07/09/2025, 21:01
Autor: Felipe Rocha
Nos bastidores da indústria da música, um mundo peculiar se desenrola nos riders de artistas, a lista de exigências que cada banda ou cantor apresenta para garantir seu conforto durante as turnês. Hoje, essa prática ganha destaque por meio de algumas revelações que vêm sendo compartilhadas, com artistas fazendo pedidos que variam de estranhos a hilários. Os riders, que são contratos com cláusulas de alimentação, bebida e outros confortos, revelam o lado divertido e excêntrico das estrelas, além de propor uma reflexão sobre a natureza do show business.
Por um lado, muitas exigências podem parecer extravagantes. Um usuário de redes sociais compartilhou a sua experiência de trabalhar para uma empresa que contratou bandas famosas, mencionando que um dos riders de um artista desejava macarrão perfeitamente cozido, evitando a famosa “massa mole e sem graça”. Tal pedido destaca a atenção especial de alguns artistas aos detalhes, algo que pode ser visto como uma forma de garantir que suas preferências pessoais estão sendo cumpridas. Contudo, também remete a uma cultura cada vez mais aderente a padrões de qualidade, mesmo em aspectos simples como comida.
A cultura dos riders chegou a aventuras inusitadas. Um caso famoso envolve o Van Halen, cuja cláusula de não aceitação de M&Ms marrons não era apenas uma mania, mas uma verdadeira verificação de segurança. O artista utilizava a exigência como um teste para saber se os promotores estavam prestando atenção aos detalhes importantes de sua produção ou se estavam, de fato, negligenciando a logística necessária para um show seguro e eficaz. Essa forma de humor ácido traz à tona o estereótipo do artista exigente, ao mesmo tempo que revela a seriedade com que muitos músicos encararam as dificuldades e os desafios de se apresentar ao vivo.
Além disso, os riders também têm contornos de peculiaridade, como citado nas mensagens compartilhadas, onde Grace Jones, por exemplo, pediu ostras que ela mesma abriria. Isso não só mostra um gosto sofisticado, mas é também um testemunho da autoconfiança que os artistas muitas vezes possuem. Risco e excentricidade andam lado a lado nesse universo; afinal, há quem se lembre de um pedido inusitado do Seal para que uma morena de um clube de strip local estivesse disponível durante suas apresentações.
Por outro lado, há pedidos que refletem a necessidade básica e cuidados de saúde. Um artista perguntou por chá de açafrão e outras opções que agradem a voz, evidenciando o entendimento de que a saúde e o bem-estar são primordiais em um circuito onde o desempenho ao vivo é crítico. Por outro lado, outro pedido se destacou pela revelação de que os artistas podem ainda ter uma relação um tanto quanto ostentadora com a bebida, como o exemplo de um rider que exigia um número excessivo de refrigerantes e águas engarrafadas, refletindo as realidades dessa vida itinerante.
Além das exigências alimentares, também surgem questões sobre conforto e necessidades práticas. A sensação de que os artistas esperam muito em termos de conforto e segurança na hora de se apresentar é frequentemente questionada pelos trabalhadores da indústria, que comentam sobre a “dor de cabeça” que algumas exigências podem gerar. Comentários sobre celebridades pedindo, por exemplo, aquecedores de lenços umedecidos ou produtos difíceis de encontrar em mercados locais mostram que a demanda por serviços exclusivos pode ser alta, mas a realidade de cumpri-los é um desafio.
Em um contexto ainda mais cômico, relatos sobre pedidos de itens como um ímã de geladeira e até esqueletos de macacos lembram que há um lado absurdamente divertido na vida das turnês. Entre as histórias de bastidores, uma se destaca: a busca apressada por M&Ms marrons durante uma apresentação na qual Ozzy Osbourne se apresentava, onde o relato transformou-se em uma verdadeira aventura. Essas narrativas não apenas divertem, mas também humanizam as estrelas, mostrando que elas também têm suas manias e exigências particulares, como qualquer outra pessoa.
Essas peculiaridades em riders e exigências continuam a ser fonte de curiosidade e diversão, revelando um lado da cultura pop que, por mais excêntrico que possa parecer, acaba moldando o modo como o entretenimento é consumido e produzido. As turnês e os bastidores nos mostram que o que acontece por trás das cortinas é muitas vezes tão intrigante quanto as performances em si, e que as exigências dos artistas vão muito além do convencional. Assim, esses pedidos fazem parte de um tópico rico para a discussão sobre a dinâmica histórica entre estrelas da música e suas exigências, em um setor que tende a cada vez mais se tornar sofisticado e peculiar.
Fontes: Folha de São Paulo, Billboard, Rolling Stone
Resumo
Nos bastidores da indústria da música, os riders dos artistas, que são listas de exigências para garantir seu conforto durante as turnês, têm ganhado destaque. Essas solicitações variam de estranhas a hilárias, refletindo a personalidade dos artistas e as exigências do show business. Um exemplo curioso é o pedido de um artista por macarrão perfeitamente cozido, o que demonstra a atenção aos detalhes. A famosa cláusula do Van Halen sobre M&Ms marrons servia como um teste de segurança, revelando a seriedade por trás das exigências. Outros pedidos, como o de Grace Jones por ostras que ela mesma abriria, mostram a autoconfiança dos artistas. Além disso, muitos riders incluem itens que refletem preocupações com a saúde, como chá de açafrão. No entanto, também há pedidos que podem ser considerados excessivos, como a demanda por refrigerantes e águas engarrafadas. Essas peculiaridades em riders continuam a intrigar e divertir, revelando um lado excêntrico da cultura pop que molda a experiência do entretenimento.
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