Atlético-MG demite fisioterapeutas por assédio sexual e moral em 2023

O Atlético-MG demitiu três fisioterapeutas por assédio sexual e moral, após denúncia de uma funcionária que enfrentou humilhações e perseguições.

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26/08/2025, 21:11

Autor: Laura Mendes

Uma cena tensa em um ambiente de trabalho, com uma mulher demonstrando desconforto ao receber olhares avaliativos, cercada por homens de aparência autoritária e desinteressada, com uma mesa bagunçada ao fundo, representando desorganização e falta de respeito. O ambiente deve ser sombrio e opressivo, simbolizando a tensão e a pressão de uma situação de assédio no trabalho.

O Atlético Mineiro, um dos clubes mais tradicionais do Brasil, tomou medidas drásticas ao demitir três fisioterapeutas por assédio sexual e moral contra uma funcionária. O episódio, que ocorreu em agosto de 2023, ganhou destaque após a funcionária denunciar ter sido alvo de perseguições e humilhações, tendo sua privacidade violada por vídeos vergonhosos e mensagens de contenção. A situação foi tão grave que a vítima teve que enfrentar reviravoltas emocionais e profissionais que impactaram sua vida pessoal e carreira.

A denúncia feita pela residente de fisioterapia expôs uma trama chocante que envolveu a disseminação de um vídeo pornográfico editado que utilizava um áudio tirado de uma publicação dela nas redes sociais. Esse conteúdo foi compartilhado entre funcionários e até atletas menores de idade do clube, causando constrangimento e degradação de sua reputação dentro do ambiente de trabalho. De acordo com os relatos, após denunciar o caso ao setor de recursos humanos, a funcionária experimentou isolamento e foi alvo de piadas depreciativas por parte dos colegas. Um dos fisioterapeutas envolvidos chegou a fazer tentativas de coação, aparecendo em lugares onde a vítima estava e enviando mensagens com frequência, enfatizando uma situação de constante assédio moral.

Diante da gravidade das acusações e das evidências apresentadas, a diretoria do Atlético-MG decidiu por uma demissão por justa causa dos fisioterapeutas Gustavo Braga, Marcelo Saliba e Silvanio Signoretti Jr. A atitude da direção foi considerada necessária para lidar com o escândalo e demonstrar que o clube não tolerava comportamentos abusivos. Embora a demissão tenha sido um passo positivo, gerou discussão sobre a adequação da indenização oferecida à vítima. O clube fez um acordo de R$ 10 mil, um valor que muitos consideraram baixo em comparação com a gravidade do ocorrido. Essa quantia foi alvo de críticas, pois muitos acreditam que não representa a dor emocional e as consequências sofridas pela mulher.

Além disso, o ex-chefe do departamento de fisioterapia, Marcelo Saliba, entrou com uma ação exigindo R$ 223 mil de indenização, argumentando que não tinha envolvimento na criação do vídeo e que havia tomado providências assim que sua atenção foi chamada para o problema. Contudo, a Justiça de Minas Gerais, em primeira instância, manteve a demissão por justa causa, reconhecendo a conivência e a omissão do ex-chefe, o que levantou preocupações sobre a responsabilidade dos superiores em contextos onde o assédio ocorre.

Essa situação levanta questões não apenas sobre a responsabilidade individual dos acusados, mas também a respeito das falhas sistêmicas dentro do ambiente de trabalho no futebol, um setor comumente permeado por uma cultura de poder e machismo. Os relatos de assédio moral na fisioterapia esportiva não são novidades, como é evidenciado por outras vozes que se manifestaram sobre suas experiências no ambiente de trabalho relacionado a clubes. O testemunho de ex-estagiários e profissionais que também enfrentaram humilhações e pressão por parte de colegas e gestores ressalta um padrão que precisa ser abordado com seriedade.

À medida que os casos se desdobram e a justiça avança, o papel do Atlético-MG como uma instituição comprometida com a ética e o respeito deve ser questionado. As demissões e o público reconhecimento dos erros são passos importantes, mas é essencial que se vá além, promovendo mudanças reais nas práticas e políticas internas. Estabelecer protocolos claros de prevenção e treinamento sobre assédio sexual e moral é crucial para garantir que outros não enfrente situações semelhantes no futuro. A pressão social e a opinião pública devem continuar a influenciar a evolução das práticas dentro do setor esportivo, assegurando que a dignidade e o respeito das funcionárias sejam sempre priorizados.

As discussões em torno deste escândalo revelam uma necessidade urgente de mudança não apenas no Atlético-MG, mas em toda a indústria esportiva, onde casos de assédio ainda persistem. Seguir com resoluções que garantam um ambiente saudável para todos os trabalhadores deve ser uma prioridade, e as vozes da sociedade civil precisam ser ouvidas e atendidas para que casos semelhantes possam ser prevenidos no futuro, criando uma cultura de respeito e igualdade em todos os aspectos da vida profissional.

Fontes: Globo Esporte, UOL, ESPN Brasil, O Tempo

Detalhes

Atlético Mineiro

O Atlético Mineiro, fundado em 1908, é um dos clubes de futebol mais tradicionais e vitoriosos do Brasil, conhecido por sua rica história e fervorosa torcida. Com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, o clube conquistou diversos títulos nacionais e internacionais, incluindo a Copa do Brasil e a Copa Libertadores. O Atlético é reconhecido por sua paixão pelo futebol e por ser um importante símbolo esportivo na região.

Resumo

O Atlético Mineiro demitiu três fisioterapeutas por assédio sexual e moral após uma funcionária denunciar perseguições e humilhações, incluindo a violação de sua privacidade por meio de vídeos e mensagens. O caso, que ocorreu em agosto de 2023, expôs a disseminação de um vídeo pornográfico editado que usava um áudio da funcionária, causando constrangimento e degradação de sua reputação. Após a denúncia, a vítima enfrentou isolamento e piadas depreciativas, enquanto um dos fisioterapeutas tentou coagi-la. A diretoria do clube decidiu pela demissão por justa causa dos fisioterapeutas envolvidos, mas a indenização de R$ 10 mil oferecida à vítima foi considerada baixa. O ex-chefe do departamento de fisioterapia, Marcelo Saliba, processou o clube por R$ 223 mil, alegando não ter envolvimento no caso, mas a Justiça manteve sua demissão. O escândalo levanta questões sobre a cultura de poder e machismo no futebol e a necessidade de mudanças nas práticas e políticas internas para prevenir assédio.

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