EUA registram 105 mil empregos perdidos e 64 mil ganhos em novembro

Dados recentes indicam uma perda líquida de 41 mil empregos nos EUA após grandes revisões nas estatísticas de emprego divulgaram mudanças dramáticas.

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16/12/2025, 19:16

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma imagem de uma calçada cheia de pessoas caminhando em direção a um grande edifício de escritório com uma placa indicativa de "Contratações Abertas", enquanto ao fundo é possível ver uma fila de pessoas esperando a vez em uma agência de empregos. Um céu nublado paira sobre a cena, simbolizando a incerteza econômica.

Em um cenário econômico que parece cada vez mais volátil, os Estados Unidos enfrentaram uma perda significativa de 105 mil empregos durante o mês de outubro, seguida pela adição de apenas 64 mil novos postos de trabalho em novembro. Essa discrepância revela uma perda líquida de 41 mil empregos, o que levanta questões alarmantes sobre a estabilidade do mercado de trabalho e a eficácia das políticas administrativas atuais. Os dados são parte de um relatório que sofreu revisões substanciais e que não reflete bem o panorama econômico real, conforme apontado por economistas e analistas do mercado.

Os comentários a respeito da situação atual variam desde ceticismo até desespero, uma realidade compartilhada por muitos que estão na luta diária para se manterem empregados. Algumas pessoas expressaram preocupações sobre a veracidade das estatísticas divulgadas pela administração atual, com um crítico afirmando que as contratações são inflacionadas em um esforço para apresentar uma imagem positiva de um mercado que, na realidade, está em declínio. Um dos comentaristas reclamou: "Se esses números estão vindo da Casa Branca, eu só posso assumir que eles estão subnotificando os empregos perdidos e supernotificando os empregos criados".

O setor de serviços, que representa uma parte significativa da economia dos EUA, está enfrentando um desafio sem precedentes. Os relatos sugerem que as indústrias de saúde e construção foram as únicas com acréscimos de empregos, com um total de 46 mil e 29 mil novos postos, respectivamente. Outros setores, como varejo e hospitalidade, estão enfrentando demissões que são incomuns para essa época do ano, sinalizando uma possível recessão estética que pode se desdobrar em fracassos econômicos mais profundos.

A situação é ainda mais grave se considerarmos a taxa de desemprego compressiva chamada U6, que subiu de 8,0% para 8,7%, refletindo uma imagem mais detalhada dos desafios enfrentados na força de trabalho. Ao contrário da taxa U3, geralmente mais otimista, essa estatística abrangente representa trabalhadores que, apesar de estarem empregados, estão em situações precárias ou de subemprego. Isso ilustra que anos de crescimento na economia não necessariamente resultam em estabilidade financeira para o trabalhador comum.

A administração, liderada pela atual presidência, tem sido criticada por suas ações e a maneira como tem tratado dados e estatísticas econômicas. Parece haver uma falta de transparência que leva a um ceticismo muito maior em relação ao que realmente está acontecendo. Um dos comentadores, refletindo essa desconfiança, comentou: "Se os números fossem positivos, a administração Trump estaria botando faixas em cima de toda cidade grande, se gabando das conquistas deles".

Além do impacto imediato sobre milhares de trabalhadores, a saúde e a sustentabilidade da economia americana estão em questão, pois as políticas em vigor parecem estar favorecendo um discurso otimista que dificilmente se traduz em prática. As consequências são amplas, afetando não apenas o emprego, mas também a qualidade de vida, a saúde mental dos trabalhadores e a futura capacidade de inovação e desenvolvimento no país.

A crescente demanda por serviços de saúde e os impactos de cortes em programas de pesquisa estão contribuindo para a fuga de cérebros e a pressão sobre os profissionais talentosos para buscarem oportunidades fora das fronteiras dos Estados Unidos. De acordo com alguns analistas, essa situação pode ser desastrosa a longo prazo, com reverberações nas capacidades de pesquisa, desenvolvimento e crescimento econômico sustentável do país.

Na era da tecnologia e inovação, a dependência em crescimento de soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA) tem sido citada como uma das justificativas para demissões. No entanto, muitos acreditam que essa narrativa serve mais como uma desculpa para cortes arbitrários do que um verdadeiro reflexo das necessidades do mercado. Em meio a isso, a manutenção de um emprego que paga decentemente tornou-se um esforço quase hercúleo para muitos.

No centro desse panorama, as revisionais do emprego e as estatísticas possam ainda revisar os números negativos de outubro e os ganhos de novembro, complicando mais ainda a já difícil determinação de um futuro estável para o mercado de trabalho. À medida que se aproxima o fim do ano, as pessoas se perguntam o que 2024 trará em termos de oportunidades e segurança financeira neste complicado ciclo econômico.

Fontes: The New York Times, Wall Street Journal, BBC News

Resumo

Os Estados Unidos enfrentaram uma significativa perda de 105 mil empregos em outubro, seguida pela adição de apenas 64 mil novos postos em novembro, resultando em uma perda líquida de 41 mil empregos. Essa situação levanta preocupações sobre a estabilidade do mercado de trabalho e a eficácia das políticas atuais. Economistas criticam a veracidade das estatísticas divulgadas, sugerindo que a administração pode estar inflacionando os números para criar uma imagem positiva de um mercado em declínio. O setor de serviços, especialmente saúde e construção, teve acréscimos de empregos, enquanto varejo e hospitalidade enfrentaram demissões incomuns. A taxa de desemprego U6, que considera trabalhadores em situações precárias, subiu para 8,7%, refletindo desafios mais profundos na força de trabalho. A administração atual tem sido criticada por falta de transparência e por favorecer um discurso otimista que não se traduz em realidade. A crescente dependência de soluções baseadas em Inteligência Artificial também é citada como um fator para demissões, levantando questões sobre a verdadeira necessidade do mercado. À medida que 2024 se aproxima, a incerteza sobre o futuro econômico persiste.

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