Investidores iniciantes buscam orientação sobre fundos imobiliários

Investidores que estão começando sua jornada financeira em 2023 procuram orientação sobre quais fundos imobiliários escolher para diversificação e segurança.

07/09/2025, 21:54

Autor: Ricardo Vasconcelos

Nos últimos tempos, muitas pessoas têm buscado informações sobre como começar a investir em Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), especialmente diante das mudanças nas alíquotas de imposto previstas para 2026, que podem afetar a rentabilidade. A questão sobre como e onde começar neste tipo de investimento tem gerado um maior interesse no cenário financeiro brasileiro. Há uma percepção crescente sobre a necessidade de diversificação e segurança, especialmente entre novos investidores que se sentem inseguros diante da volatilidade do mercado.

Diversos especialistas têm sugerido que o primeiro passo para quem está iniciando é escolher fundos que tenham um patrimônio superior a dois bilhões de reais. Essa estratégia, segundo os comentários levantados, reduz a possibilidade de perda e aumenta as chances de retorno. Os investidores iniciantes são aconselhados a dar mais atenção aos fundos imobiliários de “tijolo”, que se referem a propriedades físicas, como shoppings, galpões e prédios comerciais, geralmente considerados mais seguros do que os fundos de “papel”, que investem em ativos financeiros ligados à renda do setor imobiliário, como certificados de recebíveis imobiliários.

Outro ponto relevante que tem sido abordado na sociedade financeira é a fase de acumulação que novos investidores podem estar enfrentando. Alguns recomendam que, mesmo nesse período, alocar uma pequena porcentagem (por volta de 10%) da carteira em FIIs pode ser uma boa estratégia de diversificação, mesmo com a oscilação do mercado. Essa medida é especialmente importante para aqueles que já têm algum nível de conforto com a possibilidade de segurar grandes flutuações em seus investimentos.

Investidores com um perfil mais conservador, que começam a olhar para FIIs, estão considerando estratégias que envolvem uma abordagem equilibrada e diversificada. É bastante comum ver recomendações para que esses investidores mantenham uma divisão de 80% em fundos de tijolo, 10% em fundos de papel e 10% em fiagros, que são fundos que investem em imóveis agrícolas. Essa distribuição fatece um equilíbrio que visa mitigar riscos enquanto se examina e se aprende mais sobre o mercado.

Um dos investidores que começou a explorar o universo dos FIIs expressou claramente seu interesse em focar em fundos de tijolo, por considerar estes mais seguros. No entanto, é essencial que os iniciantes também façam uma pesquisa minuciosa antes de aportar seus recursos, para que não façam escolhas apenas baseadas em promessas de altos dividendos.

Além disso, a confluência das taxas de juros e o cenário econômico do Brasil são fatores cruciais a se considerar. Conforme apontado por alguns investidores, a expectativa é que a taxa de juros se mantenha em um patamar que não favoreça necessariamente a valorização contínua dos FIIs. A dinâmica mostra que, com a alta dos juros, pode haver uma desvalorização no valor dos fundos imobiliários devido ao aumento da rentabilidade das aplicações de renda fixa. Portanto, os investidores necessitam estar cientes do cenário e da correlação que existe entre as taxas de juros e o valor dos imóveis no país, dado que a confiança no setor depende em boa parte das condições de financiamento e da saúde econômica como um todo.

Adicionalmente, o fato de que a cultura de se investir em FIIs ainda é relativamente nova no Brasil traz desafios para novos investidores. É vital que eles compreendam que o mercado está cheio de nuances e informações que podem ser interpretadas de diferentes formas, e que o sucesso nesse tipo de investimento não provém exclusivamente de seguir modismos ou opiniões populares no ambiente financeiro.

No atual cenário, diversificar investimentos e estudar as tendências do mercado financeiro são ações necessárias para qualquer investidor, especialmente os que estão começando a traçar seu caminho. Tornar-se um investidor consciente e informado é um dos maiores legados que um novo investidor pode deixar para si mesmo, garantindo um futuro financeiro mais estável e seguro.

Com isso, a busca por informações sobre FIIs continuará sendo um tema quente entre aqueles que desejam se aventurar pelo mercado imobiliário e por investimentos mais complexos. A troca de experiências e recomendações entre investidores mais experientes e novatos pode desempenhar um papel fundamental na formação do conhecimento e no desenvolvimento do espírito de comunidade entre os investidores brasileiros. Essa troca pode se converter em uma rede de apoio que auxiliará os iniciantes a cada passo de sua jornada no competitivo e fascinante universo dos investimentos.

Fontes: Valor Econômico, Infomoney, InfoMoney