Estratégia Secreta dos EUA propõe novo grupo global e exclui a Europa

Uma versão secreta da Estratégia de Segurança Nacional dos EUA sugere a formação de um novo grupo global, o Core 5, excluindo a Europa de suas prioridades.

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11/12/2025, 12:41

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma sala de reuniões austera, com grandes mapas do mundo na parede, apresentando várias informações estratégicas relacionadas a geopolítica e diplomacia. No centro da mesa, figuras simbólicas que representam os países do Core 5, com expressões de tensão e negociações a caminho. Ao fundo, um simbolismo político de controle e influência global, mostrando as complexidades das relações internacionais na era contemporânea.

No dia {hoje}, uma nova versão da Estratégia de Segurança Nacional (NSS) dos Estados Unidos atraiu a atenção global por propor a criação de um novo grupo de governança mundial composto por EUA, China, Rússia, Índia e Japão, uma coalizão que, segundo analistas, indica uma significativa mudança nas prioridades geopolíticas de Washington. O documento classificado, revelado recentemente, sugere um movimento deliberado dos EUA para se afastar das relações tradicionais com a Europa, país que, conforme destacado no relatório, é considerado amplamente irrelevante para os interesses americanos atuais. A informação foi divulgada pela Defense One, que também destacou que o novo foco dos EUA seria no Hemisfério Ocidental e na normalização das relações entre potências do Oriente Médio, como Israel e Arábia Saudita.

Os pontos levantados na NSS classificada não apenas refletem uma alteração estratégica nas prioridades da política exterior dos EUA, mas também trazem à tona questões sobre a segurança e a influência que os países europeus podem manter no cenário global. A lista de países com os quais os EUA deveriam "trabalhar mais" inclui Áustria, Hungria, Itália e Polônia, e é essa escolha que levanta sérias preocupações em torno da estabilidade da União Europeia. Há quem interprete essa escolha como uma manobra para reverter a influência da UE e ganhar terreno para potências políticas dentro do bloco que possuem interesses alinhados com os de Moscou e Pequim.

Desde o início do governo Trump, observa-se um padrão de comportamento cada vez mais autocrático das potências, e a proposta de criar o Core 5 é vista por muitos como uma tentativa de consolidar esse poder em detrimento da democracia liberal. A retórica sugere que essa mudança pode propiciar o fortalecimento de movimentos eurocéticos nas nações mencionadas, algo que poderia atenuar, ou até prejudicar, o papel da União Europeia no mundo contemporâneo.

Analistas políticos expressam preocupações sobre como essa nova estratégia pode afetar a dinâmica da segurança no continente europeu. A falta de uma política externa assertiva e coesa na UE, somada a um clima político cada vez mais fragmentado, pode abrir caminho para uma era de maior incerteza. Com a conflitante ação da Rússia na Ucrânia em destaque, muitos afirmam que tal proposta — se implementada — tornaria quase impossível uma resposta unificada da Europa diante de ameaças externas.

O documento classificado admite que a hegemonia americana nunca foi um objetivo alcançável e reflete sobre o fracasso da dominação global dos EUA, uma percepção que pressagia uma impotência crescente para os aliados tradicionais europeus. Esses fatores somados podem acelerar a revisão das alianças existentes, levando as nações europeias a considerar novas colaborações ou até mesmo coalizões desafiadoras, sob o risco de se tornarem irrelevantes em um mundo cada vez mais dominado por interesses estratégicos de produção e poder militar.

Enquanto as reações dos líderes europeus sobre a NSS ainda estão sendo aguardadas, as análises revelam que a atual administração americana parece estar voltada para uma agenda que privilegia acordos bilaterais e parcerias com governos que têm uma visão comum sobre a política externa, o que contrasta frontalmente com a ideia de cooperação multilateral que caracteriza a formação da União Europeia. Além disso, observa-se um alinhamento crescente dos interesses dos EUA com regimes autocráticos e iliberais, algo que, se não abordado de forma adequada, pode ter consequências desastrosas para a ordem liberal que sustentou a paz e a democracia no continente europeu.

A prevalência da análise sugere que a mudança nas prioridades da NSS pode fornecer um precedente inquietante sobre como os EUA abordam suas relações diplomáticas no futuro. Europa, que historicamente foi vista como um aliado forte, agora se vê em uma posição vulnerável, forçada a agir rapidamente para garantir que sua influência não apenas sobreviva, mas também prospere em um cenário global em constante mutação.

Com a execução da NSS e a exploração das preocupações sobre como lidar com países como a China, a Rússia e as nações emergentes do Oriente, a necessidade de cooperação entre os aliados europeus se torna cada vez mais clara. A medida que os desafios se acumulam, tanto os Estados Unidos quanto a Europa terão que reconsiderar suas trajetórias, uma vez que suas interações no campo da segurança e da diplomacia se revelam cada vez mais entrelaçadas. As apostas são altas e o tempo é curto para reconfigurar um planejamento que não apenas preserve os interesses americanos, mas que também garanta um futuro estável para as nações do Velho Continente.

Fontes: Defense One, The New York Times, Foreign Policy, Reuters

Resumo

A nova versão da Estratégia de Segurança Nacional (NSS) dos Estados Unidos, divulgada recentemente, sugere a formação de um novo grupo de governança global envolvendo EUA, China, Rússia, Índia e Japão, sinalizando uma mudança nas prioridades geopolíticas de Washington. O documento revela um afastamento das relações tradicionais com a Europa, considerada irrelevante para os interesses americanos atuais, e destaca um novo foco no Hemisfério Ocidental e na normalização das relações entre potências do Oriente Médio. A NSS levanta preocupações sobre a estabilidade da União Europeia, com uma lista de países prioritários que inclui Áustria, Hungria, Itália e Polônia. Analistas temem que essa mudança possa fortalecer movimentos eurocéticos e prejudicar a coesão da UE diante de ameaças externas, especialmente em um contexto de crescente fragmentação política. A administração americana parece estar se inclinando para acordos bilaterais, em contraste com a cooperação multilateral da UE, o que pode ter consequências desastrosas para a ordem liberal europeia. A Europa, agora em uma posição vulnerável, precisa agir rapidamente para garantir sua influência em um cenário global em transformação.

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