Copom analisa manutenção da SELIC a 15% e expectativas para 2026

O Comitê de Política Monetária se reúne novamente em novembro, enquanto a SELIC se mantém em 15%, levantando questões sobre seu futuro e a economia brasileira.

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21/09/2025, 14:31

Autor: Ricardo Vasconcelos

Uma imagem vibrante e expressiva de uma reunião do Comitê de Política Monetária, com membros debatendo em torno de uma mesa enquanto gráficos de inflação e indicadores econômicos são projetados na tela ao fundo. A sala está cheia de energia, com expressões de expectativa e entusiasmo entre os participantes, simbolizando a importância das decisões que estão prestes a ser tomadas. O ambiente é tenso, mas esperançoso, representando o impacto das taxas de juros na economia.

A taxa básica de juros brasileira, conhecida como SELIC, atualmente fixada em 15%, continua a ser o centro das atenções no cenário econômico nacional. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para os dias 4 e 5 de novembro, promete ser um marco importante, não apenas para investidores e economistas, mas para toda a população que sente os efeitos das decisões de política monetária nas suas finanças pessoais. O Copom é o órgão responsável por definir as diretrizes que afetam a economia do Brasil, incluindo o aumento ou a diminuição da SELIC, que é fundamental na condução da inflação e no crescimento econômico.

Enquanto muitos especialistas apostam que a taxa permanecerá inalterada até que a inflação se encaixe dentro do teto estabelecido de 4,5% – o que deve acontecer, segundo previsões, em fevereiro ou março de 2026 –, há incertezas sobre o que pode ocorrer antes disso. Esses fatores incluem a volatilidade da economia global, as decisões do Federal Reserve (Fed) dos EUA e a dinâmica interna da economia brasileira, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.

De acordo com algumas análises, a SELIC pode se manter elevada por algum tempo, evitando queda antes do final deste ano. O ano eleitoral tende a influenciar a política econômica, pois pressões para mostrar resultados positivos podem levar a uma “maquiagem” da economia, com empregos em alta e crédito mais acessível favorecendo uma narrativa otimista para os eleitores. Para alguns, isso justifica a expectativa de que a SELIC possa ser reduzida ao longo do ano que vem.

Entretanto, a complexidade da previsão da SELIC é evidente nas opiniões de analistas e economistas. Alguns afirmam que a taxa deve continuar alta enquanto o governo não demonstrar um comprometimento sério com o controle fiscal e a melhoria das contas públicas. Dessa forma, a SELIC poderia até mesmo aumentar se as incertezas econômicas se agravarem. Como mencionou um dos comentaristas sobre suas previsões, a taxa será mantida a 15% até que ocorra uma mudança significativa, seja para cima ou para baixo.

A próxima reunião do Copom será crucial, pois as decisões tomadas ali terão um grande impacto sobre as expectativas do mercado e do cidadão comum. Há a possibilidade de que, dependendo do cenário interno e externo, os próximos passos possam incluir uma queda mais gradual, ao invés de grandes mudanças intempestivas.

“Com inflação ainda não controlada, risco fiscal alto e um possível cenário de instabilidade econômica à frente, a SELIC pode permanecer alta até 2026, especialmente se o governo não controlar os gastos”, alertou um especialista em economia. Ele enfatiza que decisões sobre a taxa de juros estão profundamente ligadas ao comportamento dos gastos do governo, que historicamente aumentam em anos eleitorais. Portanto, esse é um ponto que investidores e consumidores devem observar de perto.

Outro aspecto relevante é o impacto das taxas de juros internacionais sobre a economia brasileira. Se os juros nos EUA continuarem a cair, isso poderia facilitar uma redução da SELIC no Brasil, desde que a inflação local esteja sob controle. No entanto, tais previsões são frequentemente incertas e repletas de variáveis imprevisíveis. “A SELIC pode cair, mas isso depende de muitos fatores, incluindo a recuperação econômica global e o controle fiscal interno”, disse um investidor.

Os comentários em relação ao futuro da taxa se dispersam em uma variedade de perspectivas, com muitos ressaltando a dificuldade de se prever a SELIC como se faz com a taxa do dólar ou as tendências de inflação. Essas limitações reforçam a necessidade de monitoramento constante das influências econômicas e políticas, tanto nacionais quanto internacionais, que podem afetar as decisões do Copom.

Por fim, enquanto o país se prepara para a próxima reunião do Copom, uma variedade de sentimentos e expectativas permeia o cenário financeiro, ressaltando a importância do acompanhamento dessas discussões, não apenas para economistas, mas para todos que desejam entender como as decisões políticas e econômicas impactam diretamente suas vidas. A constante tensão entre pressão política e responsabilidade fiscal se destaca como a grande narrativa que moldará as ações futuras em relação à SELIC e, consequentemente, ao bem-estar econômico da população.

Fontes: Infomoney, Clube dos Poupadores, Folha de São Paulo, Estadão

Resumo

A taxa básica de juros brasileira, a SELIC, atualmente em 15%, é o foco das atenções econômicas, especialmente com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 4 e 5 de novembro. Essa reunião é crucial, pois as decisões tomadas afetarão a economia e as finanças pessoais da população. Especialistas acreditam que a taxa deve permanecer inalterada até que a inflação se ajuste ao teto de 4,5%, previsto para 2026, mas incertezas globais e internas podem influenciar essa expectativa. A pressão política, especialmente em ano eleitoral, pode levar a uma "maquiagem" econômica, com tentativas de apresentar resultados positivos. No entanto, a falta de comprometimento fiscal do governo pode manter a SELIC elevada. A próxima reunião do Copom será decisiva, pois as decisões impactarão as expectativas do mercado e da população. O comportamento das taxas de juros internacionais também pode influenciar a SELIC, mas as previsões são incertas, exigindo monitoramento constante das variáveis econômicas e políticas.

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