24/12/2025, 19:20
Autor: Laura Mendes

Na madrugada de terça-feira, 23 de dezembro, Brasília foi palco de mais um crime brutal que chocou a sociedade e levantou questões sobre a segurança das mulheres no Brasil. Lidiane Paula, de 43 anos, foi assassinada de forma cruel por Leandro Rodrigues dos Santos, conhecido como "Baiano". O caso, infelizmente, não é um ato isolado, mas parte de um cenário alarmante de feminicídios que continuam a acontecer no país.
As estatísticas sobre violência contra a mulher no Brasil têm se mostrado alarmantes, com dados recentes indicando um aumento constante nos casos de feminicídio nos últimos anos. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, cerca de 1.310 mulheres foram assassinadas em decorrência de feminicídio no Brasil. Esses números são mais do que simples estatísticas; eles representam vidas brutalmente ceifadas, famílias despedaçadas e comunidades traumatizadas.
Após o crime, que contou com a brutalidade das facadas e culminou em um ato horrendo de desmembramento do corpo, a delegada J. Laura, que coordena o plantão da 21ª Delegacia de Polícia do DF, afirmou: “Ele já estava resoluto em matá-la, como já havia prometido antes e cometeu o crime sem crueldade e piedade”. Com as provas claras do ato, a polícia não hesitou em imputar as acusações cabíveis, mas o que muitos se perguntam é se esse desfecho trágico será mais uma vez esquecido ou passará a refletir em mudanças na política de segurança pública.
Como a narrativa sugere, a impunidade é um dos principais problemas a ser enfrentado. A sensação de que a justiça será sempre retardada, ou mesmo negada, assombra as famílias das vítimas. Um dos comentários que repercutiram neste caso enfatiza a impunidade como um dos maiores males do sistema judiciário, e a crítica vai além. Há um sentimento profundo de que a verdadeira abordagem dos crimes não é discutida, e o que importa, muitas vezes, é a narrativa que favorece interesses políticos e sociais em detrimento da solução real do problema.
A sociedade se mobiliza, e a indignação em relação ao feminicídio tem se intensificado, com mulheres saindo às ruas para exigir mudanças. Mas a pergunta que permanece é porque esses movimentos não resultam em ações efetivas que possam mudar a realidade da violência contra a mulher. Para muitos, esse levantamento de opiniões reflete um paradoxo. Enquanto há um clamor nacional por justiça e melhores leis de proteção, a realidade brutal dos feminicídios sugere que o sistema judicial e a sociedade ainda estão distantes da mudança necessária.
As vozes que pedem medidas mais rigorosas e uma fiscalização mais efetiva sobre os agressores são cada vez mais ressonantes. Além disso, as ONGs e movimentos sociais, que têm seu papel na luta, também são frequentemente criticados por não trazerem resultados tangíveis. No entanto, a questão persiste: o que realmente precisa ser feito para que as promessas de proteção às mulheres sejam cumpridas?
O caso de Lidiane Paula, assim como outros antes dele, não apenas acende o debate sobre feminicídio, mas também levanta questões sobre a estrutura da segurança pública no Brasil. Comentários feitos por cidadãos refletem a frustração com o sistema que parece falhar repetidamente, permitindo que os culpados permaneçam nas ruas e que novos crime possam ocorrer. Entre as vozes que pedem por mais ações governamentais há um chamado claro: ações concretas e mudança na forma como o sistema judicial trata os crime de violência de gênero.
Resta esperar que este caso não caia no esquecimento e que a comoção que ele gera resulte em alguma forma de reforma do sistema judiciário, com medidas que realmente impeçam a impunidade e garantam a segurança das mulheres. Somente assim, o grito de justiça poderá ser ouvido e transformado em realidades, não apenas em retórica.
Enquanto isso, o legado de Lidiane Paula e de tantas outras mulheres assassinadas violentamente deve ser lembrado como um chamado urgente à ação. O feminismo, frequentemente criticado e mal interpretado, deve ser abordado com questões de responsabilidade e empoderamento, em vez de ser desconsiderado como uma mera ideologia. As vozes que clamam por justiça têm o poder de moldar o futuro e exigir uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres. É um caminho ainda longo, mas não impossível se houver determinação e união.
Fontes: G1, Folha de São Paulo, O Globo, Correio Braziliense
Detalhes
Lidiane Paula, de 43 anos, foi vítima de um feminicídio brutal em Brasília, assassinada por Leandro Rodrigues dos Santos. Seu caso destaca a crescente preocupação com a violência contra a mulher no Brasil, onde os feminicídios têm aumentado alarmantemente. Lidiane se tornou um símbolo da luta por justiça e proteção às mulheres, refletindo a necessidade urgente de reformas no sistema judiciário e de segurança pública.
Resumo
Na madrugada de 23 de dezembro, Brasília foi marcada por um crime brutal, com o assassinato de Lidiane Paula, de 43 anos, por Leandro Rodrigues dos Santos, conhecido como "Baiano". Este caso é um triste reflexo do aumento dos feminicídios no Brasil, onde, em 2022, cerca de 1.310 mulheres foram assassinadas. A delegada J. Laura, responsável pelo caso, destacou a brutalidade do crime, que incluiu desmembramento, e a determinação do autor em cometer o ato. A impunidade é um problema crítico, com a sensação de que a justiça é frequentemente negada às famílias das vítimas. Apesar da mobilização social e do clamor por mudanças nas leis de proteção às mulheres, muitos se perguntam por que essas vozes não resultam em ações efetivas. O caso de Lidiane não é apenas um chamado à justiça, mas também uma reflexão sobre a falência do sistema de segurança pública e a necessidade de reformas que garantam a proteção das mulheres no Brasil. O legado de Lidiane e de outras vítimas deve ser um impulso para a luta por uma sociedade mais justa e segura.
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