Afeganistão enfrenta colapso nos serviços de celular e internet após ordem do Talibã

Serviços essenciais de celular e internet no Afeganistão colapsam, gerando angústia em famílias que dependem da comunicação com parentes no país.

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01/10/2025, 09:51

Autor: Felipe Rocha

Uma representação impactante da crise no Afeganistão, mostrando um deserto vazio com torres de celulares ao fundo, simbolizando a desconexão. Em primeiro plano, um grupo de afegãos aflitos tenta se comunicar sem sucesso, retratando a falta de acesso à tecnologia e comunicação. Cores sombrias e expressões de desespero ajudam a intensificar a cena.

Nos últimos dias, o Afeganistão tem visto uma severa queda nos serviços de celular e internet, um reflexo das ordens emitidas pelo governo do Talibã, que, sob a premissa de restaurar a ordem, tomou medidas drásticas que têm afetado severamente a comunicação e o acesso à informação na nação. Essa situação tem causado desespero entre muitos afegãos que dependem da tecnologia para se comunicarem com entes queridos que se encontram em uma situação vulnerável, especialmente os que sofrem de problemas de saúde e carecem de suporte financeiro.

Os relatos indicam que há mais de dois dias a população enfrenta dificuldades em estabelecer qualquer tipo de contato, o que tem gerado insegurança e angústia. Uma das preocupações mais ressaltadas é a de pessoas impossibilitadas de se comunicar com familiares doentes, que dependem do auxílio financeiro de parentes que vivem no exterior. A crise atual acentuou a sensação de isolamento e impotência em um país que já enfrenta desafios significativos desde a ascensão do Talibã ao poder.

Além das questões de comunicação, a situação no Afeganistão levanta questões mais amplas sobre direitos humanos e a liberdade de expressão sob o regime do Talibã. A falta de acesso à internet e à tecnologia não apenas limita as comunicações pessoais, mas também inibe o fluxo de informações e a capacidade da população de engajar-se em questões sociais e políticas. Especialistas reconhecem que o bloqueio e a desativação de serviços de internet e celular são estratégias deliberadas para controlar a informação e silenciar desaprovações, complicando ainda mais a já tumultuada vida diária dos afegãos.

Recentemente, especialistas em política internacional compararam a situação afegã àquela vivida na Coreia do Norte, onde a repressão ao acesso à informação é uma prática comum utilizada pelo regime para manter o controle sobre a população. O contraste entre os dois países, no entanto, é complexo; enquanto a Coreia do Norte possui uma infraestrutura tecnológica voltada para suas necessidades estatais, o Afeganistão, por outro lado, tem uma infraestrutura debilitada e dependente de investimentos externos e apoio internacional.

Além disso, os comentários que circulam nas redes sociais destacam o desânimo generalizado em relação ao governo do Talibã, com muitos questionando a validade das alegações sobre um Talibã "progressista". O fato de que tais alegações têm sido desmentidas pela realidade vivida pela população demonstra a fragilidade das promessas feitas pelo regime. O resgate da ordem através do isolamento da população está sendo recebido com ceticismo, especialmente em um país que ainda lida com os resquícios de duas décadas de conflito e instabilidade política.

Enquanto isso, o mundo observa de perto o desenrolar dessa situação, com a pressão internacional crescendo para que o governo do Talibã respeite os direitos humanos e garanta a liberdade de comunicação. A próxima ação da comunidade internacional ainda é incerta; muitos se perguntam se a história tende a se repetir, como no passado, onde intervenções e tentativas de resolver questões nacionais muitas vezes resultaram em um agravamento da situação social e política.

No contexto atual, a população afegã se vê sozinha, sem garantias de que a ajuda externa será suficiente ou mesmo viável. Há uma clara percepção de que, a fim de reverter a atual situação, será necessário um esforço interno da população, mas isso levanta questões sobre como as pessoas podem agir em um ambiente tão controlado e repressivo.

Em suma, a drástica queda nos serviços de celular e internet no Afeganistão, impulsionada por ordens do Talibã, não é um mero problema de comunicação; é um reflexo de uma luta mais profunda pela liberdade e dignidade humana. A complexidade da situação ainda requer uma análise cuidadosa e a construção de um diálogo efetivo sobre o futuro do país e de sua população, que busca desesperadamente restabelecer conexões - tanto pessoais quanto com o mundo exterior.

Fontes: BBC, Al Jazeera, The Guardian, CNN, Reuters

Resumo

Nos últimos dias, o Afeganistão enfrentou uma severa queda nos serviços de celular e internet, resultado das ordens do governo do Talibã, que visa restaurar a ordem. Essa situação tem causado desespero entre os afegãos, especialmente aqueles que dependem da tecnologia para se comunicar com familiares em situação vulnerável. O bloqueio de serviços de comunicação tem gerado insegurança e angústia, especialmente para aqueles que precisam de auxílio financeiro de parentes no exterior. Além disso, a falta de acesso à informação levanta preocupações sobre direitos humanos e liberdade de expressão sob o regime talibã. Especialistas comparam a situação ao que ocorre na Coreia do Norte, embora o Afeganistão enfrente desafios adicionais devido à sua infraestrutura debilitada. A insatisfação com o governo do Talibã é evidente nas redes sociais, onde muitos questionam suas promessas de um regime "progressista". A comunidade internacional observa de perto, com crescente pressão para que o Talibã respeite os direitos humanos. A população afegã se vê isolada, sem garantias de ajuda externa, e a luta pela liberdade e dignidade humana se intensifica em um ambiente controlado e repressivo.

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