EUA propõe à Ucrânia garanta de segurança por 15 anos em nova estratégia

O governo dos Estados Unidos apresenta uma promessa de segurança a longo prazo à Ucrânia, conforme novos desafios no relacionamento com a Rússia emergem.

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29/12/2025, 16:58

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma representação dramática e envolvente de uma cúpula entre líderes mundiais, com o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenskyy em destaque, cercado por tochas de segurança e discursos cheios de promessas. Ao fundo, bandeiras dos EUA e da Ucrânia e um cenário de tensão política internacional. O ambiente deve ser de seriedade, refletindo a gravidade da situação.

Em um desenvolvimento significativo nas relações internacionais, os Estados Unidos anunciaram na última terça-feira uma proposta de garantia de segurança à Ucrânia, com um foco na proteção do país por um período de 15 anos. Essa proposta foi destacada pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, que vê essa ação como uma oportunidade vital em meio ao conflito em curso com a Rússia. No entanto, a recepção a essa proposta é misturada com ceticismo, especialmente à luz de experiências passadas envolvendo acordos de segurança e os compromissos dos EUA.

A proposta se insere em um contexto mais amplo de negociações que busca estabilizar a situação ucraniana e conter a agressão russa, que já levou à anexação da Crimeia e à constante instabilidade na região do Donbas. Para muitos analistas, o tempo é um fator crucial, e 15 anos podem parecer insuficientes para garantir uma paz duradoura, principalmente considerando o histórico das relações entre a Rússia e os EUA. O presidente Zelenskyy expressou esperança de que essa aliança ajudará a fortalecer a posição da Ucrânia no cenário global.

Entretanto, vários especialistas apontam que as garantias oferecidas pelos EUA não têm um respaldo sólido e podem ser facilmente revertidas por futuras administrações, conforme a dinâmica política nos Estados Unidos. A insatisfação com promessas anteriores já firmadas, que não tiveram seguimento por parte dos EUA, vem à tona em diversas críticas, que relembram o Memorando de Budapeste de 1994. Nesse entendimento, a Ucrânia abandonou o seu arsenal nuclear ao receber uma série de garantias de segurança, que até o momento parecem não ter se concretizado. Dessa forma, a confiança em compromissos verbais renovados enfrenta sérias limitações.

Além de questões de segurança, os comentários feitos por cidadãos nas redes sociais refletem uma ansiedade mais ampla sobre a situação. Muitas vozes expressaram preocupação quanto à recorrência de promessas não cumpridas em cenários anteriores. Críticos argumentam que, assim como aconteceu antes, as promessas de proteção podem não demonstrar eficácia prática no caso de uma nova agressão russa. O temor de que a Ucrânia possa enfrentar uma traição semelhante à de anos anteriores permeia o debate sobre a atual proposta.

É relevante observar que, atualmente, a Ucrânia não é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), um fato que limita as ações dos EUA em caso de um novo ataque. Isso levanta questões sobre a adequação das garantias de segurança oferecidas, especialmente em um clima onde a Rússia poderia infringir um novo ato de agressão. O desenvolvimento militar e as dificuldades enfrentadas pela Ucrânia são preocupantes. O cenário em que o Ocidente se vê forçado a responder a novas provocações russas, sem um alinhamento formal da OTAN, tem períodos de tensão e incertezas.

Além disso, existe um crescente diálogo sobre como garantir a segurança não apenas no presente, mas de uma forma sustentável e contínua, que leve em consideração o passado e o futuro da Ucrânia. Com o aumento das tensões globais e as mudanças rápidas nas alicerações políticas, o foco da Ucrânia está em não apenas buscar garantias, mas também uma adesão mais certa às instituições ocidentais como uma forma de proteção mais robusta.

Em meio a esses eventos, os comentários da população variam desde esperanças cautelosas até fervorosas desconfianças em relação à eficácia de tais garantias. Muitos manifestaram que as promessas de segurança feitas no passado foram incapazes de prevenir a ação militar da Rússia, levantando dúvidas sobre as intenções de futuras negociações e os acordos estabelecidos entre as nações ocidentais.

Diante disso, é evidente que essa nova proposta de garantia de segurança dos EUA à Ucrânia não é apenas uma resposta aos desafios atuais, mas também um lembrete da complexidade das interações entre nações e dos compromissos que precisam ir além das palavras. O tempo dirá se esses novos acordos se concretizarão e se a Ucrânia conseguirá garantir sua soberania efetivamente com o apoio internacional ou se ficará presa na teia de promessas não cumpridas que marcaram sua história recente.

Fontes: CBC News, The Guardian, Washington Post, Al Jazeera, Reuters

Resumo

Os Estados Unidos anunciaram uma proposta de garantia de segurança à Ucrânia, com foco na proteção do país por 15 anos, conforme destacado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. Embora essa proposta seja vista como uma oportunidade vital em meio ao conflito com a Rússia, há ceticismo sobre sua eficácia, especialmente considerando experiências passadas com acordos de segurança. A proposta surge em um contexto de negociações para estabilizar a Ucrânia e conter a agressão russa, que já resultou na anexação da Crimeia. Especialistas alertam que as garantias dos EUA podem não ser sólidas e podem ser revertidas por futuras administrações, lembrando o Memorando de Budapeste de 1994, que não cumpriu suas promessas. A atual situação da Ucrânia, que não é membro da OTAN, levanta questões sobre a adequação das garantias oferecidas. A população expressa ansiedades sobre promessas não cumpridas e a eficácia das garantias, refletindo um cenário de incertezas sobre o futuro da segurança ucraniana e sua soberania.

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