os rodeia.
Assim, as palavras de Elordi ressoam um desejo coletivo por autenticidade em um mundo dominado por inovações tecnológicas disruptivas. Se o público aceitar este chamado à simplicidade, ou se tornará ainda mais atraído pelas promessas do mundo digital, permanece uma questão em aberto. O que se sabe é que, enquanto a tecnologia avança, o desejo por conexões reais e momentos significativos nunca deixará de ser relevante.
Fontes: Folha de São Paulo, Variety, The Guardian
Detalhes
Jacob Elordi é um ator australiano, conhecido principalmente por seu papel como Nate Jacobs na série da HBO "Euphoria". Nascido em 26 de junho de 1997, Elordi ganhou notoriedade por sua atuação intensa e pela representação de temas complexos relacionados à adolescência e à saúde mental. Além de "Euphoria", ele também estrelou em filmes como "A Barraca do Beijo" e suas sequências, consolidando-se como um dos jovens talentos mais promissores de Hollywood.
Resumo
O ator Jacob Elordi, famoso por seu papel na série "Euphoria", gerou polêmica ao expressar sua falta de interesse em discutir inteligência artificial (IA) e ressaltar a importância das experiências humanas autênticas. Em uma entrevista, Elordi afirmou estar cansado de ser questionado sobre o impacto da IA na indústria do entretenimento, preferindo momentos simples da vida. Ele reconheceu a relevância da tecnologia, mas acredita que ela tem invadido o espaço dos artistas, tornando sua profissão mais desafiadora. Suas declarações refletem a preocupação crescente entre criadores sobre o impacto da IA nas indústrias criativas, com artistas como Wagner Moura também expressando preocupações semelhantes. As reações ao comentário de Elordi foram mistas, com muitos apoiando seu desejo de um retorno ao "real", enquanto outros o criticaram por sua aversão ao debate sobre IA. O fenômeno da IA continua a evoluir, levantando questões complexas sobre direitos autorais e autenticidade, enquanto o público se divide entre ver a IA como uma ferramenta ou uma ameaça à essência da arte humana.
Notícias relacionadas





