31/12/2025, 16:21
Autor: Felipe Rocha

O Brasil continua sua trajetória na implementação da tecnologia 5G, uma evolução significativa nas telecomunicações, que promete maior velocidade e conectividade. Entretanto, a realidade revelada por diversos usuários e especialistas indica que a cobertura ainda é insuficiente em várias regiões do país, especialmente em áreas remotas e em rodovias. Comentários recentes de cidadãos apontam uma série de lacunas na cobertura de sinal, com muitos usuários lamentando a falta de infraestrutura necessária para suportar a nova tecnologia. Enquanto algumas regiões urbanas já desfrutam das vantagens do 5G, a situação é bem diferente em áreas rurais e regiões menos desenvolvidas.
Uma das vozes críticas destaca a dificuldade de receber sinal, mesmo em rodovias movimentadas como a BR-116, que conecta importantes cidades do sul ao nordeste brasileiro. A frustração é palpável entre os motoristas que, em momentos de necessidade, sentem a insegurança de não conseguir enviar mensagens em situações de emergência. Em 2024, expectativas de cobertura 5G se mostram irregulares, com moradores de localidades como Altamira, no Pará, expressando ceticismo sobre a possibilidade de acessar a nova tecnologia em plena floresta amazônica, onde a conectividade básica já é um desafio.
Ainda mais alarmante é o panorama que se apresenta em relação às torres de sinal. Comentários sugerem que a forma como a cobertura 5G é apresentada pode ser enganosa. Algumas pessoas levantam a questão da medição de cobertura, que seria feita levando em consideração áreas urbanas inteiras, sem levar em conta a funcionalidade real das torres de sinal. Se a maioria dessas torres não estiver operando ou se localizadas em pontos isolados, o potencial de conectividade para a população continua comprometido. A Anatel, a agência reguladora de telecomunicações do Brasil, frequentemente atualiza suas informações sobre a cobertura, mas a desconfiança em relação à precisão desses dados persiste.
Uma das empresas que se destaca no setor, a Brisanet, recente vencedora do leilão para expansão da cobertura 5G no nordeste brasileiro, também está no foco das discussões. Embora a prioridade de implementação da empresa possa inicialmente ser para o Ceará, muitos usuários questionam se a telecomunicação realmente levará conectividade de qualidade para áreas necessitadas de infraestrutura básica. Enquanto a região nordeste espera avanços, a disparidade na cobertura entre as diferentes regiões do Brasil continua a ser um ponto sensível. A expectativa é que a expansão da tecnologia traga benefícios significativos, mas esses avanços ainda estão longe de serem uma certeza.
Além disso, a questão do custo do 5G gera um debate importante. Embora a tecnologia possa oferecer velocidades rápidas, muitos acham que os planos oferecidos são excessivamente caros e que a necessidade real do 5G não se justifica em seu cotidiano. Um internauta comentou que, para o uso básico — como checar e-mails ou acessar redes sociais — a velocidade do 4G ainda é mais que suficiente, tornando a ativação do 5G desnecessária, especialmente considerando o consumo adicional de bateria e dados.
Enquanto isso, a esperança de que a tecnologia 5G possa revolucionar áreas como educação, saúde e agronegócio parece adiar. O setor público e as empresas precisam se unir para tornar a infraestrutura necessária uma realidade acessível a todos os cidadãos. A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas para que cumpra seu papel transformador, é essencial que o Brasil enfrente as lacunas de sinal e conectividade com ação eficaz.
Diante desse cenário complexo, a implementação do 5G no Brasil se mostra não apenas como um avanço tecnológico, mas também como um desafio de inclusão. Para que todos possam se beneficiar de uma nova era digital, as agências reguladoras, empresas de telecomunicações e o governo precisam colaborar e garantir que, independentemente da localização, cada cidadão tenha acesso a um sinal de qualidade e que suporte essa nova era de conectividade. Afinal, a verdadeira eficácia da tecnologia 5G não será medida apenas pelas promessas de alta velocidade, mas sim pela sua capacidade de conectar todos os brasileiros, em todas as partes do país, de maneira justa e acessível.
Fontes: Folha de São Paulo, Anatel, sites sobre tecnologia
Detalhes
A Brisanet é uma operadora de telecomunicações brasileira, conhecida por oferecer serviços de internet banda larga, telefonia fixa e móvel. Recentemente, a empresa ganhou destaque ao vencer o leilão para expansão da cobertura 5G no nordeste do Brasil. Com sede em Ceará, a Brisanet tem se esforçado para melhorar a conectividade em regiões menos atendidas, embora enfrente desafios relacionados à infraestrutura e à qualidade do serviço.
Resumo
O Brasil avança na implementação da tecnologia 5G, prometendo maior velocidade e conectividade. No entanto, usuários e especialistas apontam que a cobertura ainda é insuficiente, especialmente em áreas remotas e rodovias. Motoristas na BR-116 relatam dificuldades em receber sinal, o que gera insegurança em situações de emergência. Em 2024, a expectativa de cobertura 5G é irregular, com moradores de locais como Altamira, no Pará, céticos quanto ao acesso à nova tecnologia. Críticas também surgem sobre a medição da cobertura, que pode ser enganosa se considerar apenas áreas urbanas. A Brisanet, vencedora do leilão para expansão da cobertura no nordeste, enfrenta questionamentos sobre sua capacidade de fornecer conectividade de qualidade. Além disso, o alto custo dos planos de 5G gera debate, com muitos usuários considerando o 4G suficiente para suas necessidades. A implementação do 5G no Brasil é vista como um desafio de inclusão, exigindo colaboração entre agências reguladoras, empresas e o governo para garantir acesso a todos os cidadãos.
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