11/12/2025, 12:17
Autor: Ricardo Vasconcelos

No dia {hoje}, a dinamarquesa Serviço de Inteligência Nacional (PET) divulgou uma avaliação alarmante, apontando os Estados Unidos, sob a liderança do ex-presidente Donald Trump, como um risco significativo à segurança global. Nesse contexto, a avaliação se tornou um dos mais fortes avisos emitidos por um serviço de inteligência europeu acerca da superpotência, refletindo um crescente descontentamento em relação à política externa dos EUA e suas implicações para aliados tradicionais.
Durante seu mandato, Trump provocou fricções com diversos países, com uma abordagem que frequentemente utilizava a ameaça de sanções econômicas e, em última instância, o uso da força militar, mesmo contra nações aliadas. Um exemplo destacado na avaliação dinamarquesa envolve a tentativa dos Estados Unidos de assegurar o controle da Groenlândia, fato que gerou descontentamento em Copenhague e foi amplamente interpretado como uma manobra imperialista. Essa política de pressão tem desencadeado uma onda de insegurança entre os aliados europeus, desencadeando reações na esfera da política de defesa e inteligência.
A comunidade internacional tem demonstrado preocupação crescente com o ambiente de segurança que os Estados Unidos propuseram, especialmente com a maneira como suas ações têm sido percebidas como ameaças diretas à autonomia dos países aliados. Em uma análise contundente, a avaliação observou que, além de desviar investimentos em segurança, haverá consequências se a retórica agressiva continuar a prevalecer. No mês passado, a inteligência holandesa decidiu interromper a partilha de informações com os EUA devido a interferências políticas e preocupações com o respeito aos direitos humanos.
Os comentários que surgiram em resposta a essa avaliação refletem um sentimento profundo de desapontamento e frustração de parte da população americana em relação à política externa do seu país. Muitos expressam ceticismo quanto à capacidade dos Estados Unidos de reconstruir relações de confiança com aliados tradicionais. Um comentarista, por exemplo, afirmou que a habilidade dos Estados Unidos de se posicionar como um líder global está em risco, uma vez que a desconfiança já prevalece. "Como é que alguém vai confiar na gente de novo?", indagou um comentarista, aludindo a um sentimento generalizado de desilusão com a política internacional do país.
O medo expressado pelos cidadãos reflete preocupações mais amplas com a segurança nacional e a eficácia das políticas do governo. Enquanto os Estados Unidos buscam reafirmar sua posição no cenário global, a diplomacia tem sido tumultuada, com desavenças recentes entre Washington e seus aliados. As relações transatlânticas, fundamentais para a segurança europeia, foram testadas ao limite, e muitos analistas acreditam que isso pode levar a uma queda na influência americana e um aumento na solidariedade entre os países europeus que buscam garantir sua própria segurança.
Esse novo clima de incerteza também se estende às relações dos Estados Unidos com outras nações. Críticos citam que, em menos de um ano, diversas ameaças foram direcionadas por Washington a países como o Canadá, México e Venezuela, uma indicativa de que a postura agressiva pode perdurar, impactando alianças cruciais. O crescimento do alinhamento dos EUA com países como Rússia e China suscita ainda mais apreensão, levando muitos a questionar se o país está se afastando dos seus aliados tradicionais de maneira irreversível.
É essencial observar que a nova avaliação da inteligência dinamarquesa não apenas revela um problema de percepção internacional, mas indica uma crise de identidade para os Estados Unidos no cenário global. Existe a preocupação de que as políticas de Trump tenham deixado um legado de desconfiança, complicando futuras interações com aliados que historicamente dependeram de Washington em questões de segurança. Como ressaltam os especialistas, a chave para o futuro será a capacidade do governo americano de restabelecer a confiança e evitar que este ciclo de insegurança se perpetue.
A situação atual chama não apenas atenção ao papel dos Estados Unidos na cena internacional, mas levanta questões mais amplas sobre a natureza da política externa e do princípio de um mundo multipolar, onde as velhas regras de diplomacia estão rapidamente perdendo relevância. A avaliação dinamarquesa é uma advertência de que o tempo da complacência passou e que uma recalibração das relações internacionais é necessária para evitar um futuro ainda mais caótico e inseguro.
Fontes: The Guardian, BBC, CNN, Agência France-Presse
Detalhes
Donald Trump é um empresário e político americano que serviu como o 45º presidente dos Estados Unidos de janeiro de 2017 a janeiro de 2021. Conhecido por seu estilo de liderança controverso e políticas populistas, Trump implementou uma agenda de "América Primeiro", que incluiu a renegociação de acordos comerciais e uma postura agressiva em relação a imigração e política externa. Seu mandato foi marcado por divisões políticas profundas e um impeachment em 2019, sendo o primeiro presidente a ser impeachado duas vezes.
Resumo
A Serviço de Inteligência Nacional da Dinamarca (PET) divulgou uma avaliação preocupante, classificando os Estados Unidos sob a liderança do ex-presidente Donald Trump como um risco significativo à segurança global. O relatório destaca a crescente insatisfação com a política externa americana, que tem gerado descontentamento entre aliados tradicionais, especialmente em relação à abordagem agressiva de Trump, que incluiu ameaças de sanções e o uso da força militar. A tentativa dos EUA de controlar a Groenlândia é um exemplo de como essa política imperialista tem causado insegurança entre os aliados europeus. A inteligência holandesa já interrompeu a partilha de informações com os EUA devido a preocupações sobre direitos humanos. A avaliação também reflete o desapontamento da população americana com a política externa do país, levantando questões sobre a capacidade dos EUA de restabelecer relações de confiança. Especialistas alertam que a crise de identidade dos Estados Unidos no cenário global pode ter consequências duradouras, e a necessidade de recalibrar as relações internacionais se torna urgente para evitar um futuro caótico.
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