Camboja registra 252 sequestros de coreanos em 2023 alarmando autoridades

Relatório indica crescimento alarmante de sequestros relacionados a ofertas de emprego fraudulentas, afetando turistas coreanos e revelando grave problema de tráfico humano.

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15/10/2025, 00:06

Autor: Felipe Rocha

Uma imagem de um grupo de pessoas em frente a um centro urbano em Phnom Penh, Camboja, com expressões de preocupação e desespero. O fundo é uma mistura de arranha-céus modernos e pobreza evidente, simbolizando o contraste entre o apelo do turismo e os problemas ocultos do tráfico humano.

Um recente relatório trouxe à tona uma situação alarmante no Camboja, revelando que 252 cidadãos coreanos foram sequestrados durante o ano de 2023, atraídos por ofertas de emprego tentadoras, mas falsas. Este fenômeno não é isolado e destaca um problema crescente de tráfico humano e exploração que vem se intensificando nos últimos anos na região do Sudeste Asiático. As ofertas de emprego "boas demais para serem verdade" têm sido uma armadilha para muitas vítimas, que acabam sendo forçadas a participar de esquemas de golpes, principalmente voltados para a Coreia do Sul e China, sob forte coação.

Um dos principais desafios enfrentados pelos sequestradores é a barreira linguística. Os criminosos muitas vezes utilizam pessoas que falam inglês e outras línguas, mas focam em cidadãos de países que possuem conhecimento de coreano e chinês, facilitando assim as operações ilícitas. Os relatos indicam que a maioria das organizações envolvidas neste tráfico humano é gerida por indivíduos chineses, com um crescente número de denúncias de práticas violentas durante a coação das vítimas. Muitas delas são forçadas a trabalhar em centros de fraude, especificamente conhecidos por suas táticas brutais de engano, que poderiam se assemelhar a "golpes de abate de porcos", segundo comentários de cidadãos preocupados.

Além disso, um panorama mais sombrio é apresentado: a crescente pressão da China sobre os países do Sudeste Asiático para tolerarem tais crimes, que muitas vezes são vistos como uma invasão disfarçada, levantando questões acerca da segurança e do turismo regional. Os turistas estão cada vez mais conscientes da possibilidade de se tornarem alvos, gerando preocupações com a segurança no Camboja e nas nações vizinhas, especialmente pelo receio de que tais ações possam impactar drasticamente a indústria do turismo, vital para a economia local.

Segundo cálculos recentes, cerca de 200.000 pessoas são vítimas do tráfico humano em várias formas relacionadas a fraudes ao longo do Sudeste Asiático, apontando para um ineficaz combate a esta crise humana. As autoridades têm enfrentado críticas pela passividade em lidar com o problema, especialmente considerando que muitos casos não são relatados devido ao medo ou à desconfiança generalizada em relação à polícia local, vista muitas vezes como cúmplice dessas operações criminosas.

Para muitos cidadãos, as razões pelas quais as vítimas caem nessas armadilhas variam entre a desesperança e a ingenuidade, refletindo uma realidade complexa que é difícil de simplificar. Em muitos casos, as ofertas de emprego são tão atraentes que se tornam irresistíveis, levando pessoas a viajarem com falsas promessas de prosperidade e dignidade, apenas para serem catapultadas para uma realidade de exploração. Relatos destacam que, mesmo dentro da estrutura legal, a capacidade de realizar intervenções efetivas e garantir a segurança dos cidadãos é questionável.

Em resposta a essa crise, alguns países, incluindo a Coreia do Sul, estão considerando agir, levando em conta tanto a possibilidade de cortes de ajuda financeira ao Camboja quanto a mobilização de forças militares para resgatar seus cidadãos. A tensão internacional cresce conforme as autoridades coreanas tentam pressionar o governo cambojano para que tome medidas mais rigorosas contra tais práticas, enquanto os cidadãos esperam por soluções que ainda parecem distantes.

A combinação de insegurança local e a escalada das operações de sequestro se convertendo em uma preocupação crescente entre turistas e viajantes faz soar alarmes sobre a necessidade urgente de uma resposta internacional coordenada para enfrentar esse crime transnacional que não apenas afeta a integridade humana, mas também o futuro econômico da região. As autoridades estão sob pressão contínua para enfrentar esses desafios e restabelecer a confiança no turismo, uma parte essencial da economia cambojana, antes que seja tarde demais.

Fontes: BBC, Al Jazeera, The Guardian

Detalhes

Camboja

O Camboja é um país localizado no Sudeste Asiático, conhecido por sua rica história e cultura, incluindo os famosos templos de Angkor Wat. Sua economia é fortemente dependente do turismo, agricultura e manufatura. No entanto, o país enfrenta desafios significativos, como corrupção, pobreza e tráfico humano, que afetam o bem-estar de sua população e a segurança de visitantes.

Resumo

Um relatório recente revelou que 252 cidadãos coreanos foram sequestrados no Camboja em 2023, atraídos por ofertas de emprego falsas, destacando um aumento preocupante no tráfico humano na região do Sudeste Asiático. As vítimas, muitas vezes forçadas a participar de esquemas de golpes, enfrentam coação violenta, com a maioria das organizações criminosas sendo geridas por indivíduos chineses. A barreira linguística facilita as operações, pois os sequestradores frequentemente utilizam pessoas que falam coreano e chinês. A crescente pressão da China sobre os países da região para tolerarem esses crimes levanta questões sobre segurança e turismo, com turistas se tornando alvos potenciais. Estima-se que 200.000 pessoas sejam vítimas de tráfico humano no Sudeste Asiático, e as autoridades enfrentam críticas pela ineficácia em combater o problema. Enquanto isso, a Coreia do Sul considera ações, incluindo cortes de ajuda financeira ao Camboja e mobilização militar para resgatar seus cidadãos. A combinação de insegurança e sequestros representa uma preocupação crescente, exigindo uma resposta internacional coordenada para proteger as vítimas e a economia local.

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