10/12/2025, 11:37
Autor: Laura Mendes

Em uma declaração recente que gerou polêmica e preocupação entre os turistas internacionais, o governo dos Estados Unidos anunciou que todos os visitantes estrangeiros terão que fornecer informações detalhadas de suas redes sociais e outros dados pessoais ao entrar no país. Essa medida, que se destina a aumentar a segurança e a vigilância fronteiriça, inclui a coleta de nomes de usuário, endereços de e-mail, números de telefone e até aniversários de membros da família. Essa nova política, que deve entrar em vigor brevemente, foi enviada para o Registro Federal e representa um esforço que muitos consideram excessivo e desproporcional.
A proposta gerou um misto de reações, desde indignação e risadas céticas até preocupações sobre sua viabilidade prática. Críticos afirmam que a checagem das redes sociais criará barreiras desnecessárias e afastará turistas, impactando negativamente a economia de estados que dependem do turismo. O setor turístico do país já vivia uma recuperação lenta após as restrições severas durante a pandemia de COVID-19, e essa nova política ameaça desacelerar ainda mais essa recuperação. Muitos se perguntam se essa ação não resultará em um boicote em massa ao turismo nos Estados Unidos, como evidenciado por comentários de pessoas que já cancelaram suas viagens para o país e recomendam que outros façam o mesmo.
A ideia da checagem de redes sociais é vista por muitos como uma tentativa de controlar ainda mais o que os viajantes dizem e fazem, tanto online quanto fora das plataformas virtuais. Um usuário comentou sarcasticamente que talvez os turistas deveriam simplesmente "desinstalar os aplicativos de mídias sociais antes de lidar com a alfândega americana". Essa sugestão ilustra a frustração com a expectativa de que pessoas que buscam visitar o país tenham que sacrificar sua privacidade de maneira tão drástica.
Além de medidas de vigilância já existentes, como coleta de impressões digitais e reconhecimento facial, a proposta de exigir dados de redes sociais foi recebida com críticas contundentes de especialistas em direitos civis, que consideram a medida um ataque direto à privacidade. Uma nova pesquisa mostrou que uma significativa porcentagem de turistas em potencial está reconsiderando viajar para os Estados Unidos, afirmando que a situação atual em torno das políticas de imigração é desestimulante.
Dados de estudos recentes mostram que as viagens transfronteiriças do Canadá para os EUA já caíram entre 30% e 35%, uma tendência que poderá se intensificar se essa nova política for implementada. Com o aumento das tensões políticas e a crescente divisão entre americanos e estrangeiros, muitos temem que a imagem dos Estados Unidos como um destino acolhedor e seguro esteja se deteriorando. Essa percepção é agravada por relatos de turistas que enfrentaram dificuldades e atrasos nas fronteiras, levantando questionamentos sobre a eficácia e a necessidade dessas inspeções adicionais.
Enquanto isso, alguns entusiastas do turismo alerta que o impacto dessa política poderá ser devastador para a indústria de hospitalidade, que inclui milhões de trabalhadores cuja subsistência depende do fluxo de turistas. O apelo para que as pessoas não viajem para os Estados Unidos se espalha entre vários grupos, refletindo um sentimento crescente de que o país está se tornando um lugar menos acolhedor para visitantes internacionais.
Um comentarista expressou a ideia de um efeito dominó, em que as dificuldades enfrentadas atualmente por turistas não só afastarão visitantes, mas também terão repercussões duradouras nas economias locais que dependem de seu dinheiro. "Se bastante gente cancelar suas viagens, o impacto será grande", afirmou. Outros foram ainda mais longe, sugerindo que essa poderia ser uma oportunidade para reavaliar o valor das economias nos Estados Unidos.
O bilionário investimento em segurança e vigilância, segundo críticos, será um desperdício de recursos em um momento em que o país já enfrenta sérios desafios financeiros e sociais. Dúvidas sobre como o governo conseguirá gerenciar a avalanche de informações coletadas também foram levantadas, com muitos se perguntando se o Departamento de Segurança Interna terá capacidade e pessoal suficientes para processar esses dados.
Diante dessas circunstâncias, o futuro do turismo nos Estados Unidos parece incerto. As federações de turismo de vários estados solicitaram um diálogo aberto com as autoridades para discutir o impacto econômico da nova política, mas até o momento, não houve respostas claras ou soluções garantidas. Assim, a interação dos turistas com os Estados Unidos poderá mudar drasticamente, mais cedo do que se pode imaginar, e muitos já estão reavaliando suas opções de viagem.
Fontes: US News, CNN, The Guardian
Resumo
O governo dos Estados Unidos anunciou uma nova política que exigirá que todos os visitantes estrangeiros forneçam informações detalhadas sobre suas redes sociais e dados pessoais ao entrar no país. A medida, que visa aumentar a segurança e a vigilância nas fronteiras, inclui a coleta de nomes de usuário, e-mails, números de telefone e aniversários de familiares. A proposta gerou reações mistas, com críticos alertando que isso pode afastar turistas e prejudicar a recuperação do setor turístico, que já estava se recuperando lentamente após a pandemia de COVID-19. Muitos temem que essa política leve a um boicote em massa ao turismo nos EUA, e uma pesquisa recente indica que uma parcela significativa de turistas está reconsiderando suas viagens ao país. Especialistas em direitos civis criticam a medida como um ataque à privacidade, e dados mostram uma queda nas viagens do Canadá para os EUA. Com o aumento das tensões políticas e relatos de dificuldades nas fronteiras, a imagem dos Estados Unidos como um destino acolhedor está em risco, e o impacto potencial na indústria de hospitalidade é alarmante.
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